46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro anuncia selecionados e programação paralela.

Tremor. Fotos: Divulgação.
Tremor. Fotos: Divulgação.

Renato Acha

O 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acontece de 17 a 24 de setembro e marca o retorno ao Cine Brasília. “Nós vamos voltar para casa e o Cine Brasília estará restaurado, na mais significativa obra desde que ele foi construído”, destacou o Secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, na coletiva de imprensa realizada nesta quarta (17). Foram anunciados a lista de filmes selecionados, a programação paralela e informações sobre o Troféu Câmara Legislativa, que tem inscrições abertas até o dia 24 de agosto.

O Diretor de Festival, Sérgio Fidalgo, destacou “uma maior presença de Brasília na mostra competitiva, com três produções neste universo de trinta filmes”, que foram o selecionados para esta edição. A premiação teve um aumento e atinge o total de R$ 700 mil, e mais R$ 200 mil para filmes do DF, via troféu Câmara Legislativa. “Não foram criadas mostra paralelas, elas poderiam gerar mais tumulto”, completa Fidalgo.

Depois da Chuva.
Depois da Chuva.

A programação vai se concentrar no Cine Brasília, com exibições simultâneas no Gama, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga e Guará. No dia seguinte, as reprises serão exibidas no CCBB. Pela manhã, O Cine Brasília recebe o Festivalzinho, voltado ao público infantil. A Mostra Competitiva e a Mostra Brasília permanecem no mesmo local e evitam o trânsito do público entre salas distantes, como em anos anteriores.

“Ao quebrar o ineditismo só abrimos para mais filmes”, destaca Hamilton Pereira, ao ressaltar que todos os filmes desta edição são inéditos. São trinta produções selecionadas, que foram avaliadas por comissões e concorrem nas mostras competitivas de longa e curta-metragem, em formato de documentário e ficção, além de curta de animação.

A noite de abertura tem exibição hors concours de “Revelando Sebastião Salgado”, documentário dirigido por Betse de Paula, que aborda o universo e a personalidade do fotógrafo Sebastião Salgado, que está sendo sondado para comparecer nesta noite especial, ao lado de Naná Vasconcelos, responsável pela trilha sonora. A ideia é juntar o percussionista à Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional em uma apresentação memorável na Sala Villa-Lobos.

Revelando Sebastião Salgado.
Revelando Sebastião Salgado.

Confira a lista de filmes selecionados: MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO A ESTRADA 47 (A MONTANHA) – Ficção, cor, 35mm,106min, RJ, 2013 Direção Vicente Ferraz AVANTI POPOLO – Ficção, cor, digital, 72min, SP, 2012 Direção Michael Wahrmann DEPOIS DA CHUVA – Ficção, cor, digital, 90min, BA, 2013 Direção Cláudio Marques e Marília Hughes EXILADOS DO VULCÃO – Ficção, cor, 35mm, 125min, RJ, 2013 Direção Paula Gaitán OS POBRES DIABOS – Ficção, cor, digital, 98min, CE, 2013 Direção Rosemberg Cariry RIOCORRENTE – Ficção, cor, digital, 79min, SP, 2013 Direção Paulo Sacramento

Plano B. Foto: Antônio Nepomuceno.
Plano B. Foto: Antônio Nepomuceno.

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO A ARTE DO RENASCIMENTO – UMA CINEBIOGRAFIA DE SILVIO TENDLER – Documentário, cor, digital, 72min, RJ, 2013 Direção: Noilton Nunes HEREROS ANGOLA – Documentário, cor, digital, 99min, BA, 2013 Direção Sergio Guerra MORRO DOS PRAZERES – Documentário, cor, digital, 90min, RJ, 2013 Direção Maria Augusta Ramos O MESTRE E O DIVINO – Documentário, cor, digital, 83min, PE, 2013 Direção Tiago Campos OUTRO SERTÃO Direção Adriana Jacobsen e Soraia Vilela PLANO B – Documentário, cor, digital, 84min, DF, 2013 Direção: Getsemane Silva

Todos os dias em que sou estrangeiro.
Todos os dias em que sou estrangeiro.

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO AU REVOIR – Ficção, cor, digital, 20min, PE, 2013 Direção Milena Times FERNANDO QUE GANHOU UM PÁSSARO DO MAR – Ficção, cor, digital, 20min, RJ, 2013 Direção Felipe Bragança e Helvécio Marins Jr. LIÇÃO DE ESQUI – Ficção, cor, digital, 23min, CE, 2013 Direção Leonardo Mouramateus e Samuel Brasileiro SYLVIA – Ficção, cor, digital, 17min18, PR, 2013 Direção Artur Ianckievicz TODOS OS DIAS EM QUE SOU ESTRANGEIRO – Ficção, p/b, 35mm, 20min, RJ, 2013 Direção Eduardo Morotó TREMOR – Ficção, cor, 35mm, 14min, MG, 2013 Direção Ricardo Alves Jr.

Carga Viva.
Carga Viva.

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO A QUE DEVE A HONRA DA ILUSTRE VISITA ESTE SIMPLES MARQUÊS? – Documentário, cor, digital, 25min, PR, 2013 Direção Rafael Urban e Terence Keller CARGA VIVA – Documentário, cor, digital, 18min, MG, 2013 Direção Débora de Oliveira CONTOS DA MARÉ – Documentário, cor, 35mm, 17min35, RJ, 2013 Direção Douglas Soares LUNA E CINARA – Documentário, cor, digital, 14min, RJ, 2012 Direção Clara Linhart O CANTO DA LONA – Direção Thiago Brandimarte Mendonça O GIGANTE NUNCA DORME – Documentário, cor, digital, 15min, DF, 2013 Direção Dácia Ibiapina

Faroeste, Um Autêntico Western.
Faroeste, Um Autêntico Western.

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO DEIXEM DIANA EM PAZ – Animação, p/b, 35mm, 10min, PE, 2013 Direção Julio Cavani ED. – Animação, cor, digital, 13min56, RS, 2013 Direção Gabriel Garcia ENGOLE OU COSPERVILHA? – Animação, cor, digital, 8min, RJ, 2013 Direção Marão, David Mussel, Pedro Eboli, Fernanda Valverde, Jonas Brandão, Giuliana Danza, Gabriel Bitar e Zé Alexandre FAROESTE – UM AUTÊNTICO WESTERN – Animação, cor, 35mm, 18min25, GO, 2013 Direção Wesley Rodrigues QUINTO ANDAR – Animação, cor, digital, 7min40, MG, 2012 Direção Marco Nick RYB – Animação, cor, digital, 4min, DF, 2013 Direção Deco Filho PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL

– Solenidade de Abertura – Apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e exibição do filme Revelando Sebastião Salgado, de Betse de Paula, com a presença da diretora e do filme. Coquetel para convidados.

– Mostras competitivas: Exibições de filmes no Cine Brasília e simultaneamente nas cidades do Gama (Teatro SESC Gama), Sobradinho (Teatro de Sobradinho), Ceilândia (Teatro SESC Newton Rossi), Taguatinga (Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga) e Guará (Auditório da Administração Regional do Guará). No dia seguinte reprise dos filmes no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil.

– Mostra Brasília – Cine Brasília – filmes selecionados e produzidos no DF, que concorrem ao troféu Câmara Legislativa do DF.

– Mostra Festivalzinho – filmes infantis no Cine Brasília e em todas as cidades do Distrito Federal para crianças das escolas públicas. A programação está em processo com o Festival de Florianópolis de Cinema Infantil.

– Solenidade de premiação – no Cine Brasília – entrega dos prêmios e troféus aos vencedores das mostras competitivas do Festival, num total de R$ 700.000,00 e outros prêmios, tais como o troféu Câmara Legislativa que oferecerá R$ 200.000,00 em prêmios para filmes produzidos no Distrito Federal, Prêmio Aquisição Canal Brasil e Prêmio da Crítica.

SEMINÁRIOS SEMINÁRIO ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS EMPRESAS DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO 18 e 19 de setembro, 14h às 18h Coordenação: Marcus Ligocki Jr

Objetivo: Reunir pessoas de destaque na cadeia produtiva do audiovisual para apresentarem suas visões sobre o futuro da produção brasileira e, juntas, pensarem sobre as principais oportunidades para as pequenas produtoras nos cenários nacional e internacional. Provocação: Quais os possíveis caminhos para o aumento da participação das pequenas produtoras no mercado brasileiro de produção audiovisual?

Temas: A Conjuntura Econômica; A Distribuição Cinematográfica; A Inserção das Cinematografias Regionais; e Estratégias empresariais para o desenvolvimento audiovisual.

18 de setembro, 14h às 16h – Tema: A Conjuntura Econômica Objetivo: Apresentar a conjuntura atual da economia do audiovisual e os direcionamentos para médio e longo prazo. Convidados:

Abertura do seminário: Hamilton Pereira, secretário de Cultura do DF; Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine; Leonardo Hernandes, coordenador do Fundo de Apoio à Cultura/SEC/DF; Marco Altberg, presidente da ABPITV; Luciane Gorgulho, chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo /BNDES. Mediador: Renato Barbieri

18 de setembro, 16h às 18h – Tema: A Distribuição Cinematográfica

Objetivo: Apresentar a linha de trabalho da distribuidora, os seus modelos de participação no financiamento das obras cinematográficas e a visão sobre o momento atual da produção audiovisual brasileira.

Convidados: Bruno Wainer, diretor executivo da Downtown; Jean Thomas – Imovision/diretor geral; Sílvia Cruz – Vitrine Filmes/diretora geral; Sandro Rodrigues, diretor geral da H2O Filmes Mediador: Marcus Ligocki Jr

19 de setembro, 14h às 16h – Tema: A Inserção das Cinematografias Regionais

Objetivo: Apresentar as atividades atuais, desejos, limitações, bem como a visão de futuro para a produção de conteúdo audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo. Convidados: Renato Barbieri, diretor da Aprocine; André Carvalheira, presidente da ABCV; Isabela Cribari, representante da APCNN; Carlos Gerbase, representante da produção do Rio Grande do Sul; Rodrigo Camargo, coordenador do Núcleo do FSA; Leopoldo Nunes, secretário do Audiovisual/MinC. Mediador: Marcio Curi

19 de setembro, 16h às 18h – Tema: Estratégias Empresariais para o Desenvolvimento Audiovisual

Objetivo: Apresentar os cases de produtoras brasileiras de conteúdo audiovisual bem-sucedidos, as estratégias adotadas para seus desenvolvimentos individuais, além de suas visões de futuro para o mercado.

Convidados: Marcio Curi, Asacine; Giba Assis Brasil, Casa de Cinema de Porto Alegre; João Júnior, REC; Marcos Didonet, Total Filmes; Fabiano Gullane, Gulane Filmes; Mariza Leão, Morena Filmes. Mediador: Christian de Castro

Coordenação: Marcus Ligocki Jr – Produtor, Diretor, Roteirista – Formado em Comunicação Social pela Universidade de Brasília, com especialização em Film & Television Business pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e com um MBA em Gestão Empresarial também pela FGV, Ligocki coordenou a implantação do curso de graduação em Cinema e Mídias Digitais do IESB e é diretor da APROCINE – Associação de Produtores e Realizadores de Longas-Metragens do Distrito Federal. Responsável pela produção do premiado documentário de longa-metragem Rock Brasília – Era de Ouro dirigido por Vladimir Carvalho, produziu ainda os longas As Vidas de Maria e Félix Varela, de Renato Barbieri, o curta Suicídio Cidadão, de Iberê Carvalho, e os documentários para a televisão realizados em coprodução com a HBO, Mauricio de Sousa e Cidades Inventadas.

SEMINÁRIO OLHARES MULTICULTURAIS: O CINEMA BRASILEIRO NO ESTRANGEIRO Dias 20 e 21 de setembro, 14h30 às 18h Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O cinema brasileiro tem merecido, ao longo das últimas décadas, análises e estudos de especialistas em outros países. Tais investigações teóricas, além de possibilitar um aprofundamento do debate, têm acrescentado novas perspectivas, como as relações entre cultura e cinema de diferentes países, a consolidação da indústria de audiovisual nacional, as formas de colonização, as histórias de resistências e as correntes migratórias que tornam imperativas as discussões sobre questões étnicas, raciais e de gênero. INTEGRANTES

Randal Johnson: Professor de literatura, cinema e cultura brasileira na Universidade da Califórnia; autor de The Film Industry in Brazil, Literatura e cinema: Macunaíma do Modernismo na Literatura ao Cinema Novo e Brazilian Cinema (coeditado com Robert Stam), entre outros trabalhos sobre o cinema brasileiro.

Gian Luigi de Rosa: Professor da Universidade de Salento/ Itália, especialista em tradução audiovisual. Organizador do livro Alle Radici del Cinema Brasiliano e autor de diversos ensaios sobre o cinema brasileiro, entre eles Em busca de uma terceira margem cinematográfica. Paulo Antonio Paranaguá: Historiador de cinema e jornalista do Le Monde/ França. Autor de Cinema na América Latina: Longe de Deus e perto de Hollywood e Cine documental en América Latina, entre outros. Stephanie Dennison: Professora da Universidade de Leeds/ Inglaterra e dDoutora em estudos brasileiros. Em parceria com Lisa Shaw, é autora de Brazilian National Cinema, Popular Cinema in Brazil e editora de Latin American Cinema e Pop Culture Latin America.

SEMINÁRIO HUMOR E COMICIDADES – A CULTURA DO RISO NO CINEMA NACIONAL Dia 22 de setembro, 14h30 às 18h Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O seminário é dedicado a pensar o riso e o risível em várias modulações na cultura cômica cinematográfica nacional. Comédia e sátira de um lado, inteligência e astúcia de outro. O seminário pretende investigar o humor no cinema nacional em suas várias expressões e múltiplas possibilidades de diálogos com o público. INTEGRANTES

Betse de Paula: Diretora das comédias românticas O Casamento de Louise (2001) e Celeste e Estrela (2002), esta última selecionada para a abertura do Festival de Brasília. Sua mais recente comédia Vendo ou Alugo (2013) recebeu 12 prêmios na edição do Cine PE deste ano.

Elias Thomé Saliba: Professor de História na Universidade de São Paulo e especialista na história cultural do humor brasileiro. Autor de Raízes do Riso: a representação humorística na história brasileira, além de vários outros textos acadêmicos e ensaios jornalísticos sobre a cultura do riso.

Maria Thereza Negrão de Mello: Professora do departamento de História da Universidade de Brasília e organizadora, com Marcia Kuyumjian, do livro Cultura cômica e ambiência cotidiana: história cultural, risibilidade e humor.

Ian SBF: um dos cinco fundadores do Coletivo Porta dos Fundos, que se tornou um dos maiores fenômenos de audiência do audiovisual nos últimos anos. Ian SBF é responsável pela direção dos vídeos, sendo também realizador da série televisiva O Fantástico Mundo de Gregório (2012) e das comédias em longa-metragem Podia ser Pior (2010) e Teste de elenco (2011), esta última lançada diretamente na internet.

SEMINÁRIO CINEMA EM ALTO E BOM SOM Dia 23 de setembro, 14h30 às 18h Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O propósito é debater a relação entre o cinema nacional e a memória musical, que tem produzido encontros fecundos entre linguagens de formatos híbridos e que, ao lançar biografias e trajetórias de carreiras musicais, permite ao cinema narrar o samba, a bossa nova, o sertanejo, a música de raiz, o frevo, entre outras expressões musicais, fazendo assim a releitura de um cinema sonoro brasileiro.

INTEGRANTES

Walter Carvalho: diretor do documentário Raul – O Início, o Fim e o Meio (2012) sobre Raul Seixas, além das ficções Cazuza – O Tempo não Pára (2004), com Sandra Werneck, e Budapeste (2009), adaptado da obra de Chico Buarque de Hollanda. Prestigiado diretor de fotografia do cinema brasileiro, atuante em cerca de 80 títulos nos últimos 40 anos.

Breno Silveira: diretor de Gonzaga: De Pai pra Filho (2012) e 2 Filhos de Francisco (2005), relatos biográficos dos músicos Luiz Gonzaga/ Gonzaguinha e Zezé di Camargo & Luciano, respectivamente. Atua também como diretor de fotografia, produtor e diretor de videoclipes.

Ana Rieper: diretora de Vou Rifar Meu Coração (2011), premiado documentário sobre a influência da música brega no cotidiano brasileiro. Seus trabalhos na tevê envolvem a direção (entre 2005 e 2010) do programa Afinando a língua, apresentado pelo músico Tony Belotto.

Marcelo Machado: diretor do documentário Tropicália (2012) sobre o movimento musical que revolucionou a história cultural do Brasil em fins da década de 1960. Seus trabalhos para a tevê envolvem a série Música Brasileira, exibida pelo canal Multishow.

Lírio Ferreira: diretor dos documentários Cartola – Música para os Olhos (2007) e O Homem que Engarrafava Nuvens (2009), sobre o “doutor do baião” Humberto Teixeira, eleito melhor filme documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2011. Entre os seus trabalhos ficcionais, destacam-se Baile Perfumado e Árido Movie.

Coordenação: Profa. Dra. Tânia Montoro – Doutora em cinema e televisão pela Universidad Autónoma de Barcelona, com pós-doutoramento em cinema pela UFRJ. Professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da UnB, vice-coordenadora da linha de pesquisa em Imagem e Som do programa de mestrado e doutorado. Publicou diversos livros e artigos sobre cinema, televisão e cultura contemporânea. Realizadora de audiovisual, participa constantemente de júris, mostras e equipes de seleção de festivais internacionais de cinema. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema – Socine. Coordenadora da pesquisa Imagens – Construções, Representações e Imaginários, pelo CNPq.

Assistente: Mike Peixoto, doutorando em cinema pela UnB, professor de Teoria e Estética do Audiovisual e pesquisador na área de autoria cinematográfica.

OFICINAS OFICINA INTEGRADA DE CINEMA Roteiro, com Marcus Aurelius Pimenta (jornalista, escritor e roteirista) Direção, com Jorge Bodanzky (diretor de cinema) Trilha Sonora no Cinema, com David Tygel (músico, cantor, compositor, arranjador e professor de Trilha Sonora) Finalização Digital, com José Rubens Hirsch (montador e diretor de cinema)

A Oficina Integrada tem como objetivo produzir filmes que tenham sido originados e finalizados durante a semana de aulas. Cada professor disporá de vinte horas/aula com suas turmas, tendo o roteiro como ponto de partida. Após a conclusão dos roteiros, essas peças serão gravadas pelos alunos de direção no penúltimo dia de aula, momento que coincidirá com a preparação das trilhas, a cargo de outros alunos.

Na primeira metade do último dia, os filmes serão finalizados digitalmente e os “trilheiros” checarão as suas composições já sincronizadas aos filmes. Ao final, está prevista a exibição do filme com a devida execução das trilhas ao vivo, o que motivará a avaliação conjunta de roteiros, direção, trilha, finalização digital e dos trabalhos realizados em cada oficina.

OFICINA DE ROTEIRO, com Marcus Aurelius Pimenta 18 a 22 de setembro, 9h às 12h30

Apresentação geral. Explicações sobre formatação e peculiaridades da escrita para roteiro. Orientação sobre bibliografia básica. Na segunda parte da oficina, os alunos começarão a desenvolver os argumentos, que podem ser tanto de ficção quanto de documentário ou docudrama.

Finalização dos argumentos e início da redação dos roteiros. Escolha dos projetos a serem filmados. Finalização dos projetos escolhidos e desenvolvimento dos roteiros iniciados no dia anterior. Exposição e discussão do projeto de cada participante e evolução do texto. Debate e desenvolvimento dos projetos individuais. Produção do texto. Finalização dos roteiros. Vagas: 25 alunos. Público-alvo: estudantes e profissionais de audiovisual.

Marcus Aurelius Pimenta – escritor e roteirista, é jornalista de formação, autor de quinze livros, todos escritos em parceria com José Roberto Torero. Na área de audiovisual produziu roteiros de animação e para cinema. Ainda escreveu documentários, programas educativos e séries dramáticas para as emissoras de televisão Globo, SBT, Record, Futura, Discovery Kids, Espn, GNT e HBO.

OFICINA DE DIREÇÃO, com Jorge Bodanzky. 19 a 22 de setembro, 14h30 às 18h

Neste breve curso, o cineasta vai discutir as funções de um diretor de cinema a partir da análise de filmes. Noções de fotografia, iluminação e som. As diferentes linguagens cinematográficas: documentário, docudrama e ficção. O cinema nas novas mídias: Internet, WebTV, smartfones etc. A questão da imagem no universo audiovisual a partir de exemplos diversos. Suporte para a realização dos exercícios práticos na integração das oficinas. Vagas: 25 alunos Público-alvo: estudantes e profissionais de audiovisual.

Jorge Bodanzky – estudou arquitetura na UNB. Formado em cinema pela Escola de Design de Ulm, na Alemanha, iniciou sua carreira como fotógrafo, chegando a trabalhar na revista Realidade e no Jornal da Tarde. Tanto sua estreia como diretor de cinema quanto sua ligação com a Amazônia se deram na década de 70, com Iracema – uma transa amazônica. Esse premiado documentário ficcional abriu caminho para uma carreira que inclui mais de dez longas e dezenas de documentários para as TVs brasileira, alemã, francesa e italiana, como diretor, fotógrafo e produtor. Sua passagem para a Internet se deu a partir de um CD-Rom sobre a Amazônia, encomendado pelo governo brasileiro para ser apresentado aos integrantes da reunião do G-7, na Alemanha, em 1997. Além disso, produziu ainda CD-ROMs para a Rio Filme sobre o Cinema Brasileiro dos Anos 60 e para o Arquivo Nacional sobre o Rio 500 anos (O Rio de Janeiro no século XVI). Atualmente, é Coordenador da TV Navegar .

OFICINA DE TRILHA SONORA NO CINEMA, com David Tygel 19 a 22 de setembro, 14h30 às 18h

A oficina é voltada para músicos estudantes e profissionais, sejam eles alunos de cinema ou apenas interessados. Para participar das atividades, devem levar os seus próprios instrumentos, como baixo acústico e/ou elétrico, bateria, teclado, percussões, sopro (sax, trompete, trombone, flauta, clarinete, oboé) ou cordas (violão, guitarra) ou corda clássica (violino, violoncelo). Haverá espaço para DJ também.

Vagas: 12 músicos, sendo 1 para DJ, 1 baixo acústico e/ou elétrico, 1 bateria, 1 teclado, 1 percussão, 1 sax, 1 trompete ou trombone, 1 flauta, 1 oboé, 1 violão, 1 guitarra e 1 violino ou violoncelo. Público-alvo: músicos

David Tygel – músico, cantor, compositor, arranjador e professor de Trilha Sonora para o Cinema em diversas universidades do país. Ministrou cursos na PUC-Rio, no Conservatório Brasileiro de Música, na EICTV de Cuba, no Instituto MEIA de Cabo Verde, entre outros. É fundador e integrante do grupo Boca Livre, ganhador de cinco kikitos de Trilha Sonora de Gramado, dois Candangos em Brasília e de prêmios internacionais como em Gijón, na Espanha. Entre seus filmes destacam-se O Homem Nu, Apolonio Brasil, de Hugo Carvana; O Homem da Capa Preta, Lamarca, Quase Nada e A Child From The South, de Sergio Rezende; Dois Perdidos Numa Noite Suja e Quem Matou Pixote, de José Joffily; Leila Diniz e For All, de Luiz Carlos Lacerda e Buza Ferraz.

OFICINA DE FINALIZAÇÃO DIGITAL, com José Rubens Hirsch 19 a 22 de setembro, 14h30 às 18h

Durante as aulas serão abordadas as técnicas de edição, finalização, masterização e adaptação para Color Grading no ambiente digital. Serão abordados temas como montagem integrada, conceito de montagem, diferença entre montagem e edição, visualização da linguagem cinematográfica, roteiro versus montagem. Entre os trabalhos práticos, estão seleção e organização do material, montagem de um curta-metragem e visionamento de trabalhos realizados pelo professor. Com relação à finalização digital, serão abordados: set, conformação para colorimetria, efeitos, créditos e composição, som e exibição. Vagas: 15 alunos.

Público-alvo: editores de vídeos ou interessados em finalização digital com alguma experiência na área. José Rubens Hirsch – montador e diretor, iniciou sua carreira nas maiores empresas de publicidade do país. Na área cinematográfica, foi responsável pela montagem de longas como Tieta e Ouro Negro. Montou mais de 2.500 comerciais, inúmeros longas e documentários. Entre os trabalhos mais conhecidos destacam-se o longa Barrela, O inspetor Faustão e o malandro, e o documentário Todos os Corações do Mundo sobre a copa do mundo de 1994. Também dirigiu comerciais e vídeos empresariais, trabalhando para empresas como Souza Cruz, Coca-Cola, Ford, Sensodine, entre outras.