Museu da República recebe grandes esculturas de Armarinhos Teixeira.

De 7 de fevereiro a 10 de março.

Divulgação.

A exposição “Colônia”, de Armarinhos Teixeira apresenta doze esculturas inéditas de grande porte, elas todas produzidas in loco pelo artista. O artista faz uso de materiais incomuns ao circuito tradicional de arte em seu processo criativo. “São materiais fora de circulação social”, resume o artista.

Matérias-primas industriais nobres, utilizadas em processos de fabricação de diversos produtos do nosso cotidiano. Assim, mantas de poliéster, aço e borracha, fardos de algodão não beneficiado, argila, couro, entre tantos mais, ganham vida a partir do engenho do artista, que imprime diversas camadas de significados às grandes esculturas que ora apresenta no museu brasiliense.

O visitante que adentra o espaço do projetado por Oscar Niemeyer depara-se com sete enormes estruturas, algumas medindo 7 metros de altura, nas quais Armarinhos instala seus trabalhos. Essas esculturas autoportantes causam estranhamento e fascínio ao mesmo tempo, dado o arranjo harmônico ou “orgânico” que o artista lhes confere. “É como se ele tomasse posse do lugar, colonizando esse território com suas ideias e formas”, declara o curador da mostra Marcus Lontra. A estas, somam-se uma obra de parede e quatro esculturas de chão, como aquela em que se lê “Aquilo que circula, emerge”, frase do artista que sintetiza sua necessidade premente de trazer movimento e vida à aparente inércia das coisas e, por que não?, dos indivíduos.

“É preciso que eu esteja íntegro, ou seja, em estado sólido, líquido e gasoso, para que o fenômeno criativo aconteça. A criação dos meus trabalhos depende da minha percepção do território, os espaços e seus recursos, sejam eles orgânicos ou inorgânicos”, declara Armarinhos.

Mostra individual “Colônia”, de Armarinhos Teixeira
Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul)
De 7 de fevereiro a 10 de março
De terça a domingo, de 9:00 às 18:30.
Entrada franca
Classificação: Livre
Informações: (61) 3325-5220.