É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários chega a Brasília com sessões gratuitas.

De 4 a 7 de maio.

“No intenso agora” de João Moreira Salles, tem pré-estreia em Brasília. Foto: Pragafilm. Divulgação

O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários apresenta, entre 4 e 7 de maio, sua tradicional itinerância na capital federal. São dez sessões, com entrada gratuita, no Espaço Itaú de Cinema/Shopping CasaPark.

Entre os títulos programados encontram-se os vencedores das três competições de longas e médias-metragens (brasileira, internacional e latino-americana).

“Abacus, pequeno o bastante para condenar” de Steve James.

A mostra será aberta pela pré-estreia em Brasília de “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles, um ensaio de arquivo que marca seu retorno ao cinema dez anos depois do lançamento de “Santiago”. A sessão é aberta ao público.

“Brasília é parte essencial do circuito do festival há mais de uma década”, afirma o fundador e diretor do festival, Amir Labaki. “Nada mais natural, pois é cinefílica, cinematográfica e de forte tradição documentarista. É nossa terceira casa”.

“Eu, um negro” de Jean Rouch.

Programação:

04/05 (quinta):

20h – No Intenso Agora, de João Moreira Salles

05/05 (sexta):

15h30 – Eu, Um Negro, de Jean Rouch

17h30 – Abacus: Pequeno o Bastante para Condenar, de Steve James

19h30 – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado

06/05 (sábado):

15h30 – Perón, Mi Padre y Yo, de Eloy Martínez

17h30 – Sal para a Svanécia, de Mikhail Kalatôzov

19h30 – Vencedor da Competição Latino–Americana

07/05 (domingo):

15h30 – Vencedor da Competição Internacional

17h30 – Permanecer Vivo: Um Método, de Erik Lieshout

19h30 – Vencedor da Competição Brasileira

Sinopses:

Abacus: Pequeno o Bastante para Condenar (Dir.: Steve James, EUA, 2016, 88 min.)

Competição Internacional: Longas ou Médias–Metragens

Diretor do premiado “Basquete Blues” (1994), Steve James mergulha no singular processo da família Sung de imigrantes chineses, donos do banco Abacus Federal Savings, acusados de fraude hipotecária em 2012 pelo procurador–geral de Nova York, Cyrus Vance Jr., na esteira da grave crise financeira de 2008.

Eu, Um Negro (Dir.: Jean Rouch, França, 1958, 80 min.)

Programas Especiais

Atendendo a uma proposta do cineasta Jean Rouch, jovens imigrantes que vivem de biscates no bairro de Treichville, em Abidjan, Costa do Marfim, representam diante das câmeras personagens de uma vida ideal. Contrapondo a pobreza de suas condições reais de sobrevivência, assumem nomes tirados do cinema, como Edward

G. Robinson, Dorothy Lamour e Tarzan. Homenagem ao centenário de nascimento de Jean Rouch (1917–2004).

No Intenso Agora (Dir.: João Moreira Salles, Brasil, 2017, 127 min.)

Programas Especiais

Imagens recolhidas por sua mãe numa viagem à China em 1966 dão ao cineasta João Moreira Salles o fio inicial para este documentário. Colocando em paralelo estas imagens e outras de diversas origens e arquivos, ele capta não só aspectos de sua vida familiar como os movimentos que atravessaram alguns dos momentos políticos mais transformadores do século XX.

Permanecer Vivo – Um Método (Dir.: Erik Lieshout, Países Baixos/ Bélgica, 2016, 70 min.)

O Estado das Coisas

Em 1991, inspirado pelas histórias de vida de algumas pessoas com distúrbios psiquiátricos, o escritor francês Michel Houellebecq escreveu seu provocativo ensaio “Rester Vivant” (Permanecer vivo). Vinte e cinco anos depois, o roqueiro norte– americano Iggy Pop extrai do ensaio trechos que correspondem a alguns de seus próprios desafios pessoais.

Perón, Meu Pai e Eu (Dir.: Blas Eloy Martínez, Argentina, 2017, 80 min.)

Competição Internacional: Longas ou Médias–Metragens e Competição Latino-americana

Autor de livros como “Santa Evita” (1996), o escritor e jornalista argentino Tomás Eloy Martinez realizou, há 45 anos, uma mítica entrevista com o ex–presidente Juan Domingo Perón. Depois da morte do autor, em 2010, seu filho Blas Martinez recupera as gravações. Inicia, então, um mergulho não só na história de seu país como em sua própria vivência pessoal.

Quem é Primavera das Neves (Dir.: Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, Brasil, 2017, 75 min.)

Competição Brasileira: Longas ou Médias–Metragens

Em março de 2010, o cineasta Jorge Furtado escreve uma postagem em seu blog, indagando quem pode ter notícias sobre a tradutora Primavera das Neves, cujo nome o fascina. A busca o leva ao encontro deste documentário, em que é guiado por amigas de infância da tradutora, Eulalie Ligneul, e a artista plástica Anna Bella Geiger.

Sal para a Svanécia (Dir.: Mikhail Kalatôzov, Geórgia, 1930, 62 min.)

Retrospectiva Internacional – 100: De Volta à URSS

Neste retrato etnográfico nada convencional da vida de uma isolada comunidade camponesa no Cáucaso, o cineasta georgiano Mikhail Kalatôzov incorporou materiais filmados originalmente para uma ficção que realizou no local, mas que não foi acabada. O resultado é um filme híbrido, com roteiro do escritor Serguei Tretiakóv, frequente colaborador da revista LEF.

O escritor francês Michel Houellebecq e o roqueiro americano Iggy Pop, em “Permancer vivo: um método”, de Erik Lieshout.

Serviço: É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários
Data: De 4 a 7 de maio
Local: Espaço Itaú de Cinema (Shopping Casa Park SGCV, s/n – 3A – Guará)
Sala 7 (97 lugares)
Ingressos são retirados na bilheteria uma hora antes da sessão
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