De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica.

Fotos: Marconi Valadares. Divulgação.
Fotos: Marconi Valadares. Divulgação.

A instalação coreográfica é composta por vestígios da apresentação do espetáculo, a partir das marcas da presença dos bailarinos e dos rastros que o corpo deixou no espaço. A galeria é coreografada por meio de vídeos projeções e instalações para criar um ambiente que proporcione a imersão sensória do público na reflexão sobre a condição humana nas cidades, como a relação com o espaço, com o outro e com o excesso.

O espetáculo também se apresenta como uma instalação, uma vez que o trabalho coreográfico é realizado com a plateia habitando o espaço onde a dança acontece, ou seja, junto com os dançarinos, sem a divisão hierárquica do palco. Desta forma, a experiência do público é diferenciada com perspectivas de apreciação da coreografia mais sensória e mais tridimensional, onde o corpo do público também participa ativamente na construção da multiplicidade dos sentidos. O grupo investe na relação com o público e com o espaço para abordar o tema e tem na escolha por espaços não-teatrais um dos diferenciais desta proposta coreográfica.

De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica é “uma criação que tem na pesquisa de linguagem o interesse de buscar maneiras que possam mexer com a percepção e conectar o público com as questões mais profundas do trabalho. Essa conexão passa por um engajamento sensório, crítico e político sobre o corpo na relação com as cidades. Talvez por isso possamos dizer que essa criação é uma das mais ousadas e viscerais que a Companhia já produziu, fruto das reflexões de mais de uma década de estudos sobre corpo, cidade, percepção e de experimentação com a linguagem da dança, nortes que marcam a trajetória do grupo no cenário artístico de Brasília”, diz Luciana Lara, diretora da Companhia.

De Carne e Concreto1 Foto Marconi Valadares (1)De Carne e Concreto3 Foto montagem  Marconi Valadares

O resultando desta proposta artística, com formato de instalação e espetáculo-instalação, inéditos em Brasília, se deu a partir de um mergulho aprofundado na condição de viver em centros urbanos e do conviver enquanto coletividade e teve a contribuição de dois artistas convidados, o coreógrafo e pesquisador piauiense Marcelo Evelin e o coreógrafo e artista contextual carioca Gustavo Ciríaco. Cada um realizou uma oficina residência de 48 horas durante o processo criativo de De Carne e Concreto e contribuíram significativamente para o aprofundamento e expansão das pesquisas de linguagem e de dramaturgia. Durante a temporada, a Companhia ainda realizará uma terceira oficina residência com a bailarina e coreógrafa Denise Stutz que contribuirá para o estágio de amadurecimento e manutenção do material criado com um trabalho voltado para o aperfeiçoamento da presença cênica.

Essa criação da companhia é parte da pesquisa “Corpo e Cidade” e se desdobra do processo criativo de seu espetáculo anterior “Cidade em Plano” e da série de intervenções urbanas “Jamais seremos os mesmos”.
De Carne e Concreto5 Foto Marconi Valadares

Serviço: “De Carne e Concreto – Uma Instalação coreográfica”
Visitação até 14 de dezembro
De segunda a domingo, das 8 às 19 horas
Entrada franca
Classificação indicativa: 18 anos.

Espetáculo: Temporada de quinta a domingo, sempre às 21h, até 14 de dezembro
Duração de 120 minutos
A entrada franca, mediante retirada de ingressos, 50 por apresentação, 30 minutos antes do início de cada sessão.
Classificação indicativa: 18 anos.
Local: Galeria Athos Bulcão (Via N2, anexo do Teatro Nacional).
Entrada em frente à Secretaria de Estado de Cultura do GDF.