“Brasília Museu Aberto” encerrou temporada com projeções no Panteão da Pátria

Fotos: Júlia Bandeira.

Depois da abertura com projeções mapeadas na cúpula do Museu da República (26 de outubro), na Casa do Cantador, na Ceilândia (18 de novembro), Museu Histórico e Artístico de Planaltina (23 de novembro), a exposição virtual Brasília Museu Aberto encerrou com projeções no Panteão da Pátria na última quinta (25).

O projeto expositivo é fruto da exposição original “Brasília – Da Utopia à Capital”, que já foi apresentada em 12 países e que agora, se adaptou a um novo formato, mas sem perder sua importância e reunindo um rico acervo que representa brilhantemente o que há de melhor na recente história da arte brasileira. Todo o conteúdo dessa segunda edição terá o conteúdo disponível na internet através do site da mostra www.brasiliamuseuaberto.com.br, no Instagram @brasiliamuseuaberto e também no Facebook Brasiliautopiacapital.

Danielle Athayde (Curadora) e Vanessa Mendonça (Secretária de Turismo do DF).

São documentos e fotos históricas e atuais, obras de artistas plásticos que viveram essa grande epopeia, que foi a construção da capital no planalto central, e de artistas contemporâneos, que representam o pensamento modernista de uma época, em que Brasília se tornou um marco, com projeto urbanístico único criado por Lúcio Costa e as linhas curvas que fizeram o arquiteto Oscar Niemeyer despontar para o mundo.

As jornalistas Katia Turra e Cynara Menezes.

“Graças a seu caráter único e inovador, o projeto Brasília Museu Aberto resgata, de forma efetiva, a essência da corrente de pensamento que defende um acesso mais amplo e democrático as artes e a cultura. Ao mesmo tempo, esta proposta busca estimular a ressignificação do espaço público a partir das plataformas digitais, e exibições em grande formato em locais estratégicos do DF. Assim, visa a potencializar a dimensão de pertencimento do expectador, aproximando-o de conteúdos da sua própria história”, afirma Danielle Athayde, curadora do projeto. Nessa dimensão, o território ressurge como cenário lúdico para a apreciação simbólica de um museu a céu aberto. O espaço exterior, a urbs, transforma-se num palco natural e reforça, a partir da mensagem artística, o elo entre o cidadão e o espaço que ocupa.

Ronaldo Duque e Yolanda Matias.

O projeto artístico virtual que será mostrado conta com esculturas de Maria Martins, Bruno Giorgi, Marianne Peretti, Victor Brecheret e Alfredo Ceschiatti, pinturas de Carlos Bracher e Alex Flemming, Tarciso Viriato e Galeno, desenhos de Naura Timm, instalacões e esculturas de Siron Franco, imagens de Ronaldo Duque, além de fotografias de Marcel Gautherot, Mario Fontenelle, Peter Scheier, Gabriel Gondim, Raymond Frajmund, Âke Borglund, Rui Faquini, Fabio Colombini, João Facó, Orlando Brito e Celso Junior, entre outros.

Teresa Rolemberg, Danielle Athayde, Fabiano Sanromã e Neusinha Pereira.

Um dos destaques do projeto é o acervo formado pelo casal Izolete e Domício Pereira — considerados pioneiros em razão de residirem na nova capital desde 1959, onde exerceram cargos no governo federal e na Novacap (companhia responsável pela construção da cidade) — reúne um raro acervo administrado pelo curador Cláudio Pereira, filho do casal. Composto por obras de diversos períodos da arte brasileira e internacional, a coleção reúne gravuras, fotografias, desenhos, pinturas, esculturas, documentos e objetos que representam um recorte das artes visuais do período e da estética modernista que se estabeleceu no Brasil nas décadas de 1950 e 1960.

As irmãs Lila, Teresa e Isabela Rollemberg.

A exposição Brasília Museu Aberto conta com o apoio da lei de incentivo federal e da lei de incentivo do DF, a LIC DF e patrocínio do Sabin, Sesi e Beck´s.