17º Festival Internacional da Novadança.

Espetáculo "Animal" de Daniel Abreu. Foto: Yassiek. Divulgação.
Espetáculo “Animal” de Daniel Abreu. Foto: Yassiek. Divulgação.

O 17º Festival Internacional da Novadança acontece de 3 a 14 de novembro na Caixa Cultural, Sesc (913 Sul), USINA Centro de Arte e Entretenimento e nas Estações do Metrô. A programação celebra o projeto que transcende a dança e se difunde como um projeto de comunicação e intercâmbio, formação de opinião e de aperfeiçoamento para dançarinos, coreógrafos, diretores e profissionais de dança.

Neste ano o Festival traz nomes internacionais como Daniel Abreu (Espanha) apresenta dois espetáculos. O primeiro é “Animal”, uma obra coreográfica com cinco jogadores que discutem a necessidade e o desejo em um fluxo de sobreposição de imagens em uma atmosfera onírica. O segundo é “Cabeza” onde explora o conceito de construção/destruição em um trabalho de caráter físico e mental.

“Elisewin” da Nabeirarrúa Danza (10&10 Danza – Espanha) fala sobre escolhas a serem ou não compartilhadas e o ainda permanece conosco e Natacha Visconti (Argentina), que apresenta o espetáculo “Horário de Descarga”, onde a coreografia explora a relação entre dois artistas e as possíveis ligações entre eles e um carrinho de construção.

As 4 Estações de Giovane Aguiar por Mila Petrillo.
“As 4 Estações” de Giovane Aguiar. Foto: Mila Petrillo.

Ary Coelho (Brasília) apresenta performance nas estações de metrô, onde busca compreender como a experiência toda a disposição do corpo em movimento que pode desenvolver um conhecimento de pequenos movimentos sensíveis.

A João Perene Núcleo de Investigação Coreográfica (Bahia) traz “Farpas e Lâminas de um Corpo Visível”, espetáculo que trata de questões como: preconceito, rejeição, homofobia, aborto e violência.
“Cicatriz”, de Paulo Azevedo (Rio de Janeiro) propõe um diálogo entre a intérprete (Aline Correa) e seus afetos, registrados no corpo-memória que cria uma política de si.

Cleane Marques (Brasília) apresenta “Da Solidão”, obra com direção coletiva que aborda os limites para a intolerância consigo mesmo e com o outro.

“As Quatro Estações”, de Giovane Aguiar (Brasília) conta a história de um homem, que próximo de sua morte relembra os momentos marcantes de sua vida, em um espetáculo repleto de saudosismos, memórias e lirismo.

Espetáculo "Cabeza" de Daniel Abreu Foto: Gabriel F. Calonge.
Espetáculo “Cabeza” de Daniel Abreu Foto: Gabriel F. Calonge.

Programação:

3 de novembro (segunda)

De 14 às 18 horas – Mostra de Vídeo para Celular – Estação do Metrô 108 sul

4 de novembro (terça)

De 14 às 18 horas – Mostra de Vídeo para Celular – Estação do Metrô Ceilândia Centro

5 de novembro (quarta)

De 14 às 18 horas – Mostra de Vídeo para Celular – Estação do Metrô Águas Claras

De 14 às 18 horas – Performance “Andarilho” (50 min), de Ary Coelho (Brasil) – Estações de Metrô – Início na Estação de Metrô Águas Claras (14 horas)

20 horas – Apresentação “Horário de Descarga” (20 min), de Natacha Visconti (Argentina) e “Cicatriz”, de Paulo Azevedo (16 min) (Brasil – RJ) – Teatro Sesc Garagem (913 sul)

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

6 de novembro (quinta)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

De 14 às 18 horas – Mostra de Vídeo para Celular – Estação do Metrô Furnas

20 horas – Apresentação “Horário de Descarga” (20 min), de Natacha Visconti (Argentina) e “Cicatriz” (16 min), de Paulo Azevedo (Brasil – RJ) – Teatro Sesc Garagem (913 sul)

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

7 de novembro (sexta)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

De 14 às 18 horas – Mostra de Vídeo para Celular – Estação do Metrô Guará

20 horas – Apresentação “Da Solidão” (50 min), de Cleane Marques (Brasil – DF) – Teatro Sesc Garagem (913 sul)

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

8 de novembro (sábado)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

18 horas – Mostra de Filmes Dançando para a Câmera (Foyer do Teatro Garagem – Sesc 913 sul)

20 horas – Apresentação “As 4 Estações” (50 min), de Geovane Aguiar (Brasil – DF) – Teatro Sesc Garagem (913 sul)

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

9 de novembro (domingo)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

18 horas – Mostra de Filmes Dançando para a Câmera (Foyer do Teatro Garagem – Sesc 913 sul)

20 horas – Apresentação “Farpas e Lâminas de um Corpo Visível” (50 min), de João Perene Núcleo de Investigação Coreográfica (Brasil – BA) – Teatro Sesc Garagem (913 sul)

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

12 de novembro (quarta)

De 14 às 18 horas – Sala de Vídeo – Foyer da Caixa Cultural

20 horas – Apresentação “O Animal” (50 min), da Cia Daniel de Abreu (Espanha) – Caixa Cultural

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

13 de novembro (quinta)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

De 14 às 18 horas – Sala de Vídeo – Foyer da Caixa Cultural

20 horas –Apresentação “Cabeza” (50 min), da Cia Daniel de Abreu (Espanha) – Caixa Cultural

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

14 de novembro (sexta)

De 10 às 11 horas – Encontro de Criadores

De 14 às 18 horas – Sala de Vídeo – Foyer da Caixa Cultural

20 horas –Apresentação “Elisewin” (50 min), da Cia Nabeirrárua Danza (Espanha) – Caixa Cultural

21 horas – Conversando com o Artista – Teatro Garagem (913 sul)

Espetáculo "Elisewin" da Nabeirarrúa Danza (10&10 Danza). Foto: Mireia Sans.
Espetáculo “Elisewin” da Nabeirarrúa Danza (10&10 Danza). Foto: Mireia Sans.

Sinopses a Artistas:

“Horário de Descarga” (20 min)

É um trabalho coreográfico que explora a relação entre dois artistas que apresentam diferentes níveis de dureza e a ligação entre eles e um carrinho de construção.

Natacha Visconti (Argentina)

Licenciatura em Composição Coreográfica do Instituto Nacional de Arte, IUNA. Mestre Nacional e Escola de Dança Nacional de Dança No. 2.

Atualmente integra GRUPOdelPATIO, de grupo e criação coletiva. É intérprete da peça “Um Obvious” que estreou em fevereiro de 2012, na capela das Musas e atualmente está no Teatro del Perro. Atuou no filme “Act Branco”, dirigido por Laura Maria Figueiras e Carla Rimola. Trabalhou como interprete na “Aperte Teta” de Silvina Grinberg apresentado no Teatro Alley em 2011.

Dirigiu de “blackface” (Jun 2013.Festival Red Dance), “Baixar Schedule” (abril-junho de 2011 e abril 2012 Red / 2011 Centro Cultural. Teatro de la Ribera Dia Internacional da Dança / 2011 Celebração Anual Dança em Rosario / Ciudanza 2012 / “New Festival Trends 2012”, na cidade de Mendoza) e “Basic” (“Festival de Cacau 10 anos”, 2008 / espaço Cultural Pé Ganso e Ciclo Opera Prima no Teatro Municipal de Santa Fe / Oct 2010 2007 “Miniature Coreográfica” 1 ª Conferência sobre Pesquisa IUNA).

Em 2009, ela ganhou o “Concurso Coreográfico” da Terceira Conferência sobre Pesquisa IUNA, premiando com uma bolsa de estudos no Internacional Choreographers Recidency Programa do American Dance Festival 2010, onde foi dirigida por Abby Yagger e Ming Yang no projeto Forshyte.

De 2005 a 2010 trabalhou como primeira professora assistente no Departamento de Dança Moderna III e IV sob a posse de Roxana Grinstein do Departamento de Movimento Arts “Mary Ruanova” IUNA.

De 2006 a 2008 atuou como assistente Dance Company IUNA dirigido por Roxana Grinstein e trabalhou com diferentes coreógrafos, incluindo Gerardo Litvak, Carlos Casella, Ramiro Soñez, Roxana Grinstein, Augusto Cuvilas (Moçambique), Frank Micheletti (França) e foi convidada como dançarina na peça “Paraísos artificiais” Gabriela Prado.

Em 2004, ele ingressou na empresa Dança aérea Brenda Angiel, onde se apresentou com a peça “Flight Aires” in Contemporary ciclo x 3 realizado no Teatro Alvear e Santiago, Chile, no Teatro Teleton . Esta mesma companhia se apresentou no American Dance Festival com a peça “condições de Ar”. Como dançarina participou de “The Walking Man”, que foi apresentado no Centro Cultural Recoleta, Sala Villa Villa, criado por Ana Garat e dirigido por Beamonte Pilar.

Fora o trabalho da Universidade, ela treinou com diferentes mestres de dança, teatro, yoga, cantando e outras disciplinas relacionadas.

“Cicatriz” (16 min)

“Cicatriz”, nasce do diálogo da intérprete com seus afetos; marcas que fazem do seu corpo uma memória; uma política de si. A narrativa e a semiótica de entorno apresentam uma gestualidade que se defronta com a brutalidade e a poesia num só espaço. Indo um pouco além da imagética nostálgica e virtuosa composta para o corpo outdoor da bailarina; na via de mão dupla o que se interroga é também a possibilidade de “esquecimento” e ou de acessar uma zona de silêncio, ainda, incompreendida e incerta para a dança, outrora, daquela menina.

Aline Correa

É intérprete pesquisadora, formada pela Escola Membros. Atuou na cia MEMBROS por 05 anos em diversos países. Atualmente faz parte do corpo da Cia Híbrida (RJ). Realizou diversos estágios, entres eles com a CIA CENA 11 (SC) e Lia Rodrigues (RJ).

Paulo Azevedo (Brasil/Rio de Janeiro)

É Doutorando pela PUC-RIO pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Investiga os campos de Subjetividade e Diversidade, sublinhando o protagonismo juvenil fora dos esquemas intitulados “inclusão social”, onde o corpo ganha destaque como política alternativa nas reflexões sobre alteridade. Tem quatro livros publicados e experiência profissional em mais de 20 países, com destaque na coordenação do projeto “Micropolíticas do corpo” (Territoire de la Danse, França, 2011), conferencista na comunicação “Membros: corps politique dan(s)e la ville”, dentro do Master Projets Culturels dans l´Espace Public, de luniversité Paris 1 Panthéon-Sorbonne (França, 2010). Representou o Brasil no Encontro “Centro e Periferia: produção da dança contemporânea hoje”, em Oslo, Noruega (2008) e como artista convidado no Festival Europalia (Bélgica-Brasil, 2011). Recebeu o prêmio Rumos, Educação, Cultura e Arte promovido pelo Instituto Itaú Cultural (2008-2010). Recentemente foi convidado a compor a equipe técnica que escreveu a proposta do plano decenal das políticas públicas para a dança no Estado do Rio de Janeiro (2012-13). Sua principal rede de trabalho atual se estrutura a partir da Cia GENTE.

“Da Solidão” (50 min)

“Da solidão” é um espetáculo de Dança Contemporânea que surgiu da preocupação em sensibilizar e difundir de uma forma artística a mediação para o debate sobre os limites para a intolerância consigo mesmo e com o outro. O espetáculo foi definido a partir do estudo da estética expressionista na dança, além da inspiração na pesquisa relacionada à sombra tratada na psicologia Junguiana. Os intérpretes se relacionam com a sensação de vazio, inadequação, ressentimento e isolamento até interagirem com a própria sombra humanizada, que com sua dança, transforma a todos. A Direção é coletiva e foi concebida pelos artistas Cleani Marques Calazans, Júlio César Campos e Selma Trindade. Coreografias de Cleani Marques Calazans com a colaboração dos intérpretes e o apoio do ensaiador e bailarino Beneto Luna Reis.

Cleani Marques

Possui formação em Dança, Teatro e Música. Graduada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes – Fundação Brasileira de Teatro; formação em Ballet Clássico pela Academia de Dança Clássica de Brasília; Violino e Canto Lírico pela Escola de Música de Brasília; Especialização em Dança Clássica e Moderna, pela Academy Steps – New York – EUA, e diversos cursos livres e oficinas em dança contemporânea. Iniciou sua carreira, com apenas 7 anos de idade, como bailarina clássica no ano 1986, depois enveredou para Dança Contemporânea, para o Teatro e a Música. Aos 17 anos tendo se formado no Curso Técnico em Ballet Clássico pela Academia de Dança Clássica de Brasília (1995), começa a dar aulas de Ballet. A partir do ano de 1997, atua profissionalmente na Dança e no Teatro e integra diversos grupos de Brasília, como bailarina e atriz. Sempre apaixonada pela Música decide entrar para Escola de Música de Brasília no ano de 2003. Para aprimorar ainda mais suas habilidades artísticas e sua carreira, opta primeiramente pelo Violino e posteriormente pelo Canto Lírico, concluindo o curso básico em 2008 e 2012. Durante sua formação na Escola foi integrante da Orquestra Infanto-Juvenil e do Coro Técnico participando de recitais, óperas e apresentações dos respectivos grupos da Escola de Música de Brasília. Atualmente é professora de Dança Contemporânea e Coreógrafa do projeto Garatuja – ponto de cultura de São Sebastião – DF e desenvolve seus trabalhos autorais e atua também como diretora, coreógrafa e produtora cultural.

Selma Trindade (Brasil/Brasília)

Graduada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília, UnB, recebeu bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico-CNPQ/PIBIC – (Projeto Brasileiro de Bolsas de Iniciação Científica). Tem formação na prática da dança desde a infância. A partir dos anos noventa inclui o teatro e o trabalho com produção cultural em suas atividades. Obteve na dança experiências com o Balé Clássico, a Dança Contemporânea, o jazz e o Afro, além da Técnica Básica da Dança Clássica, adaptada para bailarinos e não bailarinos, fundada pela professora, bailarina e fisioterapeuta Adriana Guimarães. Participou como Bailarina convidada de grupos de Dança profissionais por doze anos, incluindo o grupo de Jazz Stillo, com Direção de Rosa Coimbra, no grupo de Dança Contemporânea Alaya, dirigido por Lenora Lobo, e no grupo En Dança, com a Direção de Luiz Mendonça. Os grupos se destacaram no cenário da dança contemporânea nacional, com o apoio da Universidade de Brasília, UnB, Petrobrás, e da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.

Obteve experiências nacionais e internacionais nas artes cênicas, as quais incluem participação no I Encontro Mundial de Artes Cênicas, realizado em Belo Horizonte, cursos e workshops de Dança Contemporânea como o coreógrafo Rui Horta, Diretor da Cia. alemã de Dança Teatro SOAP, oficinas com o português João Fiadeiro na UFBA – Salvador, e de Dança Contemporânea no Centro Nacional de Dança CND de Grenoble na França, com a Direção de Gallota. Realizou apresentações em temporada nacional e internacional, e participou de Festivais e Mostras Artísticas incluindo o III Flaac – Festival Latino Americano de Arte e Cultura da UnB, I Festival Internacional Nova Dança de Brasília. Com o grupo Alaya Dança, dirigido por Lenora Lobo, esteve no I Festival Internacional Serra da Capivara no Piauí, Festival de Inverno de Dança, Teatro e Música da Paraíba; e com o espetáculo Matracar inspirado na cultura popular brasileira, ainda com o Alaya, apresentou-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Teresina e Brasília e foi para Itália com o grupo Endança para o Festival Roma per La Danza Rassegna Internazionale na cidade de Roma. Participou de espetáculos de Dança e Teatro incluindo performances como bailarina convidada em lançamentos de shows de Bandas de música. Fez apresentações artísticas em 20 Espetáculos, 7 Mostras e 3 Festivais de Dança e Teatro. Apresentou 50 performances inseridas em shows e eventos culturais, envolvendo a banda Plástika, grupo Colcina Del Diabo com o pianista Eládio Oduber, Show do DVD do guitarrista e compositor Kiko Peres, projetos de temporadas do Palco Giratório do Sesc com o grupo Alaya, I Semana de Cultura Afro-Brasileira, realizada pela Fundação Palmares, III Mostra de Intérpretes Criadores do Teatro da Caixa, Mostras de Dança no Teatro Nacional, lançamento do CD da cantora Indiana Nomma na sala Cássia Eller e para o DVD da Banda In Natura, no qual dançou e dirigiu as performances do show ‘’Um Artista Brasileiro”. Desde 2001 é Ente e Agente Cultural cadastrada pela Secretaria de Cultura do DF, participando de projetos culturais com apoio do FAC (Fundo de apoio a cultura Secretaria de Cultura do DF). Ministrou oficinas de Dança e Criação em Movimento para crianças, jovens e adultos em escolas públicas, particulares, Centro de Dança do DF, Espaço Cultural Renato Russo, Centro de Dança da Universidade de Brasília e no Espaço Cultural Mapati. Concebeu coreografias com bailarinos convidados em festivais de música eletrônica no lançamento da Capital Fashion Week de 2006, na galeria Ecco- Espaço Cultural Contemporâneo e participou da exposição dos vinte anos do grupo de Dança Contemporânea Alaya na Funarte. Prepara composições coreográficas para performances, espetáculos, eventos culturais e oficinas; tem atuado com a elaboração e operação de projetos sócioculturais como produtora da cidade e desde 2011 é técnica de Cultura do Teatro Newton Rossi no SESC Ceilândia.

Júlio César (Brasil/Brasília)
Iniciou seus estudos na dança aos 17 anos, e hoje é Bailarino, Professor, Diretor e Coreógrafo. Graduado no curso de Artes Plásticas pela Fundação Brasileira de Teatro. Estendeu sua formação acadêmica a Música e ao Teatro, na Escola de Música de Brasília, ULM e Instituto Hebraico em São Paulo. Estudou Balé Clássico com professores renomados em São Paulo como Ismael Guizer, Marika Gidali, Ilara Lopes, além de ter sido aluno da Escola de Bailados do Municipal de São Paulo. Em Brasília estudou Balé Clássico com Gisele Santoro, Regina Maura e Norma Lília. A sua iniciação na dança contemporânea se deu através das professoras, coreógrafas, bailarinas e escritoras Lenora Lobo e Maura Baiocchi. Participou ainda de vários workshops e oficinas de dança como: Afro, Flamenco, Samba de gafieira e Tango, dentre outras. Como professor, ministrou aulas de Artes Visuais, Dança Contemporânea, Consciência Corporal, durante oito anos na Secretaria de Educação do GDF no Ensino Fundamental – EJA, e como professor convidado no Departamento de Sociologia da Unb, na disciplina Arte e Sociedade por cinco anos, colaborando com oficinas no núcleo de dança da Unb e no Centro de Dança de Brasília.
Como bailarino contemporâneo convidado trabalhou em grupos de Dança profissionais ao longo de vinte anos, em São Paulo no grupo de dança Uirapuru, e em Brasília no grupo de Dança Contemporânea Alaya dirigido por Lenora Lobo e grupo Margaridas, dirigido por Laura Virgínia, os quais se destacaram no cenário da dança contemporânea local com o apoio da Universidade de Brasília UnB e da Secretaria de Cultura Distrito Federal. Como Bailarino Clássico trabalhou com o grupo Uirapuru e na academia Ballet Stagium, ambos em São Paulo. Em Brasília Dança Balé Clássico com o grupo do Estúdio de Dança Regina Maura. Realizou apresentações artísticas em 30 Espetáculos, 3 Mostras e 2 Festivais de Dança e Música. Fez também várias performances inseridas em eventos culturais e participou da filmagem de três Vídeos-dança com o grupo de dança Margaridas. Suas experiências nacionais e internacionais, o I Flaac – Festival Latino Americano de Arte e Cultura da UnB, I Festival Internacional Serra da Capivara com o grupo Alaya no Piauí, Festival internacional de Dança Contemporânea – FIC, com o espetáculo Primata, apresentado em Belo Horizonte, com o grupo Alaya. Júlio César Campos fez performances como bailarino em festivais de música eletrônica na festa com o DJ Fatboyslim no estacionamento do estádio Mané Garrincha em maio de 2010. Participou da exposição dos vinte anos do grupo de Dança Contemporânea Alaya na Funarte. Atualmente no ano de 2011 se apresentou com o Grupo de Dança Estúdio Regina Maura e participou da filmagem de um vídeo-dança ainda sem previsão de lançamento.

“As 4 Estações” (50 min)

Este espetáculo está divido em quatro partes ou cenas que são Part 1 – Primavera, Part 2 – Verão, Part 3 – Inverno e Part 4 – Outono. Originalmente foi apresentado na VI Mostra de Interpretes Criadores a Part 1 – Verão e a Part 4 – Outono.

As Quatro Estações é um espetáculo de dança que conta a história de um homem próximo de sua morte relembrando os momentos marcantes de sua vida. É um espetáculo repleto de saudosismos, memórias e lirismo.

Giovane Aguiar (Brasil/Brasília)

Seus trabalhos já foram vistos em Portugal, Chile, Uruguai, Argentina, Venezuela, Espanha e Alemanha. Como coreógrafo criou os espetáculos: “Bertram”, indicado para o prêmio APAC de 1993; “Mulheres”, Portugal em 1996; “Zero” vencedor do prêmio Aluízio Batata de 1997, “Retratos (Portrait)” indicado para os prêmios Candango de Cultura e Prêmio Ok de 1998 e selecionado para a Plataforma Brasileira para os Rencontres Choreographiques Internationales de Seine-Saint-Denis (2001), em 2004 recebeu o prêmio da Caravana Funarte Brasil Central, “Cidades” (Sol Num Quarto Vazio) apresentado em diversas cidades do Brasil, “Mezzanino” para a companhia de dança Cos`é, “Vertigem” apresentado no Dança Brasil (2002), “O Tratado Das Meias Verdades”, em 2005, “Homens”, em 2012. Recebeu bolsa do Ministério da Cultura para o projeto Tanz in August realizado em 1996, Berlim Alemanha. Em 1998 representou o Brasil no VI Encuentro de Creadores realizado em Caracas – Venezuela. Em 2001 participou do Encontro Sul-americano de Dança Contemporânea e do Danzateatromultimedia, ministrando aulas e apresentando o espetáculo “Retratos”. Foi o co-diretor do filme “CIDADES” recebeu o Prêmio Especial da Associação Braziliense de Cinema e Vídeo – ABCV “PELO EXPERIMENTALISMO NA UTILIZAÇÃO DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA” e menção da crítica pela trilha sonora. “Foi presidente do Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente – INDICA nos anos de 2008 a 2012.

“Farpas e Lâminas de um Corpo Visível” (50 min)

Abordando questões como: preconceito, rejeição, homofobia, aborto e violência – Temas ainda latentes na atualidade; O espetáculo utiliza a arte da dança para instigar, incomodar e provocar o espectador, a fazer uma reflexão sobre posturas pré-estabelecidas. A intenção do espetáculo não é simplesmente o entretenimento, e sim, jogar luz em cantos obscuros da alma, revelando medos e dores que povoam a mente humana. O questionamento por trás do roteiro é “até onde vai à intolerância do homem perante algo ou alguém considerado fora dos padrões”? O espetáculo teve sua primeira versão levantando estas questões no final dos anos noventa, mas infelizmente a dúvida é pertinente ainda nos dias de hoje. O objetivo maior da obra, é a esperança de que estes temas abordados, um dia façam parte apenas do nosso imaginário social.

João Perene Núcleo de Investigação Coreográfica (Brasil/Bahia)

Coreógrafo e bailarino estudou diversas técnicas e vertentes da dança contemporânea. Se lança como coreografo em 1999 após ter sido contemplado com seu primeiro prêmio de montagem, através da fundação cultural do estado da Bahia com o espetáculo “Farpas e lâminas de um corpo visível”. Prossegue seus estudos, em composição coreográfica com Dudude Herrmen (MG), Luis Mendonça (DF), e Rainer Viana (RJ). Experiências do Contact Improvisation, com profissionais como David Lanitelle (EUA), João Fiadeiro (POR), Rui Horta (POR). Em 2000 sua fomação se solidifica, quando em New York, tem a oportunidade de estudar com Thisha Brown e quando se aprofunda no estudo do Contact Dance com o seu próprio criador Steve Paxton. De retorno ao Brasil e após participar do espetáculo “A primeira Madrugada do mundo” é convidado a fazer parte do elenco da Cia. Gisela Rocha Company com sede em Zurique/suíça. Após a sua primeira montagem “Soco no Vento” para o lançamento do projeto ateliê de coreógrafos Brasileiros em 2002; passou a atuar como coreógrafo convidado nas edições seguintes – dentro da categoria “Solos>40, neste mesmo período começa então a colocar em pratica a criação de sua própria Cia a: João Perene Núcleo de investigação coreográfica, que foi oficialmente lançada em 2004, com o espetáculo “Monólogo para alguns corpos” vencedor do prêmio estímulo de montagem em dança daquele ano. Ao longo de sua existência, o Núcleo de investigação coreográfica vem acumulando premiações referentes a Apoios, Montagens, Manutenções, Circulações. Participou de grandes projetos como: Quarta que Dança, Festival Internacional de artes Cênicas – FIAC, Via Bahia Festival, Mostra Bahia Gás de Cultura, Mostra Bahia em cena, Julho em Salvador, VII Encontro internacional de artes cênicas, Festival Nacional de artes – FENARTE, Projeto Nordestes –SESC Ponteia (SP) etc. No final do ano de 2006 é convidado a fazer parte das comemorações dos 25 anos do Balé do Teatro Castro Alves, sendo a primeira Cia Baiana independente a dividir o palco com os mesmos, e em 2008 é convidado novamente; só que desta vez, compor uma obra para o Balé do Teatro Castro Alves; resultando no espetáculo “O Azul de Klein” que acabou sendo convidado a fazer parte da programação das comemorações do ano França no Brasil. Em 2012 representa o Brasil no Festival internacional “8e Rencontre de Danses Metisses” em Cayenne – Guiana Francesa. E fez parte da programação de aniversário de Gaston Bachelar no Grenier do Castelo de Cerizy-La -Salle. AAGB-Associação des Amis de G. Bachelar. Em 2012 e convidado a compor a curadoria do Prêmio Braskem de Teatro.

“Animal” (50 min)

Animal é uma obra coreográfica por cinco jogadores, apresentados em uma atmosfera onírica para discutir a necessidade e o desejo em um fluxo de sobreposição de imagens. Com cenas de respostas emocionais, as situações limitantes do dia a dia.

Trabalhar sem um enredo clássico é uma viagem através da necessidade, descanso, amor, sequestro emocional e ações ligadas à ideia de animalidade e sobrevivência.

Daniel Abreu (Espanha)

Natural de Tenerife, é licenciado em Psicologia na UNED, dançarino, coreógrafo e diretor de sua própria companhia, que foi fundada em 2004. Ele trabalhou como intérprete em várias companhias de dança e teatro na Espanha além de várias colaborações como assistente de criação.

– Prêmio de Melhor Direção em 2010 para o trabalho tamancos INDIFESTIVAL.
– Prêmio do Júri XVIII Concurso de Coreografia de Madrid ao lado de Monica Garcia.
– Prêmio Outstanding Dancer no Concurso Coreografia XVIII de Madrid, com uma bolsa de estudos para o American Dance Festival.
– Prêmio de Most Outstanding Dancer Choreography Competition IV Maspalomas.

Ele fez mais de trinta obras coreográficas foram apresentados em mais de 17 países na Europa, Ásia, América Central e América do Sul. Ele também fez a coreografia para Titoyaya Projeto Personalizado (Valência, 2010), Zawirowania Dance Theater Company (Polônia, 2010), a Cia. Nomads Dança (Tenerife, 2007 e 2009) no Festival En Pe de Pedra (Santiago de Compostela, 2006), entre outros. Várias de suas obras foram selecionados para o Tour de Teatro Alternativo rede nos últimos anos e também o “Perro” Y “Equilíbrio” apresentados em 2009 e 2011. Em 2010 ele se juntou ao programa europeu Modul Dance com produção Animal.

“Cabeza” (50 min)

O trabalho vem do conceito de construção/destruição. Um local de início e fim, ao mesmo tempo, ou exatamente o oposto. A obra levanta as fantasias e realidades, onde a lógica se torna sem sentido, e torna-se consistente, olhar para o mundo para ver como ele se move. Neste trabalho de caráter muito físico, o artista buscou tudo o que poderia ser mental.

Daniel Abreu (Espanha)

Natural de Tenerife, licenciado em Psicologia na UNED, dançarino, coreógrafo e diretor de sua própria companhia, que foi fundada em 2004. Ele trabalhou como intérprete em várias companhias de dança e teatro na Espanha além de várias colaborações como assistente de criação.

– Prêmio de Melhor Direção em 2010 para o trabalho tamancos INDIFESTIVAL.
– Prêmio do Júri XVIII Concurso de Coreografia de Madrid ao lado de Monica Garcia.
– Prêmio Outstanding Dancer no Concurso Coreografia XVIII de Madrid, com uma bolsa de estudos para o American Dance Festival.
– Prêmio de Most Outstanding Dancer Choreography Competition IV Maspalomas.

Ele fez mais de trinta obras coreográficas foram apresentados em mais de 17 países na Europa, Ásia, América Central e América do Sul. Ele também fez a coreografia para Titoyaya Projeto Personalizado (Valência, 2010), Zawirowania Dance Theater Company (Polônia, 2010), a Cia. Nomads Dança (Tenerife, 2007 e 2009) no Festival En Pe de Pedra (Santiago de Compostela, 2006), entre outros. Várias de suas obras foram selecionados para o Tour de Teatro Alternativo rede nos últimos anos e também o “Perro” Y “Equilíbrio” apresentados em 2009 e 2011. Em 2010 ele se juntou ao programa europeu Modul Dance com produção animal.

“Elisewin” (50 min)

O espetáculo fala sobre o que escolhemos para compartilhar e o que nós escolhemos não compartilhar e que ainda permanece conosco. Uma viagem que planejamos até o último detalhe, mas que atinge o seu pleno significado somente no fim. Falamos de uma ilusão, uma legitimidade, uma nudez, e uma certeza.

Nabeirarrúa Danza (10&10 danza) (Espanha)

Nabeirarrúa danza nasceu do espetáculo “A 2 centimetros del suelo”, o trabalho de artistas de Anuska Alonso e Mar López, que começou a experimentar com as suas primeiras criações no palco. A equipe de trabalho foi tomando forma desde o início da companhia, começando com a peça mencionada, que compreende Sergio G. Domínguez, responsável pela iluminação e cenografia, Mónica Runde, como produtor e agente, e Mar López como diretor de arte. Seu primeiro trabalho foi selecionado para o Circuito 09/10 de La Red de Teatros Alternativos, Aerowaves 2010, o Festival Ellas Crean 2010, e uma turnê pela Itália, como parte da Internacional de Dança Raids de 2010 O projeto que se seguiu este trabalho foi “Dicen las paredes “, sobre o tema da violência de gênero. Um espetáculo que engloba Dança e Teatro. Sua mais recente produção de dança, “UNO”, coreografado por Mar López, foi financiado por uma co-produção com AGADIC através do Centro Coreográfico Galego e benefícios da colaboração de Elena Córdoba como consultor criativo. “Elisewin”, uma dança solo criado e interpretado por Mar López com Elena Córdoba como assistente de direção. Seu trabalho mais recente é “Alguns lugares” estreia no Festival Madrid en Danza.

Performance no Metrô: (50 min)

O objetivo desta performance é compreender como a experiência toda a disposição do corpo em movimento que pode desenvolver um conhecimento de pequenos movimentos sensíveis. Sempre pensando no corpo disponível no espaço/ tempo. Assim, o interesse reside na apresentação de dois andarilhos, isto aqui exposto é um desafio do próprio corpo imóvel na busca de movimentos e experimentando a própria corporalidade que se desdobra para a área da performance.

Ary Coelho (Brasília)

O bailarino e coreógrafo Ary Coelho tem trabalhado desde 1995 em coreografias nas quais busca novas formas de expressão, usando as ações cotidianas do corpo como linguagem poética da dança. Cmeçou seus estudos acadêmicos em Dança em 1990 quando ingressou na Faculdade de Dança da Pontifícia Universidade Católica PUC/PR. De 1991 à 1994 fez parte do corpo de baile do Ballet Teatro Guairá onde participou das montagens do Ballet Quebra-Nozes ; Ballet Petruska ; Ballet O Trono ; Ballet Circo Místico e na Ópera Aïda . Em 1998 retorna a Porto Alegre onde ingressa no Terpsi Teatro de Dança e participa das seguintes montagens: Tolouse Lautrec e Orlando s . Em 2000, Ary Coelho recebeu o PRÊMIO AÇORIANOS de melhor bailarino (concedido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre) pelos espetáculos A + E = D e Náufragos em Manhattam . Iniciou sua carreira profissional no Ballet Teatro Guaíra, em Curitiba, como bailarino clássico. Em 2003 estabeleceu-se em Brasília para dar continuidade a seu trabalho solo. Aqui, participou do Festival Internacional da Nova Dança entre 2003 e 2007. Apresentou o espetáculo Destilando a Sensibilidade no Teatro Nacional Cláudio Santoro, no Espaço Cultural Renato Russo, e no Espaço Quasar, em Goiânia. Foi contemplado pelo FAC/DF em 2005 com o projeto LAB-5 ; 2008 com o projeto Desconexadança ; e, 2010 com o projeto Pensar é o que o cérebro faz quando está sentindo . Graduou-se na Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes em 2010.

Espetáculo "Cicatriz" de Paulo Azevedo. Foto: Guto Muniz.
Espetáculo “Cicatriz” de Paulo Azevedo. Foto: Guto Muniz.

Serviço: 17º Festival Internacional da Novadança
Data: De 3 a 14 de novembro
Locais: Caixa Cultural (SBS Quadra 4 Bloco A Lotes 3/4, s/n)
Informações:(61) 3206-9448/9449
caixacultural.df@caixa.gov.br
Sesc (913 Sul)
Informações: 3445-4415 e www.sescdf.com.br
USINA Centro de Arte e Entretenimento (SOFN Quadra 01 Conj. B Lote 12 (atrás do Noroeste e próximo ao Parque Nacional de Brasília – Água Mineral))
Informações: faleusina@gmail.com
Estações do Metrô 108, Guará, Águas Claras, Ceilândia Centro, Furnas
Acesso à programação:
Entrada Franca mediante a troca de um livro novo ou usado pelo ingresso nas bilheterias dos teatro
ESPETÁCULOS e CONVERSANDO COM O ARTISTA – Troque um livro novo ou usado pelo ingresso nas bilheterias dos teatros
ENCONTRO DE CRIADORES – Somente Convidados
OUTROS EVENTOS – Entrada Franca
Classificação indicativa: 18 anos para todos os espetáculos