O Festival Curta Brasília anuncia os vencedores de 2016.

Cine Brasília.

Troféus Curta Brasília. Foto: Nina Coimbra. Divulgação.

Festival vem de Festa, e o clima de alegria foi o norte do Curta Brasília 2016, que ao longo de seus quatro dias de ocupação de todos os espaços do Cine Brasília, além das mostras realizadas em outras localidades do DF e as duas festas oficiais reuniu um público superior a 10 mil pessoas, entre elas artistas, fomentadores, cineastas e fãs da sétima arte. “Alegria é subversão no momento em que estamos no Brasil e no mundo, e celebrar por meio da arte é a forma de recobrar força”, comemorou Ana Arruda, idealizadora do Festival em discurso emocionado no encerramento desta 5ª Edição do Curta Brasília.

Pensar e produzir um festival é uma arte coletiva como a realização de um filme, uma vez que, segundo Ana, “um sempre tem algo para dar para ao outro”, e complementou dizendo que “para este momento no qual o mundo está passando, a gente precisa de cura, de cuidado, de acolhimento, de ouvir o outro, de saber colocar afeto nas coisas”.

E é pensando neste ambiente de celebração aos encontros e as trocas, que o time criativo da Sétima Produções, Ana Arruda, Alexandre Costa e Thay Limeira, responsáveis pela realização e coordenação geral do Festival, investe um ano inteiro em viagens, pesquisas e longas reuniões para compor uma programação que contemple mais do que exibições, mas também debates descontraídos em um ambiente que promova a troca que, nesta edição, contou com profissionais da Holanda, França, Espanha e Alemanha – além de 30 realizadores brasileiros.

Fotos: Thiago Sabino.

Dentre os tantos objetivos que se busca alcançar com a realização do Curta Brasília, Ana destacou ainda ser importante “trazer uma representação de Brasília de forma que não seja político-pejorativo, mas político-poético”, e o Cine Brasília, segundo ela, “é o templo, é a escola, e é com cuidado e reverência que a gente pisa aqui e traz vocês todos para cá”, disse ela ao público que lotou a Sala para noite de entrega das premiações e troféus.

O tema deste ano foi o quinto elemento, o éter, que tem a ver com a realidade virtual, um dos destaques desta edição, com o invisível, com o intocável e, por fim, com a essência feminina, e “representada na nossa homenagem a Anna Muylaert, uma homenagem a todas as mulheres desse mundo”, palavras de Ana, que foram fortemente aplaudidas e vibrantemente ovacionadas. A síntese do conceito desta 5ª Edição do Curta Brasília veio representada no Troféu, em formato de caleidoscópio, obra dos artistas Nina Coimbra e Thiago Lucas, que comunga com a identidade visual do Festival pensada pelos designers Felipe Cavalcante e Gabriel Menezes, desde sua primeira edição.

O Curta Brasília é uma realização da Sétima Produções. Tem apresentação da VIVO, por meio da LIC – Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Cultura do Governo de Brasília. Conta com os patrocínios da Secretaria de Cultura e Governo de Brasília, Petrobras e Governo Federal. É co-patrocinado pelo IESB e a Embaixada do Reino dos Países Baixos. Somam-se ainda os apoios culturais do Shopping Conjunto Nacional, Embaixada da França, Institut Français e Cinemateca da Embaixada da França. Tem correalização do Sesc DF, e os apoios da Embaixada da Espanha, Sociedad Cultural Brasil-España, Notodofilmfest, AG Kurzfilm, German Films, Embaixada da Alemanha, Grupa, Ipê e Espaço Cult.

Confira os vencedores:

JÚRI OFICIAL – curtas-metragens (Troféu Curta Brasília para todos)

– Melhor filme: Pele de Pássaro – dir. Clara Peltier (Troféu Curta Brasília + R$ 6 mil)
– Direção: Stanley – dir. Paulo Roberto
– Fotografia: Lightrapping – dir. Márcio Miranda Perez
– Atuação: Maria Alice Vergueiro, Andrade Junior e João Antonio, por Rosinha, dir. Gui Campos
– Montagem: Regeneração – dir. Humberto Carrão
– Prêmio Especial do Júri: Balada para os Mortos – dir. Lucas Sá
– Menção Honrosa Pesquisa Musical: KBELA, dir. Yasmin Thayná
– Som: Bartleby – dir. Rafael Lobo

JÚRI OFICIAL – videoclipes

– Melhor videoclipe: Lá em casa, de Tonico Reis, dir. Irmãos Guerra (Troféu Curta Brasília + R$ 2.500)

JÚRI POPULAR – curtas-metragens

– Melhor Filme: KBELA, dir. Yasmin Thayná (Troféu Curta Brasília + R$ 6 mil)
– Melhor Filme Calanguinho: Último Natal – dir. Fáuston da Silva (Troféu Curta Brasília)

JÚRI POPULAR – videoclipes

– Melhor videoclipe: Mamãe, Mamãe, de Dillo, dir. André Gonzalez e André Miranda (Troféu Curta Brasília + R$ 2.500)

MOSTRA IESB
Júri Oficial
– Curtíssimo: Cotidiano Invisível (Direção: Renan Lopes; Samuel Gonzalez; Victor Hugo Nunes)
– Curta: O mel dos teus lábios (Direção: Rodrigo A. Peres)
– Videoclipe: Poesia (Direção: Matheus Camilo)

Júri Popular
– Curtíssimo: Clichê – O Filme (Direção: Gabriel Smithy)
– Curta: O mel dos teus lábios (Direção: Rodrigo A. Peres)
– Videoclipe: Alisar pra quê? (Direção: Leonardo Monteiro)

ABCV – Athos Bulcão
Melhor filme: Em defesa da Família – dir. Daniella Cronemberger

CINEMEMÓRIA
– Melhor documentário: A culpa é da foto – dir. Joédson Alvez, Eraldo Peres e Andre Dusek

CINE FRANÇA BRASIL
– Melhor filme: O estacionamento – dir. William Biagioli

UCDF
– Melhor filme: Troféu UCDF para “Rosinha” e menção honrosa para “Demônia – melodrama em 3 atos”.

PRÊMIO CULT
– Melhor filme: Rosinha – dir. Gui Campos