Mostras paralelas gratuitas injetam reflexão política e estética à programação do Festival de Cinema de Brasília.

De 21 a 28 de setembro.

Estopô Balaio.
Estopô Balaio.

O 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro traz 21 filmes que integram as mostras competitivas de longas e curtas-metragens. A programação paralela vem recheada com uma série de exibições que prometem provocar debates e reflexões sobre alguns dos temas mais pungentes da realidade brasileira. São mostras paralelas e sessões especiais que poderão ser vistas em horários alternativos no Cine Brasília e no Cine Cultura Liberty Mall, algumas delas acompanhadas de debates com os realizadores. O melhor é que a entrada é franca.

A mostra A Política no Mundo e o Mundo da Política vem abrir espaço para questões que estão na ordem do dia de todos os debates no Brasil. Cinco filmes registram bastidores do mundo da política como ocupação ou, em linguagem de documentário ou ficção, apresentam personagens que precisam lidar com os efeitos de decisões pessoais ou de grupo em que se veem confrontados pelas instituições. Nos dois casos, em foco está a briga por direitos universais, por se fazer reconhecer e afirmar suas identidades e crenças. De um jeito ou de outro, a política se mistura com a vida.

A Política no Mundo e o Mundo da Política exibirá filmes como A cidade do futuro, documentário que revê acontecimentos ligados à construção da Hidrelétrica de Sobradinho, que soterrou cidades e vilarejos do norte da Bahia, na década de 1970. Também Entre os homens de bem, doc que registra a atuação do Deputado Jean Wyllys no Congresso Nacional, abordando questões como preconceito, democracia e polarização da política brasileira. Sexo, Pregações e Política oferece um olhar crítico sobre a decantada liberdade sexual brasileira, enquanto mostra o crescimento do conservadorismo no País. Estopô Balaio acompanha o trabalho e a atuação do coletivo teatral que atua na zona leste de São Paulo, frequentemente inundada por chuvas. E Taego Ãwa mostra a luta que o povo Ãwa trava desde 1973 contra o branco pela demarcação e restituição de suas terras.

Os pássaros estão distraídos.
Os pássaros estão distraídos.

A mostra Cinema Agora! tem como conceito norteador agrupar uma série de filmes que, a partir de propostas bem diferentes de cinema (da ficção ao filme-ensaio, passando pelo documentário e todas as formas híbridas entre esses), deixam claro o fato de que surgem de uma necessidade urgente de seus realizadores se expressarem através do cinema. Feitos sem patrocínios públicos nem apoios privados de maior expressão financeira, são todos obras em que os baixos recursos de produção em nada servem de desculpa para que atinjam resultados estéticos plenamente expressivos, representando um tipo de cinema profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, de enorme abrangência de temas e de ambições. É um cinema ao mesmo tempo pequeno em estrutura, mas enorme em significados.

Cinema Agora! inclui Eles vieram e roubaram sua alma, primeiro longa de Daniel de Bem, um filme poético que aborda os próprios anseios do diretor de encontrar uma identidade como cineasta; o experimental Não me fale sobre recomeços, do cineasta e artista visual Arthur Tuoto, cuja obra já foi exibida em festivais como Berlinale, BAFICI e Semana dos Realizadores; Os pássaros estão distraídos, experiência pessoal dos diretores Diogo Oliveira e João Torres sobre um pequeno e singelo universo doméstico; Pedro Osmar, pra liberdade que se conquista, documentário de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques sobre o cantor, compositor, instrumentista, poeta e artista visual Pedro Osmar, importante figura da cena cultural paraibana; e Recado pro mundão, que dá sequência à pesquisa do diretor Diogo Noventa sobre a Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), de São Paulo.

Programação:
Entrada franca

QUARTA, DIA 21
15h – Cine Brasília – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Sexo, Pregações e Política

QUINTA, DIA 22
15h – Cine Brasília – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Estopô Balaio
17h – Cine Brasília – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Taego Ãwa

SEXTA, DIA 23
15h – Cine Brasília – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – A Cidade do Futuro
16h30 – Cine Brasília – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Entre os homens de bem
19h – Cine Cultura Liberty Mall – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Estopô Balaio
21h – Cine Cultura Liberty Mall – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Sexo, Pregações e Política

SÁBADO, DIA 24
19h – Cine Cultura Liberty Mall – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Taego Ãwa

DOMINGO, DIA 25
14h30 – Hotel – Debate sobre filmes de baixo orçamento com diretores da mostra CINEMA AGORA! – com mediação de Eduardo Valente
19h – Cine Cultura Liberty Mall – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – A Cidade do Futuro
21h – Cine Cultura Liberty Mall – A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA – Entre os homens de bem

SEGUNDA, DIA 26
14h – Cine Brasília – CINEMA AGORA! – Recado pro mundão
15h30 – Cine Brasília – CINEMA AGORA! – Eles vieram e roubaram sua alma
17h – Cine Brasília – CINEMA AGORA! – Os pássaros estão distraídos
19h – Cine Cultura Liberty Mall – CINEMA AGORA! – Recado pro mundão
21h – Cine Cultura Liberty Mall – CINEMA AGORA! – Eles vieram e roubaram sua alma

TERÇA, DIA 27
14h – Cine Brasília – CINEMA AGORA! – Não me fale sobre recomeços
15h30 – Cine Brasília – CINEMA AGORA! – Pedro Osmar, pra liberdade que se conquista
19h – Cine Cultura Liberty Mall – CINEMA AGORA! – Os pássaros estão distraídos
21h – Cine Cultura Liberty Mall – CINEMA AGORA! – Não me fale sobre recomeços

QUARTA, DIA 28
21h – Cine Cultura Liberty Mall – CINEMA AGORA! – Pedro Osmar, pra liberdade que se conquista

Sexo, Pregações e Política.
Sexo, Pregações e Política.

SINOPSES

‘A POLÍTICA NO MUNDO E O MUNDO DA POLÍTICA’

A CIDADE DO FUTURO
Direção Cláudio Marques e Marília Hughes
ficção, 75min, 2016, BA
Milla, Gilmar e Igor formarão uma família fora dos padrões, em Serra do Ramalho, no sertão da Bahia.
Elenco Milla Suzart, Gilmar Araujo e Igor Santos
Produção executiva Cláudio Marques e Marília Hughes
Roteiro Cláudio Marques
Fotografia Gabriel Martins
Montagem Cláudio Marques e Joana Collier
Som Edson Secco
Direção de arte Carol Tanajura
Cenografia Carol Tanajura
Figurino Diana Moreira
Trilha sonora NU (Naked Universe)
Música original NU (Naked Universe)
Produtora Coisa de Cinema
Cláudio Marques e Marília Hughes – são sócios na produtora Coisa de Cinema e já dirigiram juntos os curtas-metragens O Guarani, Nego Fugido, Carreto, Sala de Milagres e Desterro, além do longa-metragem Depois da Chuva. Também são coordenadores do festival Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece anualmente em Salvador.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 16 ANOS

ENTRE OS HOMENS DE BEM
Direção Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros
documentário, 104min, 2016, SP
Jean Wyllys é um corpo estranho em um Congresso Nacional de tendências cada vez mais conservadoras. Durante três anos, este documentário acompanhou os passos do deputado como porta-voz da causa LGBT, antenado a discussões políticas que transbordam de Brasília para as ruas e para as redes sociais. Além de traçar o perfil de um personagem singular, ‘Entre os Homens de Bem’ é o prólogo do atual cenário de crise de representatividade e polarização da política brasileira.
Produção executiva Mauricio Monteiro Filho
Roteiro Caio Cavechini, Carlos Juliano Barros e Maurício Monteiro Filho
Fotografia Caue Angeli
Montagem Caio Cavechini
Som Gustavo Monteiro
Direção de arte Leo Uehara
Trilha sonora Gustavo Monteiro
Música original Gustavo Monteiro
Produtora Lente Viva Filmes
Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros – realizaram juntos os documentários Carne, Osso (2011) e Jaci:sete pecados de uma obra amazônica (2015), selecionados para importantes festivais de cinema, como o É Tudo Verdade e o DOK Leipzig. Receberam o prêmio Vladmir Herzog de Anistia e Direitos Humanos em 2013. Caio Cavechini é jornalista e documentarista. Desde 2006, faz parte da equipe do Profissão Repórter, da TV Globo. Carlos Juliano Barros é mestre em geografia e jornalista.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 12 ANOS

ESTOPÔ BALAIO
Direção Cristiano Burlan
documentário, 76min, 2016, SP
No Jardim Romano, bairro do extremo leste paulistano que sofre constantemente com enchentes, reside artisticamente o Coletivo Estopô Balaio. Em 2010, o bairro ficou submerso por três meses. Os moradores foram obrigados a reinventar a vida, a criar perspectivas de sobrevivência e de reexistência. Como opera a arte em situações de trauma social?
Produção executiva Ana Carolina Marinho
Roteiro Ana Carolina Marinho; Cristiano Burlan e Marcelo Paes Nunes
Fotografia João Macul e Cristiano Burlan
Montagem Marcelo Paes Nunes e Cristiano Burlan
Som direto Ney Damacena
Desenho de Som Gabriel Silvestre
Trilha sonora Estilo de quebrada e Fatos do extremo – Família Nada Consta Rio Menino – Coletivo Estopô Balaio
Música original Estilo de quebrada e Fatos do extremo – Família Nada Consta Rio Menino – Coletivo Estopô Balaio
Produtora Bela Filmes Produções Ltda
Cristiano Burlan – nasceu em Porto Alegre em 1975. É diretor de cinema e teatro. Na década de 90 morou em Barcelona, onde dirigiu o grupo de cinema experimental Super-8. Em São Paulo, esteve à frente do grupo de teatro A Fúria. Tem em sua filmografia mais de 15 filmes, entre ficções e documentários. É professor na Academia Internacional de Cinema – AIC, na Escola Superior de Artes Célia Helena e na Universidade do Estado do Amazonas. Seu documentário mais recente, Mataram meu irmão, foi o grande vencedor do É Tudo Verdade 2013, do 40º Festival Sesc de Melhores Filmes e do Prêmio do Governador do Estado de São Paulo. Em 2015, lançou o filme Hamlet nos cinemas. Sua última ficção, Fome, angariou prêmios em diversos festivais, dentre eles o de Melhor Som e Prêmio especial do Júri pela atuação de Jean-Claude Bernardet no Festival de Brasília. Atualmente, lança seu novo filme, Em busca de Borges e realiza a pré-produção de seu novo documentário, Elegia de um Crime, com o qual encerra a sua Trilogia do Luto.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 10 ANOS

SEXO, PREGAÇÕES E POLÍTICA
Direção Aude Chevalier-Beaumel e Michael Gimenez
documentário, 72min, 2016, RJ
O Brasil cria e vende uma imagem de sociedade onde a sexualidade é liberada e a diversidade respeitada. No entanto, este mesmo Brasil se revela um país conservador onde mulheres morrem em decorrência da proibição do aborto e onde há mais assassinatos de homossexuais e transexuais no mundo. Das vítimas até a esfera política, o filme propõe um olhar afiado sobre o paradoxo da liberdade sexual.
Produção executiva Patrizia Landi
Roteiro Aude Chevalier-Beaumel e Michael Gimenez
Fotografia Michael Gimenez e Aude Chevalier-Beaumel
Montagem Michael Gimenez
Som Lucas Ramos
Música original David Eskenazy
Produtora Lucas Filmes
Aude Chevalier-Beaumel e Michael Gimenez – Os diretores Aude Chevalier-Beaumel e Michael Gimenez estudaram juntos na Escola de Belas Artes na França, com especialização em cinema. Aude se instalou no Brasil em 2007, onde realiza documentários sobre temáticas ligadas a direitos humanos. Michael é artista plástico e editor itinerante. No Rio de Janeiro, eles frequentemente juntam talentos e olhares para criar e realizar filmes.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 10 ANOS

Taego Awã. Foto: Vinícius Berger.
Taego Ãwa. Foto: Vinícius Berger.

TAEGO ÃWA
Direção Henrique Borela e Marcela Borela
documentário, 75min, 2016, GO
Cinco fitas VHS encontradas no armário de uma faculdade disparam o desejo desse filme. Anos depois, munidos de mais registros, vamos ao encontro dos Ãwa na Ilha do Bananal. Levamos conosco a memória do desterro ao qual foi exposto o povo Tupi que mais resistiu à colonização no Brasil Central. As imagens foram vistas, sentidas e mais imagens surgiram desse encontro em meio à luta por Taego Ãwa.
Produção executiva Lourival Belém de Oliveira Neto e Marcela Borela
Roteiro Henrique Borela e Marcela Borela
Fotografia Vinícius Berger
Montagem Guile Martins
Som Lourival Belém de Oliveira Neto
Trilha sonora Egildo Vieira
Música original Solo da Terra
Produtora F64 Filmes
Henrique Borela e Marcela Borela – são irmãos. Ele tem 26 anos e nasceu em Goiânia e ela tem 32 e veio pequena pra cidade com a família, que saiu de Araguari-MG. Formado em Ciências Sociais pela UFG, Henrique vive e trabalha em Goiânia, é realizador cinematográfico, pesquisador, curador e produtor cultural. Desde 2006, trabalha com cinema, exercendo diversas funções dentro da cadeia produtiva. Assinou a direção e roteiro de cinco curtas-metragens, entre os quais se destacam: Ainda que se movam os trens, de 2013, e Sob Nossos Pés, 2015, realizados em codireção com Marcela Borela e Vinicius Berger – e Porfírio, também de 2015. Marcela é realizadora audiovisual, pesquisadora, professora, curadora e gestora de projetos cinematográficos. Vive e trabalha na Cidade de Goiás. Antes de formar-se em comunicação social, escolheu o cinema quando participou de um set como figurinista. Desde 2004, reúne experiências em diferentes áreas do audiovisual e realizou cinco curtas como diretora e roteirista, além de um média, Mudernage, exibido na rede pública brasileira de TV, em países da América Latina e na China. Marcela tem especialização em história cultural pela UFG e mestrado em história pela mesma universidade. Foi diretora e curadora do Cine Cultura – Sala Eduardo Benfica, em Goiânia, entre 2011 e 2013. Henrique e Marcela são diretores do Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental, juntamente com Camilla Margarida e Rafael Parrode, evento que é realizado pela Barroca, empresa brasileira de produção independente.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA LIVRE

‘CINEMA AGORA!’

ELES VIERAM E ROUBARAM SUA ALMA
Direção Daniel de Bem
ficção, 77min, 2016, RS
Com uma velha câmera VHS e a ajuda de um amigo que o apoia incondicionalmente, Mateus registra todos os tipos de imagens para um filme caseiro. Com seus 20 e poucos anos e vivendo em um subúrbio industrial, Mateus tenta encontrar alguma ligação entre as coisas que ele filma e as pessoas em sua vida. Um pequeno conto de amizade, impregnado por uma obsessão por registrar imagens.
Elenco Filipe Rossato, Hiozer da Silva, Renato Paredes, Fernanda Feltes, Michele Dallas, Cris Eifler e Daniel de Bem
Produção executiva Alice Castiel, Daiane Marcon, Daniel de Bem e Lucas Cassales
Roteiro Daiane Marcon e Daniel de Bem
Codireção Daiane Marcon
Montagem Daniel de Bem e Germano de Oliveira
Fotografia Daniel de Bem e Filipe Rossato
Desenho de som e mixagem Tiago Bello
Som direto Marcos Lopes da Silva e Ivan Lemos
Trilha sonora Daniel de Bem e Ivan Lemos
Música original Daniel de Bem
Produtora Sofá Verde Filmes e Filmes do Deserto
Daniel de Bem – nascido em Sapucaia do Sul, RS, em 1988, é sócio da produtora Filmes do Deserto e dirigiu os curtas Fantasmas da Cidade e Pele de Concreto. Eles vieram e roubaram sua alma é seu primeiro longa. Busca retratar em seus filmes a cidade industrial onde cresceu e os personagens que nela habitam.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 14 ANOS

NÃO ME FALE SOBRE RECOMEÇOS
Direção Arthur Tuoto
experimental, 70min, 2016, PR
Anotações audiovisuais sobre o indivíduo e o estado. O filme se utiliza das mais variadas formas de material encontrado para conceber um jogo de citações verbais e imagéticas que discorre sobre conceitos históricos de arte, cinema e política a partir de um imperativo da imagem.
Produção executiva Arthur Tuoto
Montagem Arthur Tuoto
Produtora Arthur Tuoto
Arthur Tuoto – nasceu em Curitiba em 1986 e desenvolve uma obra em constante trânsito entre o cinema e as artes visuais. Seus filmes e videoinstalações já integraram mostras de festivais e exposições como Berlinale, Bafici, Videonale, Les Rencontres Internationales, Videoformes, Mostra de Cinema de Tiradentes, Semana dos Realizadores, entre vários outros. Filmes curtos e experimentais foram exibidos no Chile, Espanha, França, Itália, Alemanha e ainda em outros países, além de diversas mostras individuais em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Maceió.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 12 ANOS

OS PÁSSAROS ESTÃO DISTRAÍDOS
Direção Diogo Oliveira e João Vieira Torres
documentário, 70min, 2016, RJ
José Mauro está nervoso com a mudança que se aproxima; ele e Hilda mudarão para uma casa onde tudo será novo depois de 35 anos juntos. Hilda não sabe o que fazer dos objetos que restarão dessa casa que nunca foi realmente sua e de onde José Mauro não sai há 20 anos. Tudo que fica será encaixotado e os colchões velhos serão jogados fora.
Produção executiva Spectre et la fabrique Phantom
Roteiro Diogo Oliveira e João Vieira Torres
Fotografia Camila Freitas
Montagem Diogo Oliveira e João Vieira Torres
Som Thierry Bartomeu
Produtora Diogo Oliveira e João Vieira Torres
Diogo Oliveira – nascido no Rio de Janeiro, atualmente reside em Paris. Após seus primeiros dois curtas, dirigiu em 2013 o curta Peixe, exibido em festivais no Rio de Janeiro, Paris, México e Bósnia. Em 2015, ele dirigiu o curta Impaired senses. Atualmente, desenvolve segundo longa, Playground.
João Vieira Torres – é artista e cineasta franco-brasileiro, nascido em Recife. Vive e trabalha entre o Brasil e a França. Entre alguns dos locais em que sua produção já foi exibida, destacam-se o Lincoln Center, Nova York; FIDMarseille, França; Centre Pompidou, Paris; Museu da Imagem e do Som, SP e Indie Lisboa, Portugal.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA LIVRE

PEDRO OSMAR, PRÁ LIBERDADE QUE SE CONQUISTA
Direção Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
documentário, 76min, 2016, SP
Um manifesto poético-político-musical sobre o multiartista paraibano Pedro Osmar na luta pela liberdade que se conquista.
Produção executiva Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
Fotografia e câmera Rodrigo T. Marques
Som direto Eduardo Consonni
Montagem Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
Direção de produção Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
Direção musical Pedro Osmar
Produção musical Guegué Medeiros e Marcos Alma
Edição de som e mixagem de som Edson Secco
Correção de cor Henrique Reganatti
Supervisor de pós-produção Giba Yamashiro
Pós-produção Zumbi Post
Direção de arte Henrique Martins
Produção de animação Daniel Greco
Animação Felipe Frazão
Trilha sonora Pedro Osmar – Jaguaribe Carne
Fotografia e câmera adicional Pedro Osmar
Produção Paraíba Guegué Medeiros e Bruno Salles
Coprodução Nheengatu Criações Sonoras e Lamparina Rosa
Realização Complô
Eduardo Consonni – é psicólogo e trabalha como documentarista, ceramista e educador. Nos últimos dez anos, atua como artista nas fronteiras entre arte, política e educação. É cofundador e um dos diretores da produtora Complô e desde 2005 vem realizando documentários e desenvolvendo metodologias de ensino, utilizando o audiovisual com foco na investigação do cotidiano como fonte da poética documental.
Rodrigo T. Marques – é montador e trabalha como documentarista e educador na área do audiovisual. Formado em comunicação social pela PUC-SP, atuou como produtor, assistente de direção, montador e produtor de finalização em publicidade entre 2001 e 2013. É cofundador e um dos diretores da produtora Complô. Coordenou o curso de documentários Observatório.doc no Museu de Arte Moderna de São Paulo de 2010 a 2016. Realizou os filmes Carregador 1118 (2015); Sobrado (2013); Desacerto (2011) e Flores em vida (2008).
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 10 ANOS

RECADO PRO MUNDÃO
Direção Diogo Noventa
documentário, 90min, 2016, SP
Meninos e meninas que se encontram privados de liberdade na Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), em São Paulo, enviam recados para quem está do outro lado da câmera. Após os recados, são entrevistados pelo diretor Diogo Noventa; nas conversas estabelecidas, o tom de reflexão revela temas como vida e morte, cultura, relações familiares e violência.
Produção executiva Manfrini Fabretti
Roteiro Diogo Noventa
Fotografia André Moncaio
Montagem Marcelo Berg
Som Bruno Palazzo
Direção de arte Valter Mendes
Cenografia José Toro-Moreno
Produtora Filmes de Abril Produções Audiovisuais Ltda.
Diogo Noventa – cineasta e diretor teatral. Nasceu em 1980, na periferia sul da cidade de São Paulo. Mestre em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), formado em audiovisual com especialização em comunicação e educação. Fundador e diretor da Companhia Estudo de Cena, grupo de cinema e teatro, onde escreveu e dirigiu cinco filmes de curta e média-metragem, em que se destacam os títulos: Estudo de Cena: o capital e a religião (2006) e Fulero circo (2010). Em teatro, escreveu e dirigiu as peças Fulero Circo, A farsa da justiça e Guerras desconhecidas. Dirigiu programas de TV e documentários, como: Ensaio sobre a crise, para a TV Brasil em 2009, adaptação da peça Café, de Mário de Andrade; Exercício de narrar, para a TV Futura, 2012, e o documentário Nhamandú Mirim, 2012. É consultor da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo na área de cinema e educação e é professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), na disciplina Direção. Recado para o mundão, longa de estreia, é a continuidade da pesquisa sobre a Fundação CASA.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 12 ANOS