Festa do Divino de Pirenópolis agora é patrimônio cultural brasileiro

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    A Festa do Divino, da cidade de Pirenópolis – GO, foi considerada patrimônio cultural brasileiro. A proposta foi aprovada na madrugada desta sexta-feira (16 de abril de 2010) pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, colegiado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, a festa é a segunda manifestação religiosa registrada no Livro das Celebrações.

    A Festa do Divino de Pirenópolis é realizada anualmente desde 1819, data do primeiro registro na lista local de imperadores. É considerada uma das mais expressivas celebrações do Espírito Santo no País, especialmente pelo grande número de rituais, personagens e componentes, como as cavalhadas de mouros e cristãos e os mascarados montados a cavalo.

    Enraizada no cotidiano dos moradores de Pirenópolis, a Festa do Divino determina os padrões de sociabilidade local, consolidando-se como elemento fundamental da identidade cultural da cidade.

    Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan constatou que a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, apresenta todos os pressupostos que permitem entendê-la como um “fato social total”. É um sistema de produção e circulação de bens e de dádivas baseados na reciprocidade, interferindo em todas as dimensões da vida social local.

    No entanto, o Iphan detectou o risco de alguns problemas pontuais, como a possibilidade do impacto negativo com a utilização da Festa apenas como atrativo turístico. Desta forma, as medidas de salvaguarda visam enfrentar os problemas que possam ameaçar a manifestação cultural.

    O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é órgão colegiado da estrutura do Iphan/MinC, cabe ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural avaliar os processos de tombamento e registro, presidido por Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

    Fonte: Ministério da Cultura.