Virgílio Neto fala sobre o projeto “Encontros na Laje”.

Renato Acha

Fotos: Virgílio Neto

Com o objetivo fazer um registro e mapeamento da arte produzida em Brasília, surge o projeto Encontros na Laje. Uma casa na W3 sul se torna ambiente de intercâmbio entre artistas, que saem de seus ateliês e estúdios para conhecer a produção de seus colegas.

A reunião de um grupo de amigos reforçou o conceito que busca difundir o conhecimento, fomentar o debate e promover a livre troca de ideias. Um incentivo espontâneo que visa incitar a produção artística e midiática no campo da arte contemporânea. 

Encontros na Laje se abre tanto à artistas quanto à não artistas. O intercâmbio é o fio condutor do evento que acontece nesta quinta (26 de janeiro) às 19:30 na 708 sul – Bloco A – Casa 47.

O tema desta primeira edição é Fragmentos e o tem o line up:

O Grupo Mesa de Luz e Pedro Ivo Verçosa ministram palestra onde relatam suas experiências e visões.

Leno Veras tece comentários sobre uma lista de vídeos selecionados no Youtube.

Coletivo Autonomia Duvidosa comanda a trilha sonora em meio à profusão de ideias.

Virgílio Neto artista assina o poster serigrafado, presente aos participantes.

Virgílio Neto conversou com o Acha Brasília:

Acha – Como surgiu a proposta do Encontros na Laje e o espaço na 708 sul?

Virgílio Neto – “O espaço LAJE, que fica na 708 sul, surgiu em maio do ano passado com a união de oito amigos (Virgílio Neto e Pedro Ivo Verçosa, artistas plásticos; Lucas Gehre, Gabriel Mesquita e Gabriel Góes, da Revista SambaFelipe Melo, designer gráfico; Rafael Lobo, cineasta e Ricardo Ponte, produtor musical). A ideia foi alugar um espaço para trabalhar e desenvolver projetos, coletivos ou individuais. Optamos por uma casa na w3 e por lá estamos. As vezes trabalhamos sozinhos, as vezes em grupo, recebemos visitas, trocamos conhecimentos, nos divertimos… sempre tem alguém fazendo um trabalho novo e trazendo novas coisas pra casa.

Os Encontros na Laje surgiram basicamente de duas necessidades: a de aproveitar o espaço do ateliê pra promover encontros e projetos culturais e por sentir que em Brasília faltava um evento em que os artistas pudessem falar, ouvir e discutir seus trabalhos, projetos e processos. Temos muitos amigos que trabalham com arte, mídia, fotografia, teatro, cinema… mas em que muita vezes mal sabem o que cada um está desenvolvendo. A ideia é que o encontro seja um lugar de troca, pra por quem se interessa em arte em contato e que dai possam nascer novos projetos e aumentar a circulação da arte na cidade”.

Acha – Como vocês se reuniram e quais os planos para os futuros encontros? 

Virgílio Neto – “O encontro é produzido por mim (Virgílio Neto) e Liana Lessa,  com apoio dos colegas do ateliê e de outros amigos também. Nos conhecemos ano passado e quando ela veio visitar o ateliê se interessou muito pelo espaço. Ela sugeriu em usarmos o ateliê para os encontros e como já tínhamos esse interesse, sentamos pra discutir o formato do encontro e fechar menores detalhes.

Para os próximos encontros sempre vamos chamar novas pessoas da cidade e provavelmente vamos manter o mesmo formato, modificando alguma coisa caso seja necessário. Esse será o primeiro encontro, servirá como base pra gente ver como vai funcionar e organizar os próximos. Também vamos registrar esses encontros para que sirva de documentação de uma parte da cena artística de Brasília nesse ano”.

Serviço: Encontros na Laje

Data: 26 de janeiro de 2011 (quinta) às 19:30

Local: Espaço Laje (708 sul – Bloco A – Casa 47)

Entrada Franca

Info: http://encontrosnalaje.wordpress.com/