“Descobrindo o Cinema Filipino” entra em cartaz no CCBB.

O público brasiliense terá a oportunidade de conhecer o cinema filipino, entre curtas e longas-metragens que vêm se destacando em grandes festivais internacionais como Cannes e Veneza.
Será aberta amanhã, no Centro Cultural do Banco do Brasil, a mostra ‘Descobrindo o Cinema Filipino’, com 30 de realizadores de várias gerações desde Lino Brocka, diretor de mais de 40 filmes como ‘Jaguar’ indicado a Palma de Ouro em Cannes em 1980 e Khavn De La Cruz, diretor experimental que explora os potenciais de qualquer produção e gosta de romper barreiras.

Rafael Mesquita e Leonardo Levis curadores da mostra enfatizam que as escolhas foram feitas buscando qualidade, produções inéditas, o uso de novas tecnologias e a relevância social. “O cinema filipino possui características parecidas com o cinema nacional, ele retratam as diferenças sociais e procuram soluções para transformar estas situações. Além disso, uma retrospectiva como esta exerce um papel de vanguarda: apesar de exibidos regularmente em diversos festivais, ainda são raros os panoramas estritos de sua produção. Os longas-metragens exibidos, em sua grande maioria, são filmados e finalizados com orçamentos baixíssimos, formato digital e ainda assim, são reconhecidos por sua qualidade no mundo inteiro“, conclui Raphael Mesquita.

Pensando nisso, será realizado um debate no dia 28 de julho, com a participação dos curadores Leonardo Levis e Raphael Mesquita, o programador do Indie Festival, Eduardo Cerqueira, o cineasta Ricardo Pretti e o crítico de cinema Filipe Furtado. O intuito do encontro será com refletir sobre os filmes vistos, assim como sobre suas propostas estéticas e práticas.

Os destaques da programação são: ‘Melancolia’ do diretor Lav Diaz, premiado em Veneza em 2008 com o ‘Orizzonti’. O filme, com 8 horas de duração, conta a história de uma prostituta, um cafetão e uma freira que assumem diferentes identidades para fugir das dores e sofrimentos da vida. Kinatay de Brillante Mendonza, ganhador da ‘Melhor Direção’ em 2009, que descreve os questionamentos de valores e princípios de um rapaz que presencia um sequestro e a tortura da refém.