“Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade” revela afetividade entre pai e filha.

Fotos: Guga Melgar. Divulgação.

O poeta Carlos Drummond de Andrade tinha uma estreita relação com sua filha Maria Julieta, que ficou registrada na memória por meio da correspondência que eles trocavam entre si. Este é o mote do monólogo Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade em cartaz de 21 a 23 de setembro no Museu Nacional dos Correios.

A cumplicidade e respeito demonstrada na relação afetiva teve início quando Maria Julieta tinha apenas cinco anos de idade. O carinho é nítido em trechos que se repetem, como “Querido Cacá”, “Papai querido”, “Meu papaizinho querido”, “Papai re-querido”, “Pai constante e mais do que querido”, “Poeta amado”. Já Carlos chamava a filha por “Julietinha”, “Bizuquinha”, “Filharoquinha”, “Amiga do papai” etc.

A montagem é concebida e dirigida por Sura Berditchevsky, que assina ao lado de Luis Fernando Philbert. A pesquisa durou mais de um ano, Pedro Drummond, filho de Maria Julieta e gestor da obra de seu avô, e Sura leram e estudaram, ao longo de um ano, toda a correspondência e idealizaram o projeto.

“A idéia de encenar as cartas surgiu a partir de um encontro com Pedro Drummond e uma longa conversa que tivemos sobre a obra de seu avô e o meu desejo de voltar a atuar. Pedro, na ocasião, me apresentou Topázio, romance inacabado de Maria Julieta, no qual a cronista estava trabalhando pouco antes de falecer.” conta Sura.

Serviço: Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade

Temporada de 21 a23 de setembro de 2012
Horários: sexta e sábado às 20h30 e domingo às 19h

Local: Museu Nacional dos Correios – SCS, Q.04 bloco A, Ed. Apolo, nº 256.
Ingressos: Entrada gratuita, com retirada de senha a partir de uma hora antes do início do espetáculo.

Duração: 60 minutos.

Classificação indicativa: 12 anos.

Informações: museu@correios.com.br

O Museu recebe o público de terça a sexta, das 10h às 19h; e nos sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h.