Antônio Carlos Elias apresenta mostra imperdível no Museu Correios.

Até 16 de setembro.

Divulgação.

As recentes obras de Antônio Carlos Elias podem ser vistas no Museu Correios (Setor Comercial Sul) até 16 de setembro na mostra Urômelos, coelhinhos e quimeras: trabalhos recentes de Antônio Carlos Elias. Um conjunto de trabalhos realizados desde 2015 rompe com as amarras a um ciclo criativo pré-existente.

Fresca, jovial e estimulante, essa nova produção vai de encontro ao olhar do espectador sob a meticulosa e criativa curadoria de Renata Azambuja, pesquisadora, curadora independente, crítica de arte e arte-educadora, em diálogo com o trabalho de expografia do experiente Gladstone Menezes.

A nova produção de Elias é conseqüência de sua própria trajetória. Inicialmente, nos anos 1980, Elias se dedicou a trabalhos bidimensionais: pinturas e desenhos. Nos anos 1990 surgiram instalações que incorporavam objetos e esculturas tridimensionais ao meio ambiente. Depois de 2010 a pintura retornou. Urômelos, coelhinhos e quimeras traz uma união da bidimensionalidade com a tridimensionalidade (esculturas e objetos) criando instalações através de um conceito que é criado para as instalações, iniciados e complementados por pinturas.

As obras serão apresentadas dentro do que a curadora chama de “nichos instalatórios”. O número de peças em cada um dos 10 nichos é variável. Às vezes são quatro telas, às vezes são oito ou somente duas. As esculturas também variam: podem ser de duas a oito peças. Há espaços, ainda, para os “brinquedos” ou peças industrializadas.

Segundo a curadora, tentar definir com exatidão a origem da sensação de estranhamento frente a essas instalações parece desnecessário, pois a incerteza sobre o que é visto mantém a energia vibrante das obras. “Elas parecem formar um microcosmo fantástico. São como tableaux vivants, mas sem seres humanos representando alguma situação ou vinculados a alguma temporalidade. Neste microcosmo desprendido de alguma narrativa clara, as pinturas, coloridas e vibrantes, povoadas de imagens diversas, parecem lançar para fora do seu espaço bidimensional as esculturas brancas em gesso (material recorrente para Elias) que, tornadas matéria no campo do sensível, servem como lembrança de que a realidade está mais próxima do sobrenatural do que possamos imaginar”, explica.

A curiosa e instigante temática das novas obras de Elias, refletem a existência humana por meio da busca de uma identidade vivida por ele, seja em seu ofício paralelo como odontologista, seja no conjunto de influências advindas do mundo contemporâneo, pautado por tudo que o rodeia. “A ciência está sempre presente, misturada a uma sexualidade, religiosidade e até ingenuidade apesar de ser intelectualizada, devido a minha formação acadêmica e vivência em diferentes culturas. Os trabalhos mais recentes são produtos de minha vivência, influenciado pela mídia escrita, televisada, internet, redes sociais, arte urbana, series de TV e até pelas minhas aulas na universidade”.

Urômelos, coelhinhos e quimeras: trabalhos recentes de Antônio Carlos Elias
Visitação: Até 16 de setembro
Local: Museu Correios (Setor Comercial Sul Q. 4 Bloco A Edifício Apollo)
Horários: De terça a sexta, das 10 às 19 horas. Sábados, domingos e feriados, das 14 às 18 horas
Entrada franca.

Palestra com o artista e a curadora e lançamento do catálogo bilingue:
Data: 1 de setembro (sábado) às 16 horas
Local: Museu Correios (Setor Comercial Sul Q. 4 Bloco A Edifício Apollo)
Entrada franca.