
Renato Acha
A I Bienal Brasil do Livro e da Literatura foi aberta no sábado (14 de abril) em solenidade que contou com a presença de importantes escritores, representantes do governo e parceiros do evento que ocupa a Esplanada dos Ministérios com uma elaborada estrutura até o dia 23 de abril.
A cerimônia de abertura contou com a presença do grande homenageado, Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura em 1986, que diante de uma grande manifestação dos professores em greve, comentou em discurso: “Acabei de chegar da Nigéria, onde participei de um festival literário de sete dias, mas estou impressionado com a animação deste aqui. Nunca pensei que livros pudessem provocar tanta alegria e militância”.

A manhã seguiu com e entrega do Prêmio Brasília de Literatura, que contou com mais de mil e setecentos inscritos. Dividido em seis categorias, o júri elegeu doze premiados. Os primeiros lugares receberam R$ 30 mil cada e os segundos R$ 10 mil.
O Romance que levou o primeiro lugar foi Diário de Queda, de Michel Laub. Na categoria Infanto-juvenil, Nilma Lacerda levou o troféu por Sortes de Villamor. Sísifo desce a Montanha deu o primeiro lugar para Affonso Romano de Sant’Anna para a categoria Poesia. A melhor Biografia foi para José Paulo Cavalcanti por Fernando Pessoa – Uma Quase Autobiografia. Na categoria Contos e Crônica, ganhou Antônio Prata, por Meio Intelectual, Meio de Esquerda. A melhor Reportagem foi para Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais.
Estima-se que no primeiro final de semana, o evento tenha recebido cerca de cinquenta mil pessoas, número que deve aumentar com a série de shows gratuitos. A programação segue durante todo o dia e noite em uma maratona pelo mundo das letras. Um presente diferenciado para os 52 anos de Brasília, acostumada a comemorar seu aniversário com shows de gosto duvidoso e cachês nababescos.


