Festival “I Love Jazz” ocupa a rua e o Teatro Oi Brasília.

Na década de 1910, surgia nos Estados Unidos um novo tipo de música, como consequência do encontro de influências entre os valores do negro americano e a cultura europeia. Nascia ali o jazz. Desde então, o ritmo passou por diversas modificações e incorporou uma série de influências, tornando-se ora mais reflexivo, ora mais dançante.

E é exatamente essa última, a vertente celebrada na segunda edição do Festival Internacional I Love Jazz, evento que ocorre entre os dias 30 de julho e 8 de agosto em quatro capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

O I Love Jazz tem como objetivo difundir o jazz tradicional, promover uma maior participação popular e desmitificar o estilo, popularizando uma música por muitos considerada sofisticada e hermética. Por isso, o festival inclui em seu formato apresentações gratuitas em lugares de grande circulação. O evento também tem o intuito de estimular um maior intercâmbio entre artistas brasileiros e estrangeiros, com a realização de Jam Sessions, que são reuniões de músicos de bandas diferentes para improvisar temas de jazz. Outro objetivo é gerar uma maior participação de jovens, estudantes e interessados em arte em geral, com palestras, master classes, cursos, oficinas, pocket shows e outras intervenções.

A primeira edição do I Love Jazz aconteceu em 2009 e contou com a participação de artistas nacionais e internacionais de renome na cena musical. Para esse ano, o evento vai focar o jazz dos anos 1920 a 1940. Segundo o diretor geral e curador do evento, Marcelo Costa, é um ritmo conhecido por ser mais popular, irreverente, divertido e dançante. “É um estilo que eu particularmente adoro e foi o estilo predominante à época no mundo todo. Agrada a qualquer tipo de pessoa“, diz.

Outro motivo para a escolha é o fato de os eventos musicais de jazz não focarem essa época. “Normalmente, os festivais que a gente conhece são de jazz moderno ou abrangem todas as fases do jazz, com ênfase no moderno”, explica Marcelo. Com isso, o curador pretende desmistificar a imagem do ritmo como elitista e como música para pessoas mais conservadoras.

Para isso, além da ênfase nas décadas de 1920 a 1940, os organizadores do evento se apoiaram em importantes nomes da cena musical atual. Judy Carmichael é um deles. A pianista norte-americana mistura diferentes estilos de jazz e já foi indicada ao Grammy pelo seu disco “Two Handed Stride“. Outro nome importante – e inédito no Brasil – é Claude Tissendier. O francês é regente, compositor e arranjador, mas se destaca mesmo no saxofone alto. O artista já gravou 15 álbuns e ganhou diversos prêmios. Entre os artistas brasileiros, destaca-se Elza Soares, segundo o curador Marcelo Santos, “a mais jazzista das cantoras brasileiras“.

Confira a programação:

Pockets shows pela cidade com Florida Keys, de hoje a quinta (27 a 29/7):

27/7 (terça)

19:00 – Nu Céu – 404/405 Sul
20:00 – Bar Brahma – 201 Sul
21:00 – Bar Brasília – 506 Sul
22:00 – Chiquita Bacana – 209/210 Sul

28/7 (quarta)

12:00 – Correios – S. Bancário Norte
19:00 – Bar Bier – Pontão (Lago Sul)
20:00 – Café Aquário – Pontão (Lago Sul)
20:30 – Empório Sto. Antônio – Shopping Pier 21
21:00 – Universal – 209/210 Sul

28/7 (quinta)

12:00 – Correios ADR
19:00 – Líbanus – 206 Asa Sul
20:00 – Armazem do Ferreira – 202 Asa Norte
21:00 – Leblon – 208 Sul

3 de agosto (terça) no Teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1 – vizinho ao Palácio da Alvorada)

20:30 – Victor Biglioni (ARG)

21:00 – Elza Soares em “My Soul is Black” convida Nivaldo Ornellas (BRA)

4 de agosto (quarta) no Teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1 – vizinho ao Palácio da Alvorada)

20:30 – Claude Tissendier 6TET homenageia John Kirby (FRA)

22:00 – Lercy Jones Sextet (EUA)

5 de agosto (quinta) no Teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1 – vizinho ao Palácio da Alvorada)

20:30 – Antigua Jazz Band (ARG)

22:00 – The Judy Carmichael Seven (EUA)

                 Jam Session – Pub “The Old Bar”