Renato Acha
A 30ª edição da Feira do Livro de Brasília se encerra neste domingo (20 de novembro) e movimenta o ExpoBrasília do Parque da Cidade, com uma série de stands e programação paralela, com palestras, oficinas, bate-papos e exposições. O Acha Brasília visitou o evento e conversou com a patrona desta edição, a educadora e jornalista Dad Squarisi e a curadora Íris Borges, que revelaram mais detalhes do evento que movimentou a programação cultural do mês de novembro.
Acha – Como você se sentiu ao ser convidada para ser patrona da 30ª Feira do Livro?
Dad Squarisi – “Para mim foi tão emocionante quanto receber o título de Cidadã Honorária de Brasília, porque eu sou imigrante e penetro no país. Eu não tinha cidade, então me perguntavam: ‘De onde você é?’ Eu respondia qualquer coisa, Porto Alegre, São Paulo, Rio ou Brasília. Quando eu recebi este título, eu me senti dona de uma cidade, como se eu tivesse recebido certidão de nascimento.
Ser patrona da Feira do Livro tem o mesmo significado pra mim. Eu moro aqui desde 1968, trabalho na área de educação e comunicação e ser patrona de uma Feira do Livro, da importância desta, a trigésima edição, me deu a mesma emoção, o mesmo sentimento de honra e de sorte, porque poderia ser tanta gente e eu fui escolhida. Isto é muito bom!”
A curadora, Íris Borges, falou sobre a mudança de espaço e a configuração arquitetônica do evento:
Acha – A Feira está passando por uma serie de inovações a começar pelo espaço, como foi este processo de mudança?
Íris Borges – “A gente foi para o Pátio Brasil em 2000, o motivo de ter ido pra lá foi porque a Feira acontecia no Centro de Convenções ou aqui. Naquela época a Feira era muito pequena, ela tinha poucos freqüentadores e a idéia era levar para um lugar onde o povo estivesse, pois a gente queria popularizar o evento. Nós ficamos lá por dez anos e atingimos este objetivo. A Feira ficou enorme e já teve até a presença de 500 mil pessoas.
Porém, queira ou não, é um espaço comercial, e as Secretarias de Educação e Cultura cobravam muito isto, que deveríamos ir para um espaço público. A gente veio no ano passado e este ano a gente continua aqui. Está dando muito certo, porque tem uma vantagem: a área é enorme, de modo que entre um corredor e outro há mais espaço. Aqui tem muita gente e não parece que está cheio. Se fosse no Pátio Brasil, a Feira estaria lotada de gente.
Nós também conseguimos fazer uma arquitetura leve, temos várias praças, algumas com fontes, a arena é enorme e comporta até mil pessoas, o café literário é grande, as oficinas são aprazíveis, temos também espaços para exposições. Nós ampliamos a possibilidade de mostrar cultura. Nós temos uma ótima bibliodiversidade com os stands, mas ampliamos as possibilidades de espaços”.
Serviço: 30ª Feira do Livro de Brasília
Data: Até 20 de novembro de 2011 – de 10 às 22 horas.
Local: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade
Entrada franca
Livre para todos os públicos.
Informações e programação completa: www.feiradolivrodebrasilia.com.br
