Caixa Cultural Brasília recebe o festival transnacional Dança em Trânsito.

14 de agosto.

Dança em Trânsito
Dobras Foto: Divulgação

Um projeto realizado há 16 anos, finalmente chega a Brasília. É Dança em Trânsito, iniciativa voltada para refrescar, alimentar, injetar inventividade no universo da dança. A proposta é circular por cidades brasileiras e estrangeiras, apresentando espetáculos criados em diferentes países, com linguagens diversas e propondo encontros com criadores. Em 2018, Dança em Trânsito vai visitar dez cidades brasileiras, levando dez companhias internacionais. Brasília acolherá três atrações deste programa, que poderão ser vistas ao longo do dia 14 de agosto, a partir das 18h, na CAIXA Cultural.

Dança em Trânsito
Companhia Christian & François Bem Aim – Trio Foto: Estelle Brugerolles

Espetáculos concebidos na França e em Burkina-Faso, na África, se revezarão no palco e no Foyer da CAIXA Cultural Brasília. Às 18h, o bailarino e coreógrafo Romual Kabore, de Burkina-Faso, apresentará seu celebrado solo Romual, sans D”, que recebeu tanta aprovação da mídia internacional que passou a denominar a própria companhia do artista. Depois, às 19h, no palco do Teatro da CAIXA, será a vez do Grupo Tápias, dirigido pela brasileira Flávia Tápias (que vive entre Brasil e França) apresentar seu mais recente trabalho, “Dobras”, inspirado em textos do poeta português Luís Serguilha. E por fim, às 20h30, a participação da companhia francesa Christian & François Ben Aïm, de Paris, que apresenta as três peças do projeto “Valse en trois temps”: Solo, Duo e Trio.

Dança em Trânsito
Companhia Christian & François Bem Aim – Solo Foto: Stelle Brugerolles

Além de Brasília, o projeto DANÇA EM TRÂNSITO circulará por Paris, Florianópolis, Alto Bela Vista, Capivari de Baixo e Tubarão (em Santa Catarina), Entre Rios do Sul (RS), Rio de Janeiro e Curitiba. O projeto conta com copatrocínio da CAIXA.

Espetáculos

18h – Foyer
Romual Kabore, Ouagadougou, Burquina Faso, África
ROMUAL SANS D (20 min.)

Segundo o próprio intérprete, o solo foi criado a partir de verbos que pudessem, de alguma maneira, contar um pouco de sua história pessoal e também alimentar sua imaginação de artistas. Os verbos foram sendo traduzidos em movimentos. São representações de puxões, separações, movimentos contrários, através das quais o intérprete afirma ter descoberto a capacidade de assumir o controle de seu destino, sonhar sua dança e ser o ator.

“Quando nasci, a pessoa que escreveu meu nome na certidão de nascimento esqueceu de colocar o D. Eu sempre corri atrás desse D”.

O espetáculo é inspirado nos ideogramas visuais de Jean-Pierre Hamon, encenado com música original de Tim Wensey e o som da língua materna de Romual Kabore, o Mooré que, de acordo com o artista, promovem uma aproximação maior com seu próprio imaginário e seu itinerário.

19h
Grupo Tápias – Paris, França
Dobras (50 min.)

Inspirada no texto de Luís Serguilha (Portugal), Flávia Tápias busca para sua nova pesquisa coreográfica, falar através da dança contemporânea sobre os desdobramentos de corpos com diferentes singularidades.

“… ver e deixar-se ver convergindo a um só-tempo em todas as superfícies do corpo onde o olhar se espiritualiza, potencializa se experimenta, se intensifica e cria potências afetivas”.

Assim, a partir desta abordagem de Luís Serguilha, a coreógrafa continua sua pesquisa coreográfica sobre a temática do “encontro e sua potência” na qual vem trabalhando há alguns anos, dentro de suas criações.

Em paralelo ao texto, a antiga prática de origami também serviu de inspiração para a coreógrafa. Esta arte de dobradura está muito presente na dramaturgia do espetáculo, juntando poesia na expressão do corpo.

20h30
CFB Christian and François Ben Aim – Paris, França
Valse En Trois Temps (60 min.)

Duo
Dando continuidade ao projeto iniciado na temporada de 2008-2009 no Théâtre de La Madeleine, em Troyes, os coreógrafos exploram, neste trabalho, o vocabulário da forma de dueto. Dueto compreendido também como dualidade, irmandade, cumplicidade no trabalho, a dança e o teatro como disciplinas complementares. Uma experiência alegre e poética.

Solo
Baseado em tema da música clássica, propõe o diálogo entre o movimento contemporâneo e a chamada música “erudita” e questiona as noções de abstração e fluidez do corpo no espaço. O trabalho apresenta um momento de dança aérea, como simbologia da alma viajando livre com seu corpo pelo espaço.

Trio
Um trio de bailarinos enlouquece na cena com a música original do trio britânico The Tiger Lillies. Na peça, os coreógrafos convidam o espectador a provar a combinação agridoce entre musicalidade do movimento e o espírito burlesco. Uma proposta de dança estranha e atraente.

Data: 14 de agosto às 18n 19h e 20h30
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00
Local: CAIXA Cultural Brasília – Teatro da CAIXA (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)
Lotação: 406 lugares (8 para cadeirantes)
Bilheteria: de terça-feira a sexta-feira e domingo, das 13h às 21h e aos sábados, das 9h às 21h
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (61) 3206-9448 e (61) 3206-9449
Copatrocínio: CAIXA