Cisne Negro Cia. de Dança apresenta três coreografias na Caixa Cultural.

20 a 22 de maio.

Divulgação.
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A paulista Cisne Negro Cia. de Dança ganha temporada do espetáculo Sra. Margareth no Teatro da Caixa, de 20 a 22 de maio. A montagem traz em seu roteiro três coreografias: “O Boi no Telhado”, “Sabiá” e “Sra. Margareth”.

A Companhia foi surgiu em 1977 sob a direção de Hulda Bittencourt. Também diretora do Estúdio de Ballet Cisne Negro, Hulda concebeu a Cia. quando convidou para seu corpo de baile atletas da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP). A interação entre atletas e bailarinos de formação trouxe à Companhia dinâmica às coreografias, flexibilidade, sofisticação e acrobacia aos movimentos e ainda mais concentração ao grupo quando em cena. Como disse a crítica alemã, Brigitte Hess “os portes sofisticados [dos bailarinos] são de tirar o fôlego […] um deleite para qualquer fã de dança moderna”.

Sabia Foto Silvia Machado
Os trabalhos da companhia se inserem dentro do panorama contemporâneo da dança ocidental, onde, desde o início, trabalha com coreógrafos inovadores e jovens. A Cisne Negro nunca contou com um coreógrafo-residente, o que para a crítica de dança Ana Francisca Ponzio, “em vez de prejuízo, essa condição beneficiou o grupo, que passou a se destacar pela versatilidade de seus bailarinos, capazes de lidar com as diversas propostas de autores convidados”.

Ao longo de sua trajetória de 39 anos, a Cisne Negro já foi assistida por mais de 2,5 milhões de pessoas, excursionou por 17 países somando mais de 400 cidades. Turnês que promoveram cerca de 4000 apresentações. Sobre a trajetória da Cia., Helena Katz, do Estado de São Paulo, disse certa vez, “… Companhia desenvolveu um caminho particular em que prioriza a ordem, a simetria, o equilíbrio e o conceito clássico de belo”.

“O Boi no Telhado”, com trilha de Darius Milhaud, apresenta coreografia que remete à Semana de 22, um dos principais eventos da história da arte nacional que marcou a emergência do Modernismo Brasileiro. Milhaud, músico francês que viveu no Rio de Janeiro, influenciou enormemente o movimento, pois entre os artistas ligados a sua obra estão Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno e Oswaldo Guerra.

“Sabiá”, com música de Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda, tem influência na obra do renomado coreógrafo português Vasco Wellenkamp e mostra, num balé de grande lirismo, o gingado da música brasileira.

“Sra. Margareth”, do israelense Barak Marshall, um dos mais importantes coreógrafos da atualidade, conta com trilha de músicas diversificadas e de grande beleza sonora. O trabalho mostra, de maneira cómica, o abuso de poder nas relações humanas.

Sra. Margareth - Foto Tomas Kolisch Jr
Serviço: Espetáculo: Sra. Margareth
Local: Teatro da Caixa Cultural (SBS Quadra 4 – Edifício anexo à Matriz da Caixa)
Data: 20 a 22 de maio
Sexta e sábado, às 20 horas, e domingo, às 19 horas
Classificação indicativa: 12 anos.
Ingressos: R$ 20,00 e 10,00 (meia entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos, funcionários Caixa, clientes Caixa e doadores de 1 (um) kg de alimento não perecível).
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes).
Informações: 3206-6456.