A Casa da Cultura da América Latina (SCS) recebe três exposições: Las Travas Elétricas, 3 anos de Espaçonave e Narrativas Fronteiriças. As mostras têm abertura no dia 3 de fevereiro (quarta), às 19 horas, e permanecem em exibição até 4 de março.
Unidos pelo interesse no estudo e na pesquisa sobre identidades de gênero, Felipe Olalquiaga e Rafael Godoy formaram, em 2013, o duo Travas Elétricas, que ocupam a Galeria CAL, com diferentes suportes – fotografia, objeto, cartaz, vídeo e performance.
A exposição “Las Travas Elétricas” é uma reflexão sobre vivências e performances de gênero a partir de uma perspectiva guerrilheira, “que a todo momento está em combate para poder ser o que verdadeiramente é”. Exibindo obras individuais e de coautoria, a mostra traça uma trajetória poética (não linear) percorrida individualmente pelos dois artistas.
Rafael tem trabalhado constantemente com fotografia com enfoque sobre as relações de intimidade e às normas de gênero e sexualidade. Rogai pornôs e o ensaio Ni Víctimas ni pasivas (esse em parceria com Olalquiaga) são alguns dos trabalhos fotográficos que estarão na mostra.
Além da videoinstalação Antro(pó)fagia, Olalquiaga, que gosta de experimentar várias linguagens, apresenta Margem, série composta por cinco imagens em preto e branco que questiona o quanto a identidade das pessoas é afetada pela sociedade onde estão inseridas.
Além das galerias da CAL, os dois artistas têm participado nos últimos dois anos de coletivas no CCBB, Espaço Ecco, Alfinete Galeria, Espaço Piloto da UnB e Espaço Cultural Marcantonio Vilaça.
Galeria Acervo (2º andar)
A vivência de um ateliê coletivo dá o mote da exposição 3 anos de Espaçonave, que vai ocupar a Galeria Acervo a partir da noite de 3 de fevereiro. O ateliê teve início em março de 2013, na Quadra 211 Norte, agora funcionando na 114 Norte. Impulsionando convivências, produções, críticas e pesquisas, o espaço surgiu também como um lugar que contribui para a circulação e diálogo de jovens artistas e seus trabalhos na cena independente local.
Pinturas, fotos, zines, desenhos, gravuras, obras tridimensionais e assemblages vão compor a exposição que reúne Ânnima de Mattos, Augusto Botelho, Daniel Lopes, Francisco II, Joao Diniz, Maíra Geraldo, Maria Antonia Nobre e Sara Soyaux.
De acordo com os artistas, as obras da 3 anos de Espaçonave foram selecionadas a partir das experiências e edições que eles consideraram mais interessantes durante suas temporadas no ateliê. A montagem na galeria vai refletir o ambiente de trabalho descontrolado, a colagem desorganizada do processo de cada um, além dos aspectos metodológicos, de investigação e “becos sem saída poéticos”.
A produção e publicação de zines é uma das marcas da Espaçonave, que abriga a editora independente Mês Zines.
Galeria de Bolso
Narrativas fronteiriças é o nome da instalação que Léo Tavares mostra na galeria de Bolso da CAL. Os módulos de textos recortados de revistas de palavras cruzadas e livros de gramática que serão afixados na parede da galeria são resultados da pesquisa acadêmica do artista, diálogo entre a palavra escrita e a visualidade.
Léo, gaúcho radicado em Brasília, afirma que as questões centrais da sua pesquisa artística surgem a partir do entrelaçamento entre duas linguagens e alcançam ruminações acerca de outros binômios como espaço/tempo, acúmulo e vazio, trânsito e transcorrer, apropriação e autoria, citação e referência, narrativa e contemplação.
No final de 2013, Léo, que também produz textos em prosa e poesia, participou da coletiva Nossa Exposição de Desenhos na Galeria CAL. Em 2014 sua arte esteve presente na Alfinete Galeria, no Elefante Centro Cultural, Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Galeria 406 e no Espaço Piloto da UnB.
Serviço: Abertura das exposições Las Travas elétricas, 3 anos de Espaçonave e Narrativas fronteiriças
Data: 3 de fevereiro de 2016 (quarta-feira), às 19h
Local: galerias da CAL/UnB (SCS Quadra 4, Edf. Anápolis). Telefone 3321.5811
Visitação: 4 de fevereiro a 4 de março, todos os dias, das 9h às 19h
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre.
