Brasília International Film Festival ganha edição online gratuita.

De 21 a 26 de abril.

Liberté. Divulgação.

O BIFF – Brasília International Film Festival chega a sétima edição de 21 a 16 de abril com uma ação inédita. Toda a programação original será mantida na exibição online via biffestival.com Para assistir, basta clicar no filme da mostra e, após preencher um cadastro, ter acesso a toda programação diária gratuitamente.

Coube à equipe do BIFF transformar o que viria a ser um empecilho, a pandemia do Covid-19 que obriga as populações a ficarem em isolamento, em motor de maior alcance do festival. Com acesso livre pela internet, espectadores de todo o Brasil poderão assistir aos filmes selecionados para o festival, que tem direção geral e curadoria da jornalista, produtora e cineasta Anna Karina de Carvalho.

The French Teacher.

Além da realização online, o 7º BIFF apresenta outras novidades: o BIFF Junior oferece uma programação especial teen, com grandes atrações voltadas para crianças e adolescentes. E seguindo a proposta original do festival – que sempre presta homenagem a grandes mestres do cinema mundial – a sétima edição reverencia o grande ator, autor e diretor Kirk Douglas, apontado como um dos maiores nomes do cinema hollywoodiano, falecido em fevereiro passado, aos 103 anos de idade. O curador Mario Abadde selecionou cinco filmes que percorrem a trajetória de Douglas, apresentando sucessos como “Spartacus” e  “Sede de Viver”.

Na mostra competitiva, serão oito títulos inéditos, entre ficções e documentários, selecionados  por uma curadoria que, além de Anna Karina, inclui o jornalista e crítico de cinema Pedro Butcher, a produtora e criadora da distribuidora Fênix Filmes Priscila Miranda e o cineasta e repórter Marcio de Andrade.

Corpus Christi.

A programação do 7º BIFF inclui títulos inéditos como “Liberté”, a mais recente produção do espanhol Albert Serra, nome de ponta do cinema independente europeu. O filme conquistou o Prêmio Especial do Júri na mostra Um Certo Olhar, no último Festival de Cannes. Na tela, uma narrativa radical sobre uma noite de jogos sexuais num bosque do século XVIII, reunindo libertinos franceses, que oferecem um vislumbre do verdadeiro significado de liberdade.

Também poderá ser visto o filme indicado pela Polônia como concorrente ao Oscar. É “Corpus Christi”, direção de Jan Komasa, sobre a história de um rapaz de 20 anos que se converte no Centro de Detenções para Jovens e decide ser sacerdote. Embora o crime cometido por ele o impeça de entrar para o seminário, ele se veste de sacerdote e vai ministrar numa pequena cidade do interior do país. E ainda o comovente “The French Teacher”, drama intergeracional italiano dirigido por Stefania Vasconcellos.

Os filmes serão exibidos através do Looke, um serviço de streaming de vídeos on demand.

O 7º BIFF tem o patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal – GDF, da Encripta e do Looke. Apoio Cultural: Rede Globo, Canal Brasil, Xyz, Druzina Content, Fênix Filmes, Embaixada da França e Ligocki Entretenimento. Parceiro oficial: Sesc.

Spartacus.

Mostra Homenagem a Kirk Douglas: O jornalista, crítico de cinema, escritor, professor, pesquisador e cineasta brasileiro Mario Abbade selecionou cinco filmes que percorrem o período de ouro da carreira do grande ator Kirk Douglas, falecido no último dia 5 de fevereiro. Estão na programação “A Montanha dos 7 Abutres”, décimo filme de Billy Wilder, no qual aborda questões relacionadas à ética jornalística; “Assim estava escrito”, de Vincent Minnelli, que retrata a Hollywood dos anos 1950, com referências a personalidades reais; “Sede de viver”, também de Vincent Minnelli, em codireção com George Cukor, sobre a vida de Van Gogh, no qual foram utilizadas pinturas reais; o épico “Spartacus”, de Stanley Kubrick, sucesso estrondoso que arrecadou na época 60 milhões de dólares; e “Sua última façanha”, de David Miller, com uma narrativa que opõe tradição e modernidade e conta com um dos grandes desempenhos de Kirk Douglas.    

Considerado um dos melhores atores da história do cinema, Douglas foi também diretor e autor de 12 livros, sendo o último deles “Eu sou Spartacus”, no qual relata sua atuação na caça às bruxas promovida pelo macarthismo dos anos 1950 nos Estados Unidos. Inquieto, atuante, Kirk Douglas foi incansável até o fim da vida. Em 2009, aos 92 anos, escreveu e atuou no monólogo “Before I Forget” (Antes que me esqueça), no qual durante 90 minutos contava passagens de sua vida.

Filmes:

The Bad and the Beautiful – Assim estava Escrito – EUA, 1952, Drama, 118 minutos, 14 anos. Direção: Vincent Minnelli. Elenco: Kirk Douglas, Lara Turner, Walter Pidgeon

A história se desenvolve a partir de depoimentos de profissionais de Hollywood sobre um produtor durão e manipulador, Jonathan Shields, odiado por muitos.

Spartacus – Spartacus – EUA, 1960, Drama/Biografia, 198 minutos, 14 anos. Direção: Stanley Kubrick. Elenco: Kirk Douglas, Laurence Olivier, Jean Simmons

Escravo do Império Romano torna-se gladiador após ser condenado à morte. Na arena romana, perde uma luta contra um escravo negro que contraria a tradição e poupa a sua vida. A execução de seu opositor faz com que Spartacus lidere uma grande revolta contra o poderio do Império Romano.

Lust for Life – Sede de Viver – EUA, 1956, Biografia/Drama, 122 minutos, 14 anos. Direção: Vincent Minnelli, George Cukor. Elenco: Kirk Douglas, Anthony Quinn

Baseado na obra homônima de Irving Stone, mostra a trajetória de Vincent Van Gogh a partir de 1877, época em que trabalhava no serviço religioso numa vila de mineiros na Bélgica. Devido a seus problemas psiquiátricos, Vincent é levado por seu irmão para Paris, onde conhece diversos artistas impressionistas, especialmente Paul Gauguin, que se tornaria seu melhor amigo. Enquanto se estabelecia como um artista genial, Van Gogh via sua saúde mental se deteriorar.

Lonely are the Brave – Sua Última Façanha – EUA, 1962, Drama/Faroeste, 107 minutos, 14 anos. Direção: David Miller. Elenco: Kirk Douglas, Gena Rowlands, Walter Matthau

Ao descobrir que seu melhor amigo foi condenado a dois anos de prisão, Jack Burns volta a Duke City para ajudá-lo a fugir. Desta forma, provoca sua própria prisão e, uma vez na cadeia, ao lado de Bondi, é surpreendido pelo desejo do amigo em permanecer no local, o que o leva a escapar, tornando-se, assim, um fugitivo. Baseado na obra de Edward Abbey.

Ace in the hole – A Montanha dos 7 Abutres – EUA, 1951, Drama, 111 minutos, 14 anos. Direção: Billy Wider. Elenco: Kirk Douglas, Robert Arthur, Jan Sterling

Após ser demitido de 11 jornais por causa de seu temperamento difícil, Chuck Tatum se muda para Albuquerque para trabalhar no jornal local. Escalado para cobrir uma corrida de cascavéis, o jornalista se depara com uma história interessante sobre um homem que ficou preso no túnel de uma caverna ao procurar relíquias indígenas. No intuito de se promover às custas da história, Chuck transforma o resgate num circo midiático que passa a lhe consumir aos poucos.

7º. BIFF – Brasília International Film Festival
De 21 a 26 de abril
biffestival.com