Mais de 80 obras de Jean-Michel Basquiat chegam a Brasília.

De 21 de abril a 1º de julho.

Flash em Nápoles (1983). Fotos: © The Estate of Jean-Michel Basquiat. Licensed by Artestar, New York.

O gênio Jean-Michel Basquiat teve uma vida e produção intensas. Seu trabalho revolucionou a arte urbana, que alçou voos mais altos e passou a integrar a agenda de grandes galerias e museus pelo mundo. Agora é a vez de Brasília receber a Retrospectiva Jean-Michel Basquiat, com mais de 80 obras do enfant terrible da arte americana. A maior mostra do artista já vista na América Latina aporta na capital a partir de 21 de abril, com visitação até 1º de julho. Um presente do CCBB para o aniversário de 58 anos de Brasília.

Sem título (Penas e Alcatrão Amarelo). 1982.

A exposição arrebatou um grande público em São Paulo, fato que deve se repetir em Brasília. São quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados pertencentes ao acervo da família Mugrabi, também donos de vários trabalhos de Andy Warhol, grande amigo de Basquiat e ícone da Pop Art.

Sem título. (Bracco di Ferro). 1983.

“Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova Iorque. Sua obra personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político de Nova Iorque durante este período tão fértil”, destaca Pieter Tjabbes, curador da exposição.

Procissão (1986).

A trajetória do jovem morto aos 27 anos de overdose foi curta e de intensa produção. Filho de pai haitiano e mãe descendente de imigrantes porto-riquenhos, foi precocemente reconhecido como um menino inteligente que falava inglês, francês e espanhol, e possuía uma extraordinária vocação para as artes. Sua vida não foi fácil, pois ainda criança foi atropelado quando brincava nas ruas do Brooklyn, quando quebrou o braço e teve o baço extraído. Na lenta recuperação, ganhou um exemplar do livro Gray’s Anatomy e um atlas de anatomia humana do século XIX da mãe. Ali estariam grandes influências recorrentes em suas obras.

Loin (1982).

Em 1988 se despede da vida como um grande artista da cena de Nova York. O uso de materiais simples, como papel comum, colagens, cópias reprográficas e a combinação de imagens humanas e palavras despertaram o interesse de críticos, curadores e compradores. Seu ateliê passou a receber visitas promovidas por galeristas, que alavancaram ainda mais as cifras. Haja vista uma tela vendida no ano passado por mais de US$ 110 milhões de dólares num leilão, o mais alto valor de obra de arte norte-americana no mercado.

Dinah Washington (1986).

Serviço: Retrospectiva Jean-Michel Basquiat
Visitação: De 21 de abril a 1º de julho
A partir de 21 de abril, será necessário apresentar o bilhete gratuito para acesso às galerias do CCBB Brasília
Para evitar filas e agendar a visita à exposição, acesse o site www.eventim.com.br ou app Eventim (Android ou IOS)
Também é possível emitir seu ingresso na bilheteria física no CCBB
Local: CCBB (Setor de Clubes Sul, Trecho 2)
Entrada franca.