Itaú Cultural lança coleção de livros “Economia da Cultura e Indústrias Criativas” no Sesi Lab com debate entre convidados do Brasil e exterior

Eduardo Saron. Foto: André Seiti.

A pluralidade no debate sobre a economia da cultura e o desenvolvimento político na área cultural a partir de visões e de experiências de diferentes lugares do mundo são as diretrizes de Economia da cultura e indústrias criativas, coleção organizada pelo Observatório Itaú Cultural e pela Editora WMF Martins Fontes, que será lançada no dia 30, às 17:30, no Sesi Lab, em Brasília. Em formato híbrido, o evento pode ser acompanhado presencialmente ou pela transmissão que acontecerá ao vivo pelo canal do YouTube do Itaú Cultural www.youtube.com/itaucultural.

O lançamento do primeiro volume, com três tomos, conta com a presença de Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú, de George Yúdice, professor e pesquisador da Universidade de Miami, de George Gachara, queniano especialista em indústrias criativas, e de Françoise Benhamou, economista e professora na Universidade Paris-XIII, autores de artigos do volume. A mediação é Leandro Valiati, organizador/editor da publicação

George Gachara.

A coleção reúne massa crítica teórica e aplicada sobre o tema da economia cultural e criativa com ênfase em três eixos: dimensões teóricas fundadoras, políticas públicas estruturantes e grandes temas contemporâneos. Produtores culturais, investidores em arte e cultura, gestores e políticos, estudantes de economia, artes e ciências políticas são públicos-alvo desta coleção.

O primeiro volume da coleção reúne artigos de autores nacionais e internacionais sobre economia e cultura, mercado de arte, gestão cultural e desenvolvimento econômico. A organização e edição é assinada por Valiati, professor e pesquisador na área de Economia da Cultura e Indústrias Culturais no Brasil e no Reino Unido. Ele desempenhou papel importante na construção e na execução da política para a economia da cultura e indústrias criativas de todas as gestões do Ministério da Cultura entre 2010 e 2018.

O segundo volume tem lançamento previsto para o mês de abril. Este será organizado e editado por Cláudia Leitão, sob o título Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira.

Françoise Benhamou.

Tomos do primeiro volume – Intitulado Economia da cultura e indústrias criativas Tomo 1 – Fundamentos e evidências, a abertura do manual Economia da cultura e indústrias criativas discute a importância do diálogo dinâmico entre cultura e economia. A proposta é que assim, de forma substantiva, a cultura molde valores econômicos e, de forma produtiva, os mercados possam ser orientados para oferecer diversidade e acesso à arte e à cultura.

Valor cultural e econômico, economia política da cultura, gestão cultural, bem-estar humano e desenvolvimento social são termos-chave que perpassam o conjunto da obra, com ensaios de autores nacionais como Leandro Valiati e internacionais Françoise Benhamou, economista e professora na Universidade Paris-XIII. Este tomo traz ainda uma linha do tempo apresentando o contexto histórico no qual a economia da cultura encontra influências e temas atemporais para reflexão, passando pelos principais marcos históricos da economia política clássica, pelos principais movimentos culturais e por discussões sobre globalização e desigualdades.

Já Economia da cultura e indústrias criativas Tomo 2 – Políticas públicas, evidências e modelos destaca os grandes referenciais teóricos das políticas culturais de vários lugares do mundo – da América Latina e dos Estados Unidos à China, da África à Europa e Reino Unido. Para tanto, traz as reflexões de pensadores como George Yúdice, professor e pesquisador da Universidade de Miami.

Este tomo apresenta também uma entrevista com cinco ex-secretários de Economia Criativa, de Políticas Culturais ou de Economia da Cultura brasileiros: Cláudia Leitão, Guilherme Varella, Cláudio Lins de Vasconcelos, Mansur Bassit e Aldo Valentim.

Por fim, Economia da cultura e indústrias criativas Tomo 3 – Temas emergentes e tendências se dedica, sobretudo, a estabelecer relações a respeito de como ideias inovadoras dimensionam a amplitude do impacto econômico das Indústrias Criativas. Reflete, ainda, sobre como a inovação tácita, silenciosa, se explicita em novos modelos.

Para uma exemplificação prática desse fenômeno, o livro traz uma entrevista de Sir Peter Bazalgette. Ele é ministro do Arts Council do Reino Unido e ex-diretor da Endemol e iTV, que está no centro de grandes transformações dos meios de planejar, produzir e consumir bens e serviços das indústrias criativas no mundo.

Leandro Valiati. Foto: Mateus Bruxel.

Lançamento do primeiro volume da coleção Economia da cultura e indústrias criativas
Publicação: Itaú Cultural e Editora WMF Martins Fontes. Organização e edição: Leandro Valiati
30 de março (quinta) às 17:30
Sesi Lab, Brasília (Setor Cultural Sul, Bloco A, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto)
Estacionamento público disponível, com entrada pela via S1 ou S2.

  • Transmissão ao vivo: YouTube do Itaú Cultural www.youtube.com/itaucultural