Festival Curta Brasília aterrisou em Cannes.

29 de maio.

Fotos: Paula Pratini.

Na noite do dia 29 de junho, um dia após o encerramento do Festival de Cannes, o brasiliense Curta Brasília, em parceria com a Embaixada da França, levou à Cinemateca Francesa oito produções brasileiras, em duas sessões especiais seguidas de debate.

Ambas as sessões tiveram curadoria de Bernard Payen, diretor de programação da Cinemateca de Paris e membro do Prêmio Cine França Brasil, em 2016. Prêmio do Festival Curta Brasília que amplia o intercâmbio da produção cinematográfica entre o Brasil e a França e que já levou quatro realizadores brasileiros para a França.

Bernard Payen, Ana Arruda e Felipe Poroger Tatiana.

Para uma sala lotada, as exibições cumpriram umas das missões do Curta Brasília, a de ampliar diálogos, reflexões e mercados para o curta-metragem. Missão esta que se se mostrou bem-sucedida com a realização do debate “que trouxe questões sobre identidades, o ser estrangeiro, situação de imigrantes, gentrificação, política no cotidiano e na sensibilidade que a arte convida para olharmos para tantas realidades”, comemora Ana Arruda, diretora do Curta Brasília, que viajou à Paris especialmente para as exibições e debate.

Nessa noite de intercâmbio do Curta Brasília com a França, teve início com a sessão ‘Curta Brasília: Curtas-Metragens Brasileiros Contemporâneos’, com a exibição de ‘Abissal’, de Arthur Leite; ‘Balada Para os Mortos’, de Lucas Sá; ‘Aqueles Dias em Dezembro’, de Felipe Poroger, vencedor do Prêmio Cine França Brasil em 2015 e que esteve presente para a exibição, ‘Lembranças de Mayo’, de Flávio C. von Sperling (cujo diretor de fotografia, Gabriel Martins, também participou do evento) e ‘Lightrapping’, de Márcio Miranda Perez.

Em seguida, foram exibidos ‘O Estacionamento’ vencedor do Cine França Brasil em 2016, e ‘Curitiba: A Maior e Melhor Cidade do Mundo’, ambos realizados por William Biagioli, ‘A Canção do Asfalto’, e o curta de Pedro Giongo, coproduzido por Biagioli.

Amir Labaki, diretor do Festival É Tudo Verdade, prestigiou as exibições e escreveu em seu perfil no Facebook: “Belíssima noite dedicada pela Cinemateca Francesa em Paris ao Curta Brasília em sessão dupla com oito filmes. O novíssimo cinema brasileiro conquista nobre espaço”.

Para Ana Arruda, “foi um presente ver curtas brasileiros em um dos templos do cinema musical, com toda sua história da Nouvelle Vague e de artistas que admiramos que já passaram por lá”, e reverencia “o belo ofício da Cinemateca em apoiar novos talentos, promover reflexões e olhares transnacionais por meio do cinema Filmes brasileiros na tela. Viva o Curta!”.