Teatro do Concreto apresenta “Borboletas têm vida curta” em lares para idosos.

    Foto de Thiago Sabino.

    O Grupo Teatro do Concreto realiza, em diferentes lares para idosos do DF, vivências e a temporada de Borboletas têm vida curta, espetáculo que resgata imagens e sentimentos de momentos marcantes da infância.

    De forma delicada, a narrativa do espetáculo traz a tona lembranças dos primeiros amores e desamores, amizades e desentendimentos, delícias e amarguras, guardadas na memória de quem já teve o privilégio de experimentar inúmeras emoções ao longo da vida.

    Borboletas têm vida curta, conta a história de Heitor, um homem de idade avançada que tenta, através das lembranças que estão marcadas em sua memória, atenuar a saudade e o vazio deixados por alguém especial. Sua constante busca por fatos, experiências e acontecimentos vividos na infância, o leva a ressignificar a maneira em que se relaciona e vive com o presente.

    O ponto de partida para concepção e âmbito de pesquisa para construção deste espetáculo se deu quando o Teatro do Concreto participou da oficina de Processo Colaborativo, do Galpão Cine Horto – BH/MG, em 2006, sob a orientação do diretor Chico Medeiros, do dramaturgo Luís Alberto de Abreu, da diretora Tiche Vianna e do ator Júlio Maciel. “Ter convivido e experienciado as orientações desses profissionais impactaram de sobremaneira a trajetória do Teatro do Concreto que, em 2010, comemora sete anos de atuação.” Diz o diretor do espetáculo, Francis Wilker.

    A realização da temporada conta com o patrocínio do FAC/Fundo de Apoio a Cultura do DF.

    Serviço: Borboletas têm vida curta

    Local: Casa do Vovô – Tenda de Oxalá (Asa Norte 603 LT, Brasília) + Data: 15/07 (quinta) às 10 horas.

    Local: Lar dos velhinhos Maria Madalena (Setor de Mansões Park Way SMPW Qd. 3 Conj. 1 Lt. 1) + Data: 16/07 (sexta) às 14:30.

    Local: São Francisco de Assis – Lar dos Velhinhos (SMPW Qd. 1 Conj. 4 Cs. 5) + Data: 18/07 (domingo) às 14 horas.

    Local: Lar Fabiano de Cristo – Casa da Abigail (QM 29 Módulo E, Ceilândia Sul) + Data: 22/07 (quinta) às 13 horas.

    Local: Casa do Ceará (Asa Norte SGAN, Qd. 910 Conj. F, Brasília) + Data: 23/07 (sexta)  às 14h30 e às 17 horas.

    Local: Centro Espírita Irmão Jorge (CEIJ Qd. 14, AE Modulo 01, Sobradinho) + Data: 24/07(sábado) às 9h30.

    Local: Casa do Candango (Qd. 14 EA 17/18, Sobradinho) +Data: 24/07 (sábado) às 15h30.

    Local: Crevin – Lar do Idoso (AV. Floriano Peixoto Qd. 63 Lote 12, Planaltina) + Data: 25/07 (domingo) às 15 horas.

    Classificação indicativa: Livre para todos os públicos.

    Com a palavra, o diretor do espetáculo Francis Wilker:

    A cada processo de pesquisa e de criação nós, do Teatro do Concreto, nos deparamos com novas possibilidades de construir diferentes espetáculos, sempre na busca de crescer como pessoa e artista. Foi durante o processo de criação de Entrepartidas, nossa peça anterior, que começamos a pensar sobre os lares que se dedicam a cuidar de idosos, todos os envolvidos nesse trabalho e, principalmente, os idosos. Talvez, por intuirmos que a partir de uma certa idade os olhares para a vida, para as relações afetivas, para os sentimentos e sensações, ganham outras cores, formas e conceitos. Daí nasceu o desejo de conhecer de perto esses homens e mulheres que dão vida a esses lares.

    Decidimos que a melhor maneira de realizar esse encontro seria ‘tocar os afetos’ por meio do teatro e que nosso espetáculo Borboletas têm vida curta, criado a partir de lembranças, seria um caminho poético para o exercício de compartilhar experiências de vida.

    Para isso, além da apresentação da peça, realizaremos vivencias com os idosos, serão momentos para conhecer, conversar, contar histórias, cantar, dançar, pegar na mão, abraçar.

    Esse projeto nasceu assim, da vontade de ir ao encontro de um público novo, de nos afetar por esse encontro com o qual podemos aprender tanto ao ouvir, ver, sentir e conhecer todas as pessoas, momentos e lugares que cada um carrega dentro de si. No fundo, falar de coisas muito simples que guardamos para dar sentido à existência.

    Que o Teatro siga ampliando laços, promovendo encontros e armando a sua poesia nos mais diversos lugares.”