Guitarra e música eletrônica se encontram na oficina gratuita Code Muzik 4.

10 ou 11 de setembro.

Cepa. Foto: Alexandre Rangel.
Cepa. Foto: Alexandre Rangel.

O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software acontece até novembro no Anexo do Museu Nacional da República. As atividades gratuitas apresentam uma introdução à programação de software criativo, com foco em música eletrônica experimental. Alexandre Rangel é o idealizador e condutor do projeto, que convida cada artista para apresentar uma abordagem em relação ao software Sonic Pi.

A quarta oficina do projeto acontece dias 10 e 11 de setembro. O artista convidado é o guitarrista Cepa, que irá conduzir os participantes por um universo de distorções, texturas e ritmos de guitarras, utilizando o software Sonic Pi para fazer as vezes de pedais de efeitos e acompanhamentos eletrônicos.

As oficinas são divididas em conteúdos teóricos, prática e performances coletivas. Os participantes podem usar seus laptops, mas estarão disponíveis computadores para uso coletivo. Não é necessária a participação nos outros módulos nem conhecimentos prévios de música ou programação de software.

O projeto é uma pesquisa musical de doutorado que trata do ensino e da prática da música com programação de software. As ações consistem em seis oficinas e seis performances de criação musical por meio de programação do software. Cada oficina contará com um artista convidado, a fim de propiciar um diálogo e interação entre música com instrumentos tradicionais e a música com programação de software.

Os músicos convidados e os participantes das oficinas traduzirão suas técnicas e ideias para o sistema de programação de software livre Sonic Pi. O Sonic Pi, baseado na linguagem Ruby, é um ambiente de programação criado pelo Prof. Sam Aaron, da Universidade de Cambridge, para educação musical e introdução à informática para crianças, ou seja, é tudo muito simples. Além do Sonic Pi, a oficina apresenta outros softwares livres de produção criação musical com algoritmos.

Como uma linguagem de programação pode interagir e contribuir com músicos reais, desencadeando processos criativos inusitados? Com o sistema, os participantes podem, por exemplo, instruir o sistema a tocar uma sequência de notas baseada nas notícias do jornal, mapear as vogais das manchetes nas teclas pretas do piano e as consoantes nas teclas brancas. É possível basear acordes nos ponteiros do relógio, assim como experimentar ritmos de bateria que só poderiam ser tocados por uma pessoa com três braços. A imaginação é o limite para introduzir a poética e o caos do ser humano nos códigos da computação.

A condução das oficinas é de Alexandre Rangel, artista multimídia brasiliense, Mestre em Arte Educação e doutorando em Artes (UnB). Rangel tem produzido performances com a técnica de criação de software audiovisual, como o “Sábio ao Contrário”, VJ Xorume e Weekly Beats, desafio de produção de uma música com código de programação a cada semana de 2016. Já apresentou suas criações no Brasil, Argentina, Espanha, EUA, França, Dinamarca, Holanda e Taiwan.

O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software tem apoio do FAC (Secretaria de Cultura do DF).

Veja como foi a Oficina CODE MUZIK 3: Poesia e Código:

Alexandre Rangel. Foto: Arthur Cordeiro. Divulgação.
Alexandre Rangel. Foto: Arthur Cordeiro. Divulgação.

Serviço: Code Muzik – Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software
Code Muzik 4: Guitarra + Sonic Pi, com Alexandre Rangel e Cepa
Local: Museu Nacional de Brasília – Auditório 2
Datas: 10 ou 11 de setembro (sábado ou domingo) A mesma oficina ocorre em dois dias, para turmas diferentes. Os participantes devem escolher a data preferida.
Horário: 15 às 20 horas
Inscrições gratuitas
Entrada franca
Faixa etária: Maiores de 14 anos.