Bauhaus em fotos e filmes.

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Divulgação.

Renato Acha

A Bauhaus foi uma escola de vanguarda, fundada na Alemanha em 1919 por Walter Gropius. Considerada a primeira instituição dedicada ao ensino do design no mundo, se tornou um referencial histórico, que aliado ao Modernismo, se estendeu á arquitetura e artes plásticas, em um movimento de fusão entre arte e técnica. O Museu Nacional da República recebe a exposição “bauhaus.foto.”, em homenagem ao seu lendário legado, sob curadoria de Anja Guttenberger, em exibição de 4 de fevereiro a 9 de março, com entrada franca.

A ideia do célebre espaço era agregar conhecimentos de áreas diferentes, o que acabou por gerar conflitos internos e externos que culminaram em sua extinção em 1933, decorrente da perseguição pelo nazismo de Hitler. A escola possuía muitos artistas russos e sempre foi considerada uma frente comunista. Repletos de novas ideias, os artistas expulsos migraram para países como os Estados Unidos, Brasil e Israel e ajudaram a desenvolver a arte e arquitetura do ocidente europeu. O arquiteto Oscar Niemeyer é um dos mais notórios exemplos desta influência. Quando pensou nas edificações de Brasília, incorporou diversas tendências advindas do Modernismo e Funcionalismo, elementos de fato seminais na Bauhaus.

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Assim como a arquitetura e o design, a fotografia e o filme tiveram um papel igualmente importante. Após a Primeira Guerra Mundial, estas linguagens ganharam cada vez mais espaço, em diálogo com o espírito de época, em busca do novo, de olho na transformação das cidades e com o fascínio pelo registro da vida acelerada. Logo se tornariam mídias recorrentes em obras produzidas por estudantes e professores da Bauhaus,  fato que se reafirma no acervo apresentado em 22 filmes que integram a mostra.

O Museu de Design em Berlim detém o maior acervo de imagens da Escola Superior alemã no mundo, com mais de 40 mil registros fotográficos, dentre os quais foram selecionadas cem obras, como imagens icônicas de Lucia Moholy, László Moholy-Nagy e T. Lux Feininger, e cliques de outros nomes menos conhecidos, como Kattina Both, Irene Bayer e Max Peiffer Watenphul, e até mesmo obras anônimas. São documentos históricos que primam pela experimentação e pelo uso de diagonais dinâmicas, perspectivas inusitadas, truques e o manuseio experimental e profissional da fotografia. b3

Serviço: bauhaus.foto.
Local: Museu Nacional (Setor Cultural Sul, Esplanada dos Ministérios)
Visitação: De 4 de fevereiro a 9 de março
Horário: Terça a domingo, das 9:00 às 18:30
Entrada franca
Classificação Indicativa: Livre