Festival Internacional Cinema e Transcendência tem entrada franca.

A Duna de Jodorowsky. Divulgação.
A Duna de Jodorowsky. Divulgação.

O Festival Internacional Cinema e Transcendência vai 20 a 29 de novembro com entrada franca e ocupa a área externa e o auditório do Museu dos Correios. O mote do evento é a arte cinematográfica como mediadora entre o sentido estético e as experiências de auto transformação. A programação vai exibir 14 longas-metragens e três curtas, além de shows, aulas abertas, meditações, palestras e festas, com destaque para as palestras da Monja Coen e de Gloria Arieira.

Em 2015, a curadoria optou por exibir dois tipos de filmes. De um lado, produções que, pela extensão do seu conteúdo, possibilitam novas leituras da realidade e assim prescindem de uma experimentação da linguagem cinematográfica. E de outro, o “filme busca”, em que o autor é o buscador, tanto de novas abordagens estéticas como de novos caminhos que o levem ao autodesenvolvimento.

O festival contará com vários filmes premiados internacionalmente, muitos deles nunca exibidos no Brasil. São títulos como ‘A Duna de Jodorowsky’, filme do norte-americano Frank Pavich, que conta a história de uma obra-prima nunca filmada, mas que permaneceu no imaginário cinematográfico como promessa de um dos maiores épicos da história do cinema: a adaptação de DUNA, obra literária de Frank Hebert, pelo grande cineasta chileno Alejandro Jodorowsky. Ou ‘Morrendo de Curiosidade’, documentário assinado por Gay Dillingham, com um retrato íntimo de dois grandes personagens do século XX, os professores de psicologia de Harvard, Timothy Leary e Richard Alpert, que experimentaram ampliar os limites da consciência através do uso de drogas. O primeiro veio a se tornar o guru do LSD e é ícone da contracultura norte-americana, e o segundo se transformou em Ram Dass, líder espiritual de toda uma geração.

Entre os destaques figuram também ‘Luz Feroz, Quando o Espírito Encontra a Ação’, uma importante produção canadense assinada por Velcrow Ripper, que mostra o grande movimento do Ativismo Espiritual mundo afora – o filme contém entrevistas com a atriz Daryl Hannah, o bispo Desmond Tutu e a escritora Alice Walker, dentre outras personalidades. E ‘Humanos’, do cineasta Alan Stivelman, que registra a vida de Placido, uma espécie de “padre” andino, com quem realiza algumas das viagens mais introspectivas até hoje captadas pelo cinema.

Humanos.
Humanos.

O festival vai além da amostragem de filmes e de espetáculos musicais. Como dizem os curadores, “atendendo a um clamor coletivo da alma do nosso tempo afogada em perspectivas sombrias para o planeta e para o ser humano, queremos propiciar o encontro de pessoas em torno da arte do cinema, da música e também da arte de desenvolver consciência”. Desta forma, a edição de 2015 aposta mais fortemente em ser um espaço para o encontro com o outro, consigo mesmo e para a experiência do contato com a renovada força criativa e transformadora do nosso tempo.

Para começar, as projeções de filmes ganham a rua, com um dome geodésico de bambu que será montado na área externa no Museu dos Correios, para acolher exibições às sextas, sábados e domingos (nos dias de semana, as projeções acontecem no auditório do Museu dos Correios). O local também acolherá apresentações de música oriental, performances de circo, aulões de Yoga e de Tai Chi Chuan, palestra com a célebre Monja Coen, festa com DJs, Momento Paladar (com comida vegetariana, indiana e vegana), workshops musicais e muito mais.

Outra novidade em 2015 é a proposta de circulação do Festival por três regiões administrativas. Além do Plano Piloto, os filmes poderão ser vistos por espectadores de Planaltina, Ceilândia e Sobradinho (com exibições na primeira semana de dezembro), onde o evento ocorrerá num formato menor, sem as atividades que acompanham as projeções. Também serão realizadas sessões de diurnas exclusivas para alunos de escolas públicas do DF.

The Horse Boy.
The Horse Boy.

Programação:

20.11, SEXTA-FEIRA – Local: DOME (área externa):

19h – Celebração de abertura com o grupo Circênicos
20h – Show de Música Indiana com Helder Araújo e Ricardo Passos
20h45 – Filme de abertura: ‘Morrendo de Curiosidade’ (Dying To Know), de Gaby Dillingham – 95min

21.11, SÁBADO – Local: DOME (área externa):

9h – Aula aberta de Kundalini Yoga com prática de meditação
10h30 – Workshop de Música Indiana com Helder Araújo e Ricardo Passos
16h – Sessão de Cinema: ‘Kamala: Caminho da Glória’, de Ananda Jyothi – 62min
17h – Palestra de Gloria Arieira – ‘Caminhos do Vedanta’
18h30 – Momento Chai no “Dome Paladar”
19h – Lançamento do DVD ‘Gaia’, com show de Izabella Rocha
20h30 – Sessão de Cinema: ‘Filho do Camboja’ (Candodian Son) – 85min

22.11, DOMINGO – Local: DOME (área externa):

9h – Aula aberta de Hatha Yoga, com Soraya Farah
10h – Meditação guiada Zen Budista
11h – Workshop de Música Indiana com Helder Araújo e Ricardo Passos
15h – Sessão de Cinema: ‘Monge com uma Câmera’ (Monk with a Camera), de Tina Mascara e Guido Santi – 90min
16h30 – Palestra da Monja Coen – lançamento de livro com performance de dança
19h – Sessão de Cinema: ‘Humanos’, de Alan Stivelman – 87min

23.11, SEGUNDA-FEIRA – Museu dos Correios:

19h30 – Sessão de Cinema: ‘Menino Cavalo’ (The Horse Boy), de Michel Orion Scott – 93min

24.11, TERÇA-FEIRA – Museu dos Correios:

19h30 – Sessão de Cinema: ‘Gnosis, o Espírito do Tibet’ (Gnosis, The Spirit of Tibet), de Matthieu Ricard – 46min

25.11, QUARTA-FEIRA – Museu dos Correios:

19h30 – Sessão de Cinema: ‘Trudell’, de Heather Rae – 80 min

26.11, QUINTA-FEIRA – Museu dos Correios:

19h30 – Sessão de Cinema: ‘O Ativista Quântico’ (The Quantum Activist), de Renee Slade e Ri Stewart – 78min

27.11, SEXTA-FEIRA – Local: DOME (área externa):

20h – Sessão de Cinema “Musical”: ‘1 Grande Salto’ (1 Giant Leap), de Jamie Catto e Duncan Bridgeman – 76min
22h – Festa indiana celebrando o Guia Satya – DJs, performances e atividades criativas

28.11, SÁBADO – Local: DOME (área externa):

9h – Aula aberta de Tai Chi Chuan
10h – Meditação Guiada
11h – “Parto, um Gesto Natural” – exibição de curtas ‘Partos’, de Débora Amorim, seguida de palestra, e exibição do curta ‘Cabaças’, de André Luiz Oliveira
15h – Workshop de Música Turca, com Bernardo Bittencourt
17h – Momento Chai no “Dome Paladar”
17h30 – Sessão de Cinema: ‘Quem se importa’, de Mara Mourão, 93min
19h30 – Performance grupo Circênicos
20h30 – Sessão de Cinema: ‘Luz Ardente’ (Fierce Light), de Velcrow Ripper – 90min

29.11, DOMINGO – Local: DOME (área externa):

15h30 – Sessão de Cinema: ‘Tempo de Espera, Tempo de Vipassana’ (Doing Time, Doing Vipassana), de Eilona Ariel e Ayelet Menahemi – 52min
16h30 – Momento Chai no “Dome Paladar”
17h – Show de encerramento Música do Oriente, com Bernardo Bittencourt e grupo
18h30 – Sessão de Cinema: ‘A Duna de Jodorowsky’ (Jodorowsky’s Dune), de Frank Pavich – 88min

Sinopses:

DYING TO KNOW (MORRENDO DE CURIOSIDADE) – INÉDITO NO BRASIL
Direção: Gay Dillingham
Ano: 2014 | País: EUA | Duração: 95 min
Um retrato íntimo celebrando dois personagens muito complexos, de caráter controverso em uma amizade épica que moldou uma geração. No início de 1960, os professores de psicologia de Harvard Timothy Leary e Richard Alpert começaram a sondar os limites da consciência através de seus experimentos com drogas psicodélicas. Leary tornou-se o guru do LSD, desafiando convenções, questionando autoridades e, como resultado, gerou um movimento de contra cultura na prisão depois que Nixon o chamou de “o homem mais perigoso da América”. Alpert viajou para o Leste tornando-se Ram Dass, um professor espiritual para toda uma geração, que continua aos 80 anos ensinando a entrega através da compaixão. Com entrevistas abrangendo 50 anos, o filme convida o espectador a refletir, com perguntas sobre a vida, as drogas e o maior mistério de todos: a morte.
Diretora: GAY DILLINGHAM
Gay tem feito constantes malabarismos entre suas paixões paralelas pelo meio ambiente, políticas públicas e comunicação através de filmes. Seu primeiro filme, The WIPP Trail, narrado por Robert Redford, lançou um olhar crítico ao depósito de resíduos nucleares subterrâneos, o primeiro da nação americana e ainda o único do mundo. My Body Belongs to Me, um programa de educação proativo infantil sobre o abuso sexual, ganhou o prêmio na categoria “Orientação e Valores da Educação” no Festival de Filmes Americanos. Em seguida, Gay Dillingham co-fundou e dirigiu duas empresas de tecnologia ambiental: Earthstone Internacional e Growstone. Ela foi um dos quatro americanos que se juntaram ao Governador Richardson para consultoria de energia em uma missão privada para a Coréia do Norte, em dezembro de 2010. Muitos acreditam que esta pequena delegação ajudou a evitar o que provavelmente poderia ter terminado em conflito armado e guerra. Hoje, novamente ela está concentrando sua paixão por informar e esclarecer através do cinema, com sua empresa CNS Communications, LLC.

KAMALA, CAMINHOS DA GLÓRIA
Direção: Ananda Jyothi
Ano: 2014 | País: Brasil | Duração: 70 min
Kamala é a flor de lótus que simboliza a espiritualidade e eternidade. O florescer de suas pétalas sugere a expansão da alma. A lótus tem a capacidade de enfrentar a lama da escuridão e florescer pura, numa total liberdade de apegos. Assim é a sabedoria e a história de vida da professora Gloria Arieira. O documentário é uma produção independente realizada ao longo de quatro anos com filmagens na Índia e no Brasil. A vida de Gloria Arieira e sua trajetória de ensinamentos em Vedanta representam a continuidade e transmissão de um conhecimento milenar originário da Índia, que revela as causas da existência humana e o papel a ser trilhado em direção a uma vida livre de limitação.
Diretor: ANANDA JYOTHI
Indiano, natural de Kerala, sul da Índia, viveu no Brasil 14 anos, durante os quais construiu uma carreira artística, na música e cinema, voltada para o intercâmbio cultural entre a Índia e o Brasil. Desde 2013, vive entre os dois países. É compositor e tablista, e gravou quatro CDs, dois deles produzidos em Brasília, com a participação de Kiko Peres e Cláudio Vinícius Fialho. O CD Cravo da Índia (2009) teve a produção de João Paulo Mendonça. Em 2010, dirigiu as gravações do DVD Mantra Tropical, filmado em Brasília e na Índia, comemorando seus 10 anos de carreira no Brasil, promovendo o encontro entre a música indiana e brasileira. Seguindo a tradição de seu país, também é estudioso da astrologia tradicional indiana. Em 201, foi o curador da maior mostra de cinema indiano no Brasil, Bhava: Universo do Cinema Indiano, realizada para o Centro Cultural Banco do Brasil.

CAMBODIAN SON (FILHO DO CAMBOJA) – INÉDITO NO BRASIL
Direção: Masashiro Sugano
Ano: 2014 | País: EUA/Camboja | Duração: 85 min
A inspiradora história da jornada de Kosal Khiev, de prisioneiro na América a poeta no Camboja. O documentário acompanha a vida de Kosal depois de receber o convite mais importante de sua carreira de se apresentar representando o Reino do Camboja na Olimpíada Cultural de Londres em 2012. Kosal viajaria para Londres tendo apenas pego dois voos anteriores; primeiro, quando criança refugiada de um ano de idade, cuja família fugiu do Camboja e, depois, um criminoso estrangeiro de 32 anos forçado a regressar ao Camboja em 2011. Depois que as apresentações terminam e o palco de Londres torna-se uma memória longínqua, Kosal é mais uma vez deixado sozinho para responder à questão central em sua vida: “Como sobreviver quando se pertence a lugar nenhum”.
Diretor: MASASHIRO SUGANO
Nascido em Osaka, Japão, Masahiro Sugano, um ex-aluno do Instituto Sundance Film Festival, é um cineasta premiado que estende sua premiação a partir de uma indicação do Student Academy Award em 1997, para o prêmio mais recente como bolsista em 2013 do Centro para o Fundo Asiático Americano de Inovação de Mídias, com sua série experimental na web “Versos no exílio”. Depois de percorrer festivais internacionais de cinema em Pusan, Cingapura e Buenos Aires, seu primeiro filme de longa-metragem Art of Love foi distribuído em DVD. Ele conquistou um bacharelado em filosofia pela Universidade do Estado da Califórnia (Northridge) e um mestrado em filme / vídeo / animação da Universidade de Illiniois (Chicago). Seu recente curta-metragem “Por que eu escrevo (2011)” ganhou o prêmio de Melhor Performance Poética em Filmes no Festival de Poesia Berlin Zebra de 2012. Através do laboratório de mídia do Studio Revolt, Sugano introduziu o Neo-Realismo cambojano para uma ávida jovem geração de cineastas. Atualmente reside em Phnom Penh no Camboja, onde completou seu segundo projeto em longa-metragem, Cambodian Son (2014).

MONK WITH A CAMERA (MONGE COM UMA CÂMERA)
Direção: Tina Mascara e Guido Santi
Ano: 2014 | País: EUA | Duração: 90 min
A vida e a busca espiritual de Nicholas Vreeland, um monge tibetano que, com a venda de suas fotografias, ajudou a reconstruir um dos mosteiros mais importantes da cultura tibetana, o mosteiro Rato. O documentário oferece um raro vislumbre da vida de Nicholas e seu mestre Khyongla Rinpoche. É um filme sobre uma viagem pessoal, mas também sobre o povo do Tibete, que vive no exílio nas áreas protegidas da Índia. São pessoas que deixaram suas famílias e amigos e construíram uma nova vida longe do Tibete, um país ao qual eles nunca poderão voltar. Documentário sobre a vida nos mosteiros, sobre o futuro das comunidades tibetanas, sobre o impacto do Budismo na sociedade americana e sobre a busca da arte em um mundo de impermanência.
Diretores: TINA MASCARA E GUIDO SANTI
Os diretores, produtores e escritores norte-americanos Tina e Guido são casados e fundaram a Asphalt Stars Productions. Assinaram juntos o sucesso ‘Chris & don – a love story’, de 2007, sobre a história de amor entre o artista norte-americano Don Bachardy e o escritor britânico Christopher Isherwood na década de 1950, quando as relações homossexuais não eram muito bem aceitas.

HUMANOS – INÉDITO NO BRASIL
Direção: Alan Stivelman
Ano: 2014 | País: Peru/Bolívia/Argentina | Duração: 87 min
Alan tem vinte e cinco anos e não consegue encontrar as razões para sua existência, o porquê da sua vida. Uma câmera e um caderno com muitas perguntas são tudo que ele precisa para uma viagem pelas montanhas andinas. Uma viagem para as profundezas do inconsciente. Através dos olhos de Placido, um Paqo (“padre”) andino, irá revelar a existência de um mundo invisível que convive diariamente com o visível. Alan quer descobrir a origem do ser humano na Terra, mas para isso é preciso aprender a ser humano. Rituais, iniciações e novas estruturas serão dados como “chaves”, para que possa romper e expandir sua consciência. Com Placido, realizará uma das viagens mais introspectivas até hoje já registradas.
Diretor: ALAN STIVELMAN
Alan Stivelman é um cineasta argentino que gosta de misturar em seus filmes conhecimento antigo e nova tecnologia. Acredita que a distribuição digital é o futuro próximo, mas acha que a indústria dominante ainda não sabe como administrar corretamente. Desde jovem tentou buscar as respostas de algumas questões arquetípicas, como, quem somos?, de onde viemos? e para onde vamos? Ele percebeu que as chaves mais importantes destes mistérios estão na América do Sul.

THE HORSE BOY (MENINO CAVALO)
Direção: Michel Orion Scott
Duração: 93min
Mais do que a crônica de Rowan e a jornada de seus pais através da vasta, selvagem paisagem da Mongólia, o filme investiga o estranho mundo do autismo, a relação entre seres humanos e animais e entre diferentes culturas e diferentes formas de ser (autistas vs. normal, ou “neuro-típico”), bem como a natureza da cura. Espectadores ouvem as várias teorias sobre autismo dos especialistas na área, os renomados pesquisadores sobre autismo, tais como o Dr. Simon Baron-Cohen, da Universidade de Cambridge; Dr. Temple Grandin, reconhecido autista e professor de comportamento animal da Universidade Estadual do Colorado; e o antropólogo e pesquisador Roy Richard Grinker da Universidade George Washington. Mas acima de tudo, The Horse Boy conta a história de um casal que vai para o fim da terra para encontrar um caminho para a vida de seu filho.
Diretor: MICHEL ORION SCOTT
Nascido no Texas, onde se formou em cinema pela Universidade do Texas, em Austin, estudou também dança moderna. Apaixonado pela natureza, busca, no cinema, aprofundar sua relação com o planeta Terra.

GNOSIS, THE SPIRIT OF TIBET (GNOSIS: O ESPÍRITO DO TIBET)
Direção: Matthieu Ricard
Ano: 1998|País: França/Tibet | Duração: 46 min
Um retrato autêntico de Dilgo Khyentse Rinpoche, um dos grandes mestres contemporâneos do Tibete, considerado o “Mestre dos Mestres” entre as quatro escolas do budismo tibetano. Reconhecido como um grande praticante, guru, poeta, estudioso e um dos principais professores do Dalai Lama, o Nyingma Lama Dilgo Khyentse Rinpoche morreu em 1991. Este filme começou em 1989, quando o tradutor Matthieu Ricard e Vivian Kurz começaram a gravar extensas imagens e narrações de seu professor. Filmado em Kham, no leste do Tibete, raramente registrado, como também no Nepal, Butão, Índia e França, o filme traz a rica e intrincada tessitura do budismo tibetano e é um testemunho da força, sabedoria e profundidade dessa cultura. Narração de Richard Gere com música de Philip Glass.
Diretor: MATTHIEU RICARD
Matthieu Ricard é um monge budista que deixou uma promissora carreira em genética celular na França para estudar o budismo no Himalaia há 40 anos. Sendo um cientista diplomado e monge budista, está singularmente posicionado na comunicação entre Oriente e Ocidente. É participante ativo na pesquisa científica atual sobre os efeitos da meditação no cérebro. Matthieu Ricard doa toda a renda de seu trabalho aos projetos humanitários de Karuna – Shechen, uma organização que ele fundou. Os projetos de Karuna – Shechen proporcionam assistência médica, educação, serviços sociais e preservação cultural para as populações pouco assistidas da Índia, Nepal e Tibet.

TRUDELL
Direção: Heather Rae
Ano: 2005| País: EUA| Duração: 80 min
Filme documentário sobre a vida do autor e ativista indígena americano John Trudell. O filme acompanha Trudell de sua infância em Omaha, Nebraska, até sua participação no movimento indígena americano e, finalmente, até o seu renascimento como músico e poeta discursivo. Heather Rae produziu e dirigiu o filme, que levou mais de uma década para ser concluído.
Diretora: HEATHER RAE
Produtora, diretora e atriz norte-americana, nascida na Califórnia. Foi responsável, dentre outros títulos, pela produção de ‘Frozen Riv er’, de 2008, escolhido Melhor Filme do Sundance Film Festival.

THE QUANTUM ACTIVIST (O ATIVISTA QUÂNTICO)
Direção: Renee Slade e Ri Stewart
Ano: 2009 | País: EUA | Duração: 78 min
A origem de muitos problemas do mundo moderno está na ideia materialista de que há uma oposição entre espírito e matéria. A boa notícia é que essa aparente contradição se desfaz com o surgimento de um novo modelo científico fundamentado na física quântica. Em O Ativista Quântico, Amit Goswami, um dos cientistas protagonistas do filme Quem Somos Nós, desvenda o novo paradigma ao explicar, de forma acessível, os fundamentos da física quântica e o potencial ilimitado da consciência. O documentário narra também a jornada de transformação pessoal de Goswami, um materialista convicto que, após uma série de questionamentos e revelações, restaurou a ponte entre ciência e espiritualidade ao provar cientificamente a existência de Deus. O filme é, ainda, um convite ao ativismo quântico, a uma nova postura capaz de transformar, simultaneamente, nossa realidade pessoal e nossas instituições sociais.
Diretores: RENEE SLADE E RI STEWART
Produtores, diretores, editores norte-americanos, sócios na BlueDot Productions.

1 GIANT LEAP (1 GRANDE SALTO)
Direção: Jamie Catto e Duncan Bridgeman
Ano: 2002 | País: EUA | Duração: 76 min
Um projeto único para o século 21 que combina palavras, sons, ritmos e imagens de todo o mundo para celebrar a criativa diversidade de músicos, contadores de histórias, autores, cineastas, artistas e pensadores de culturas ao redor do mundo. Os resultados ilustram a diversidade artística e cultural de tirar o fôlego com uma mensagem clara de união por toda parte. Este projeto é o primeiro de seu tipo, tanto em seus termos imensos de referência quanto em seu uso revolucionário da tecnologia de ponta.
Diretores: JAMIE CATTO E DUNCAN BRIDGEMAN
Jamie Catto, como declarou recentemente a revista The Sunday Times Style, é um catalisador criativo, produtor e diretor por trás da filosofia global e projeto musical “Giant Leap”, sendo o primeiro da série nomeado para dois Grammys em 2003 e chegou a vender mais de 300 mil álbuns ganhando inúmeros prêmios em todo o mundo. O mais novo filme e álbum, “What about me” (E quanto a mim?), lançado em 2009, ganhou recentemente o Grande Prêmio do Júri de Melhor Documentário no Red Rock Film Festival. Jamie também é membro fundador, cantor, diretor de arte e diretor de vídeo e musical do grupo Faithless. A banda já vendeu milhões de discos desde o final da década de 1990, incluindo mais de seis milhões de cópias do influente trabalho “Insomnia”. Duncan Bridgeman é compositor e diretor britânico, que formou com Jamie Catto o duo de música eletrônica africana no qual o filme se baseia.

QUEM SE IMPORTA
Direção: Mara Mourão
Ano: 2011 | País: Brasil | Duração: 93 min
Você se importa com o destino da humanidade e do planeta? Um número cada vez mais expressivo de pessoas não só tem respondido sim a essa pergunta como tem colocado a mão na massa em prol dos interesses coletivos. Essa revolução, baseada na conversão de ideais em ações concretas, foi documentada pela cineasta carioca, radicada em São Paulo, Mara Mourão. Lançado recentemente, o longa-metragem foi filmado em sete países: Brasil, Peru, Estados Unidos, Canadá, Tanzânia, Suíça e Alemanha. Mara registrou o trabalho de 18 empreendedores sociais, figuras que despontaram nas últimas décadas, motivadas pelo desejo de contribuir para a evolução das relações humanas, econômicas e ambientais. “Depois de extensa pesquisa, escolhi os entrevistados, pessoas com ideias inovadoras, de baixo custo e alto impacto social”, fala a diretora.
Diretora: MARA MOURÃO
Formou-se Cinema pela FAAP, Film Production Workshop na New York University e Video Production Workshop na New School University. Dirigiu mais de 200 comerciais, antes de se dedicar à produção de longas e médias. Hoje, acumula um repertório com vários prêmios e que atingiu milhões de espectadores pelo mundo, em canais como Discovery Channel, Fox e Globo. Mara também dirigiu uma série de TV de 22 episódios, transmitidos pela FOX e TV Record. Seu filme Doutores da Alegria (2005) recebeu o selo da UNESCO por promover uma cultura de paz e sua versão para a TV foi indicada ao Emmy, em 2005. Recebeu 10 prêmios. Também lançou Avassaladoras (2002) e Alô?! (1998).

FIERCE LIGHT: WHEN THE SPIRIT MEETS ACTION (LUZ FEROZ, QUANDO O ESPÍRITO ENCONTRA A AÇÃO) – INÉDITO NO BRASIL
Direção: Velcrow Ripper
Ano: 2008 | País: Canadá | Duração: 90 min
Documentário que capta o movimento emocionante de Ativismo Espiritual que está explodindo ao redor do planeta e as personalidades poderosas que o estão inflamando. Alimentado pela crença de que “um outro mundo é possível”, o diretor Velcrow Ripper explora as histórias de pessoas que se voltaram para o ativismo espiritual como um meio de lidar com crises pessoais e globais. O filme contém entrevistas de Daryl Hannah, Thich Nhat Hanh, Desmond Tutu, Julia Butterfly Hill, Van Jones, Alice Walker, Joanna Macy, Noah Levine e John Lewis.
Diretor: VELCROW RIPPER
Velcrow Ripper é um premiado diretor canadense. Tem criado documentários que lidam com as questões centrais do nosso tempo. Occupy Love é o último filme da trilogia “Fierce Love”, iniciada com o filme “Scared Sacred”, nomeado em 2004 um dos 10 melhores filmes do Canadá e vencedor do Genie (Oscar canadense) de 2005 como melhor documentário. Manteve o prêmio em 2008 com Fierce Light: When Spirit Meets Action (Luz Feroz: Quando o Espírito encontra Ação). Os filmes de Velcrow são estilisticamente inovadores, envolventes e comoventes. Ele foi nomeado “um dos dez melhores cineastas de 2012” pela revista Film Independent.

DOING TIME, DOING VIPASSANA (TEMPO DE ESPERA, TEMPO DE VIPASSANA)
Direção: Eilona Ariel e Ayelet Menahemi
Ano: 1997 | País: Israel/Índia | Duração: 52 min
Filme comovente e de grande beleza plástica, que mostra a aplicação da técnica de Meditação Vipassana no Presídio de Tihar, Nova Délhi, Índia, em 1993, e em diversas prisões da Índia, com resultados surpreendentes no sentido de abrandar o sofrimento dos presos e de transformá-los em pessoas mais positivas, equilibradas e capacitadas para seus retornos à vida em sociedade. Atualmente, algumas autoridades locais na Índia, introduziram em caráter oficial o ensino de Vipassana em seus presídios e o Governo Central estimula todo o sistema prisional a implementá-lo. Essa experiência tem sido repetida em diversos países do Ocidente e do Oriente, como Grã-Bretanha, Estados Unidos, México, Argentina, Chile, Taiwan etc. No momento, está sendo estudada a possibilidade de realizar um curso de Vipassana numa prisão em Minas Gerais.
Diretores: EILONA ARIEL E AYELET MENAHEMI
Diretores e produtores israelenses. Eilona nasceu em Israel, em 1958, mudou-se para Nova York em 1978 e passou nove anos estudando e trabalhando como musicista e fotógrafa. Entre 1987 e 1995, viveu e trabalhou na Ásia. Retornou a Israel em 1995 e criou, com Ayelet a Karuna Films. Ayelet Menahemi é também ator e escritor, nasceu em Tel Aviv em 1963 e dirigiu o curta ‘Crows’, premiado em diversos festivais mundo afora.

JODOROWSKY’S DUNE (DUNA DE JODOROWSKY) – INÉDITO NO BRASIL
Direção: Frank Pavich
Ano: 2014 | País: EUA | Duração: 88 min
Para quem é aficionado por toda cultura que engloba o universo da ficção científica este documentário pode ser uma experiência única de sentimentos fortes trazidos pela frustração, fúria, saudosismo e prazer incondicionais. O filme mostra a glória e a derrocada de um dos filmes que poderia ter sido um dos mais importantes da história do cinema, sem nenhum exagero. O filme em si é a adaptação de DUNA, a obra-prima literária escrita por Frank Hebert que impressionou gerações por seu conteúdo filosófico, surreal e politico. Este fascinante documentário explora a gênese de um dos maiores épicos do cinema que nunca foi realizado: (EL TOPO) a adaptação do clássico de ficção cientifica pelo cineasta cult Alejandro Jodorowsky, cujo elenco teria incluído ícones como Salvador Dali, Orson Welles e Mick Jagger. Em 1975, após o grande sucesso de seus filmes El Topo e Holy Mountain, Alejandro Jodorowsky conseguiu os direitos do Duna de Frank Herbert, e começou a trabalhar no que estava se preparando para ser uma revolução do cinema, um sci-fi épico diferente de qualquer coisa que o mundo já tinha visto. Jodorowsky alistou um grupo de elite de realizadores artísticos, incluindo o artista de quadrinhos francês Moebius, que ilustrou os storyboards; o roteirista Dan O’Bannon (Estrela Escura, Alien); o artista H.R. Giger (Alien); e sci-fi ilustrador de capas Chris Foss. Para o elenco, alinhou ícones como Dali e Mick Jagger e até mesmo seu próprio filho, que foi submetido a dois anos exaustivos de treinamento de artes marciais para se preparar para o seu papel. Infelizmente, o filme não foi feito.
Diretor: FRANK PAVICH
O Produtor / Diretor Frank Pavich dirigiu o documentário musical cult-underground N.Y.H.C. quando tinha apenas 22 anos de idade. Depois disso, co-produziu Die Mommie Die (Prêmio Especial do Júri – Sundance 2003) e passou anos na produção para televisão, trabalhando em projetos como Temple Grandin (HBO), The Good Humor Man (Shows) e My Louisiana Sky (vencedor do Emmy de 2002).

Tempo de Espera, Tempo de Vipassana.
Tempo de Espera, Tempo de Vipassana.

Serviço: III Festival Internacional Cinema e Transcedência
Data: 20 a 29 de novembro
Local: Auditório e área externa do Museu Correios, situado no Setor Comercial Sul.
Horários: Ver programação
Entrada franca.