Projeto de sinalização urbana de Brasília no MoMA.

sinalização de orientação de brasilia
Renato Acha

O Plano Diretor de Sinalização do Distrito Federal foi aceito pelo Comitê de Arquitetura e Design do MoMA (Museum of Modern Art), localizado em Nova York, e passa a integrar o acervo da instituição. Um grande mérito para a cidade tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e para o arquiteto Danilo Barbosa, que desenvolveu uma linguagem simples e minimalista, que dialoga com a arquitetura e o urbanismo de Brasília.

Mas o reconhecimento internacional se depara com as possíveis mudanças decorrentes das adaptações da sinalização por conta da realização da Copa do Mundo, que prevê a inserção de mais dois idiomas, além do português. O autor do premiado projeto aceita atualizar a sinalização turística para pedestres em três linguas, entretanto, não concorda com uma sinalização de trânsito em três línguas.

danilo barbosa

A Diretoria de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (DIPRE), parte do corpo técnico do GDF, e o IPHAN também não concordam com a inserção de mais de duas línguas (a adaptação se dará apenas nas placas com indicações turísticas, aquelas com fundo marrom). O motivo é o excesso de informação e o aumento do tamanho das placas, o que configuraria na mudança do padrão já aceito e celebrado mundialmente.

O imbroglio se instalou e a questão já figura nas redes sociais, em um debate em defesa da coerência e do reconhecimento mundial. Os brasilienses já estão cansados de ver a cidade passar por constantes transformações que distorcem o projeto original e vão de encontro a um crescimento desordenado, haja vista o novo Estádio Mané Garrincha, um outro exemplo de distorção diante da escala de outras edificações localizadas ao longo do Eixo Monumental.

1976. Aço Pintado, 108 14 x 19 1116 (275 x 50 cm). Fonte: Secretaria de Transportes, Governo do Distrito Federal.

Veja o link http://www.moma.org/collection/object.php?object_id=160411