
O Favela Sounds lotou a área externa do Museu da República com muita música, dança, debates, oficinas e feira de moda, arte e design autoral feito nas periferias do DF. A programação com artistas de várias partes do Brasil e do mundo contou com ações prévias, as atividades formativas do Festival, divididas em etapas.

“Ralação” trouxe oficinas de Cenografia, Empreendedorismo na Quebrada, Percussão e Gravação de faixas autorais em baixo custo. “Papo Reto” propôs debates e “Tamo Junto” promoveu a circulação de roda de conversa, pocket show e microfone aberto por três Unidades do Sistema Socioeducativo do DF, com jovens em privação de liberdade.

“O Baile” ganhou um espaço organizado, com som de qualidade, cobertura ampla e preços de bebidas acessíveis. O público pulsou estilo e alto astral em uma atmosfera de encontro e celebração. Na primeira noite (23) o palco recebeu Hodari, Marmittos, MC Tha, Yorubeat, Flávio Renegado, Preta Rara, Flora Matos, Hiran, La Furia, Keila e Deize Tigrona.
No sábado (24) foi a vez de Donas da Rima, Forró Red Light, Na Batida do Morro, Marfox, Sandrinho Contexto, MC Tocha, DJ Kashuu e Pepita. A plateia toda conhecia muito bem as letras de Bia Ferreira, Fabríccio, Drik Barbosa, Don L e Rico Dalasam. Foi bacana ver a contextualização de cada artista antes da entrada no palco, feita pela Mestre de Cerimônia, Mariana Fernandes, que lia uma ficha onde detalhava o tipo de som, origem e os assuntos dos quais as músicas tratam. A interpretação em Libras também se destacou no quesito acessibilidade.

Pontos para a curadoria afinada de Amanda Bittar e Guilherme Tavares, que já na terceira edição do evento, reafirmou o compromisso com as periferias que alçaram visibilidade por suas necessárias vozes. A diversidade se fez presente nos diversos gêneros musicais, como rap, hip hop, funk, pagode e música eletrônica. Para além dos ritmos, o Favela Sounds abriu o microfone para artistas engajados do movimento negro e da cena LGBTQ em uma maratona de grandes talentos.








