Mounir Maasri ministra oficina de interpretação para câmera no 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

A Última Estação. Divulgação.
45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro promove uma série de oficinas com renomados profissionais. O grande destaque fica por conta da Oficina de Interpretação para Câmera, com o ator libanês Mounir Maasri, protagonista do longa-metragem que abre o Festival – A Última Estação, de Márcio Curi.  Mounir Maasri é diretor, professor de artes cênicas e teve formação no lendário Actor’s Studio de Nova York. A oficina exige atores com experiência.

Outras duas ações se voltam às diversas facetas do som no cinema. Eduardo Santos Mendes ministra a Oficina Desenho de Som, onde aborda a história do som especialmente no cinema narrativo clássico, com destaque para o uso do som no cinema silencioso.

Gulle Martins está à frente da Oficina Edição de Som, voltada à compreensão da paisagem sonora, do registro do som de cada local.

A atriz e produtora Mallú Moraes apresenta a Oficina de Interpretação – o ator e a arte, onde aplica princípios práticos, com gravações em vídeo dos exercícios.

Ciro Marcondes ministra a Oficina Crítica de Cinema e Análise Fílmica, Marcondes pretende munir professores e multiplicadores de opinião de noções básicas para análise de filmes e de crítica cinematográfica, para aguçar o olhar crítico.

PROGRAMAÇÃO

OFICINA DESENHO DE SOM Com Eduardo Santos Mendes
18 a 22 de setembro, 14h às 18h
Faculdade de Comunicação da UnB, ICC Norte, Campus Darcy Ribeiro
Coordenação: Dácia Ibiapina

Nessa oficina será abordado o desenvolvimento histórico da relação audiovisual, em especial no cinema narrativo clássico, enfocando o uso do som no cinema silencioso. Outros temas a serem trabalhados são as primeiras experiências sonoras de diretores consagrados no cinema silencioso, como Alfred Hitchcock, Fritz Lang e René Clair, a padronização do modelo monofônico, o surgimento da estereofonia, além da padronização do modelo monofônico analógico e a padronização do modelo estereofônico digital. Também será apresentado um exemplo de edição de som de um filme de longa-metragem em 5.1.

Eduardo Santos Mendes

É professor do curso superior do Audiovisual da ECA-USP e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais. Como sound designer, trabalhou com diretores como Tata Amaral, Carlos Reichenbach, Walter Hugo Khouri, Carlos Adriano, Eduardo Valente, Rubens Rewald, Chico Teixeira, Roberto Moreira, Jean-Claude Bernardet, entre outros. Em seu currículo constam filmes, seriados televisivos, animações e obras publicitárias.

OFICINA EDIÇÃO DE SOM Com Guile Martins – SP

18 a 22 de setembro, 14h às 18h

Faculdade de Comunicação da UnB, ICC Norte, Campus Darcy Ribeiro
Coordenação: Dácia Ibiapina

A primeira intenção, antes de apresentar os equipamentos e ferramentas da edição de som, é sensibilizar os alunos para a audição e compreensão da paisagem sonora. Como descrever um lugar, rodoviária ou montanha, a partir do que ali se escuta. Quais as manifestações sonoras de um lugar e como estas marcam as horas do dia e a passagem do tempo. Os sons nos situam no espaço, trazem identidade a ele, convidam-nos a dançar ou a fugir. Entender a importância do registro dos sons ameaçados de desaparecer, como o sussurro de uma cachoeira ou o assobio do amolador de facas passando pela rua. A ideia é apresentar o som no cinema como um desdobramento da nossa maneira de ouvir o mundo e de se situar nele, para, a partir daí, usá-lo como ferramenta narrativa e criativa.

Guile Martins

Formou-se em audiovisual pela ECA-USP, em 2006, com especialização em som. Desde 2003 tem trabalhado com captação e edição de som em diversos curtas e longas-metragens. Atuando também como montador, procura explorar asensorialidade que se desprende das possíveis combinações entre imagens e sons. Paralelamente, desenvolve uma pesquisa em torno da questão da “paisagem sonora”, coletando e arquivando sons pelo Brasil afora. Atualmente, dedica-se também ao estudo e experimentação de música eletroacústica a partir de sons gravados de maneira documental.

OFICINA ATUANDO PARA A CAMERA Com Mounir Maasri
19 e 20 de setembro, de 14h às 18h, dia 21 de setembro, de 9h às 12h e de 14h às 18h
Salão Leopoldina – Kubitschek Plaza Hotel

Oficina destinada a atores com experiência. Aborda em seu programa o estudo do entendimento e composição de personagens, técnicas de atuação e atuação para câmera. O ator e o aluno terão oportunidade de enfrentar a câmera. Todas as cenas serão filmadas, discutidas, avaliadas.

Mounir Maasri
Ator, diretor, cenógrafo e professor de artes cênicas.
Renomado ator libanês, também diretor e professor de arte dramática. Graduado pelo New York’s Actors Studio em 1962, iniciou uma longa carreira artística no Líbano e no exterior. Lecionou dramaturgia em diversas universidades libanesas, sendo também fundador do Instituto de Tecnologia Líbano-Europeu em Jounieh, Líbano. Mounir Maasri produziu oudirigiu inúmeros filmes, como Our Father on Earth (2003), Charbel (1998), What about Tomorrow (1987), Ricky and Rabin(1986 – minissérie para a Lebanese Broadcasting Company), The Dream Maker (1979) e Agression and Resistance (1979). Como ator, participou de diversas montagens teatrais, minisséries e filmes no Líbano, tendo conquistado numerosos prêmios em festivais internacionais de cinema. Convidado a participar do projeto A última estação, por Mônica Monteiro, coprodutora do filme, foi escolhido pela produtora Beth Curi para atuar como Tarik, no papel do protagonista.

OFICINA INTERPRETAÇÃO – O ATOR E A ARTE Com Mallú Moraes
19 a 22 de setembro, 9h às 16h, Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga Norte

A oficina se propõe a transmitir conhecimentos de interpretação para cinema e TV por meio de aulas teóricas, práticas e exercícios de habilidade para interpretar para TV e cinema. A oficina é acompanhada de ensaios, preparação de cenas e textos e gravações em vídeo.

Mallú Moraes

Atriz e produtora de cinema. Há 25 anos dirige a empresa Aquarela Produções Culturais, tendo trabalhado em mais de 20 curtas e longas-metragens. Entre essas realizações, destacam-se A difícil viagem, de Geraldo Moraes, Mais que a Terra, de Elizeu Ewald, Césio 137, de Roberto Pires, Carlota Joaquina, de Carla Camurati. Atualmente recebeu o prêmio de melhor atriz de curtas-metragens no IV Curta Canoa (Festival de Cinema de Canoa Quebrada) pelo filme A Enciclopédia do Inusitado e do Irracional, de Cibele Amaral. Atuou nas minisséries O farol e Floradas na serra da TV Manchete e em telenovelas. Foi professora do Departamento de Comunicação da Universidade de Brasília por 25 anos. Há 17 anos ministra oficinas de interpretação para cinema em todo o Brasil.

OFICINA CRÍTICA DE CINEMA E ANÁLISE FÍLMICA Com Ciro Marcondes
22 de setembro, 14h às 18h30
Teatro SESC Paulo Autran, Taguatinga Norte
Munir professores com noções básicas de análise de filmes e de crítica de cinema para utilização em sala de aula com o objetivo é formar plateias e aguçar o olhar crítico de alunos e professores.

Ciro Inácio Marcondes

É crítico e professor de cinema. Mestre em Literatura pela Universidade de Brasília, atualmente é doutorando na área de Imagem e Som. É professor no curso de Cinema e Mídias Digitais do Iesb. Traduziu o livro A narrativa cinematográfica, deJost e Gaudreault, pela editora da UnB, e publicou o livro da Socine, Correio Braziliense, Cerrados, Candango, Cinequanon,SenhorF, Jungle Drums, entre outros. Edita ainda o site especializado em histórias em quadrinhos Raio Laser.

Informações: 3325.7777

Site: www.festbrasilia.com.br