Andrea Campos de Sá abre mostra com obras inéditas.

Fotos: Dalton Camrgos. Divulgação.
Fotos: Dalton Camrgos. Divulgação.

A exposição “Corte Frágil” apresenta obras inéditas da artista plástica Andrea Campos de Sá, advindas da produção relativa à sua pesquisa de doutorado em Poética Contemporâneas, em curso, na Universidade de Brasília. A curadoria é de Marília Panitz. “A mostra ‘Corte Frágil’ não nasceu nomeada. O título surgiu a posteriori, somente quando visualizei o conjunto das obras e o processo de construção de cada trabalho individualmente.” Conta Andrea Campos de Sá.

“O gancho para essa nomeação foi identificar o que havia em comum na série de trabalhos realizada em períodos distintos. A fotografia, a impressão por contato, a reprodutibilidade técnica se apresentaram como elementos comuns das obras. O que de certa forma traz a tona a origem da minha produção artística – a gravura. Nesse sentido, o corte faz referência tanto ao fio da lâmina do facão da instalação ‘Duas Caras’, relacionada à minha pesquisa atual com a fotografia, quanto ao corte da ferramenta que grava o símbolo Frágil estampado no objeto ‘Frágil, obra de 2009.” Completa Andrea.

A exposição apresenta uma instalação, três objetos e pequenos múltiplos em bronze. A mostra é composta de fotografias e marca o retorno da artista à produção gráfica, iniciada na década de 80 e interrompida em 2000, quando começa a utilizar a linguagem fotográfica em sua produção poética.

Corte Frágil 1 Foto Dalton Camargos

Na série de trabalhos que a Alfinete Galeria apresenta, o autorretrato fotográfico de caráter performático, na qual a artista encarna uma personagem – a freira pastora – e a figura do cordeiro marcam presença em todas as obras da mostra. Os pequenos objetos – carneiros fundidos em bronze – configuram-se como múltiplos idênticos, mas dispostos de modo a torná-los diferentes entre si.

“A fotografia, linguagem que suplantou a gravura como meio de reprodução mecânica, surge na instalação “Duas Caras” como impressões sobre a lâmina de metal, tal como os antigos daguerreótipos sutilmente revelados na superfície de sais de prata do suporte metálico.” Explica a artista.

“A fotografia se apresenta também nos dois estereoscópios, aparelho inventado no século XIX para simular a percepção tridimensional. Contudo, na mostra, eles comportam-se como falsos dispositivos 3D, feitos para confundir o olhar; embaralhar as duas imagens dispostas lado a lado.” Conclui Andrea.
Corte Frágil 2 Foto Dalton Camargos

Serviço: Corte Frágil, de Andrea Campos de Sá
Abertura: 18 de janeiro de 2014 (sábado), de 17 às 22 horas
Visitação: De 18 de janeiro a 8 de fevereiro de 2014
Local: Alfinete Galeria (CLN 116, Bloco B, nº 61)
Horário de funcionamento: De quarta a sexta de 15:00 às 17:30 – 18:30 às 21:00 Sábado de 15:00 às 20:00
Entrada Franca
Classificação Indicativa: Livre.