Thiago Pethit concede entrevista antes de se apresentar em Brasília.

Divulgação.

Renato Acha

Thiago Pethit vem à Brasília neste fim de semana para se apresentar na Fnac (ParkShopping) e Gate´s Pub (403 sul) na sexta (10 de dezembro). No  sábado (11 de dezembro) ele revela seu lado DJ como convidado da Festa #2! que acontece no Espaço Galleria (Conic).

O álbum “Berlim, Texas” lhe rendeu o Prêmio Aposta MTV em 2010 e traz composições em português, francês e inglês que retratam um artista com uma sensível visão de mundo expressa em suas composições repletas de imagens. Com formação em literatura e teatro, ele já criava poemas sonoros antes de se dedicar à música.

A fusão de folk com vaudeville, jazz e elementos de brasilidade resultam em um som híbrido com notas ciganas em uma aura que remete a Leonard Cohen. Thiago Pethit já morou em Buenos Aires e atualmente vive em São Paulo. Ele circula pelo país onde aumenta seu séquito de fãs que vai de fashionistas a jornalistas que degustam a doce e hipnotizante atmosfera que envolve suas apresentações.

Divulgação.

“Berlim, Texas é um lugar determinado pela longitude de um tempo distante e a latitude de um mapa inventado. Um cenário imaginário em que se alternam as noites frias dos cabarés esfumaçados da Alemanha pré-nazista e os dias ensolarados – e regados a uísque cowboy – dos saloons texanos. Mas não é disso que se trata: esses dias e noites servem apenas de pretexto para dar forma à imaginação de um jovem paulistano do século 21.

Quando comecei as gravações de ‘Berlim, Texas’, o que eu tinha eram canções que falavam de temas bastante pessoais e a certeza de que queria buscar certa sensação de proximidade entre os ouvintes e a música. De forma que eles se sentissem assistindo (escutando) a um pequeno vaudeville. Próximos do palco a tal ponto que se pudesse ouvir a respiração do artista,os sons das teclas dos instrumentos. E que esse pequeno concerto soasse tão verdadeiro quanto as palavras ali cantadas”, afirma Thiago no site http://thiagopethit.com/

Divulgação.

Thiago Petit concedeu entrevista exclusiva ao Acha Brasília:

Acha – Como é nascer em uma família de artistas e carregar esse legado para o seu trabalho que é tão peculiar?

Thiago – “Na verdade, é bastante natural. Talvez fosse mais particular e estranho seguir uma carreira administrativa ou empresarial. A convivência e o estimulo às artes sempre estiveram muito presentes, desde muito pequeno pra mim. Comecei minha carreira de ator no teatro profissional, aos 9 anos, atuando com os meus avós. Isso me guiou até os 24, quando decidi escapar para a música. Mas também não havia nenhuma grande surpresa nisso, meu pai já havia sido cantor e trabalha até hoje usando a voz como locutor publicitário. Sinto que apenas dei vazão ao que minha família me ensinou por tantos anos”.

Acha – Suas composições são românticas e dialogam com sua singela voz. O que é o amor para Thiago Pethit?

Thiago – “Love is all we need. Rs. O amor é o que nos torna comuns uns aos outros. Talvez seja o sentimento com maior capacidade de fazer com que nos identifiquemos com as outras pessoas, com as músicas, com qualquer manifestação. No meu trabalho, certamente é o que faz com que todos possam se identificar comigo e com as minhas histórias particulares, por mais diferentes que elas sejam das histórias de cada um”.

Foto: Caroline Bittencourt.

Acha – A imagem é um elemento predominante quando ouvimos seu disco, por vezes se assemelha a um roteiro. Como surgem suas composições?

Thiago – “Não tenho um método claro de composição. Não tem uma fórmulinha. Mas as imagens surgem sempre que decido contar uma história. Os detalhes, a paisagem e atmosfera de algum lugar. E em geral, são sempre pequenas histórias as minhas músicas. Contar minhas vivências foi o jeito mais legítimo que eu encontrei para conseguir compor”.

Acha – Você transita com leveza e facilidade por entre ritmos que vão do tango ao vaudeville, em uma fusão de ritmos e idiomas. Como é sua relação com o público brasileiro e o estrangeiro?

Thiago – “Desde que escolhi a música como profissão, minha vontade era dialogar com o maior número possível de pessoas. E principalmente, usando a internet, que pode ser muito mais abrangente que um mercado de música palpável. Os idiomas acabam ajudando nisso. Pois abrem as formas de escuta e compreensão das músicas. Tenho muita necessidade de diálogo, esse é o motor do meu trabalho. Sem esse desejo não consigo criar nada”.

Acha – O que você prepara para o público brasiliense na dupla apresentação do próximo dia 10 de dezembro, na Fnac e no Gate´s Pub?

Thiago – “Serão dois shows, voz e piano. Pretendo tocar todo o repertório do disco ‘Berlim, Texas’ mais algumas surpresinhas que eu vou guardar para o show do Gates!”.

O cantor cria um roteiro que conduz os passageiros nesta viagem atemporal inspirada pela música. Só nos resta deixar o vento seguir para onde or rumos de sua melodia conduzir e aguardar o próximo vôo.

Serviços: Thiago Pethit – “Berlim, Texas”

Pocket Show

Data: 10 de dezembro (sexta) às 19:30

Local: Fnac (ParkShopping)

Entrada Franca.

♥ Show com abertura de Beatriz Águida e discotecagem de Fábio Pop (Indiecent Music) e Giuliano Manfredini (filho de Renato Russo).

Data: 10 de dezembro (sexta) às 22:00

Local: Gate´s Pub (403 sul)

Ingresso: R$ 15,00 (sujeito á lotação da casa)

♥ Convidado para DJ set na Festa #2

Local: Espaço Galleria (Conic)

Data: 11 de dezembro (sábado) a partir de 23:00

Ingresso: Lista: misbarra@gmail.com

R$ 10 (até 0h), R$ 15 (até 2h) e R$ 20 (sem lista).