Uma das fundadoras do Grupo Corpo, Denise Stutz, vem a Brasília para residência artística e espetáculo.

Inscrições até 3 de junho.

3 Solos em 1 Tempo. Divulgação.

Estão abertas até o dia 3 de junho as inscrições para a residência artística “Corpo presente”, a ser conduzida pela bailarina Denise Stutz, uma das fundadoras do Grupo Corpo, com mais de 40 anos de frutífera carreira. A experiência se dará por cinco dias, de 11 a 15 de junho, segunda a sexta, das 10:00 às 13:00, no Centro de Dança do Distrito Federal, e oferece oito vagas gratuitas a dançarinos e atores com alguma experiência de cena. Ao final, uma mostra de processo será aberta ao público. Interessados podem se inscrever por meio de preenchimento de formulário no site www.centrodedancadf.com.br. A seleção é curricular.

Nascida em Belo Horizonte e radicada no Rio de Janeiro, Denise trabalhou com nomes como Lia Rodrigues, Klauss Vianna, Clyde Morgan, Graciela Figueroa e Angel Vianna, tendo sido, inclusive, professora da Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna. Junto com outros 10 bailarinos, fundou, em 1975, o Grupo Corpo, onde permaneceu até 1986. Desde 2003, desenvolve trabalho solo, tendo se apresentado em todo o Brasil e na França, Espanha, Portugal, Austrália, Alemanha e Cabo Verde. Suas peças, a exemplo de “DeCor” (2003), “Absolutamente Só” (2005), “Estudo para Impressões” (2007), “Finita” (2013) e “Entre Ver” (2015), têm grande reconhecimento da crítica especializada.

A residência “Corpo presente” foca na experimentação de um corpo que se move a serviço da imaginação e dos sentidos, impulsionado por imagens, associações e memórias. Jogos corporais estabelecem relações e ampliam a percepção do que nos rodeia: o espaço, o tempo, os outros.

O aquecimento prevê trabalho com a musculatura e as articulações do corpo, bem como com a investigação de possibilidades de movimentação. O objetivo desta fase é ampliar a consciência do corpo e, a partir dela, tentar entender e criar sentido para o movimento. A etapa seguinte é de improvisação coletiva usando o corpo e a palavra, para aprofundar percepções, trabalhar em conjunto e, inclusive, fortalecer a autonomia dentro do coletivo. Por fim, virá o processo de criação, a partir da pesquisa e dos materiais que surgirem durante o convívio, com vistas à composição cênica: a construção de um sentido e de um pensamento claro resultantes das ferramentas trabalhadas, para que cada participante tente descobrir qual a questão que o move para a criação.

No último dia de atividades, 15 de junho, às 19:00, o grupo apresentará ao público uma mostra de resultados da residência, no próprio Centro de Dança.