O Festival de Arte Efêmera abre com Damien Francis Wagner e o coletivo O Grivo em homenagem multimídia à Dulcina de Moraes.

Obra do coletivo O Grivo - Divulgação

Festival de Arte Efêmera produzido pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes com o apoio do Ministério da Cultura traz 30 artistas locais com apresentações que tem o objetivo de recuperar, no Setor de Diversões Sul, seu papel na irradiação da cultura na cidade.

Projeto super bem vindo que reafirma a real função deste setor e sua importância e localização central, que possibilita acesso amplo a toda a comunidade brasiliense mas que infelizmente sofre de sucessivas perdas e depreciações de seus espaços dedicados à arte.

Para abrir o Festival de Arte Efêmera , o artista multimídia americano Damian Francis Wagner e grupo mineiro O Grivo fazem uma grande e exclusiva homenagem à Dulcina de Moraes. Nada mais apropriado do que utilizar a própria faculdade fundada pela grande dama do teatro brasileiro para realizar este evento que funde linguagens e povos.

O “DOM – Música + Performance + Arte” será um tributo que envolve música, sound design, performances, teatro, pintura e outros impactos sensoriais onde os artistas usarão as vozes da própria platéia, entre outros instrumentos não convencionais, para criar uma experiência única que promete capturar os sentidos de quem assistir.

No dia 27 de maio às 19 horas, o Teatro Dulcina recebe DOM em grande estilo e com entrada franca.

Após a performance Damian ministrará uma palestra aos estudantes de arte e ao público em geral.

Sobre Damian

É um artista evolucionário, diferenciado e multidimensional para o século XXI. Ele trabalha com uma variedade extensiva de meios: pintura, escultura, vídeo, composição de música e projeto sonoros. Sua paleta sonora utiliza elementos elétricos, acústicos e modificados e cria instrumentos dos materiais reciclados e objetos que encontra. Sua visão artística cria experiências poderosas que não somente inspira, ilumina e acopla seus sentidos em níveis múltiplos. É comprometido com o ambiente e utiliza conscientemente a sustentabilidade durante a criação de seu trabalho.

Entre seus trabalhos como produtor musical destacam-se o Grammy recebido por Madonna em 1999, uma das faixas do disco do filme “Blade”, remixes de Morrissey e New Order. E, também, a criação da música para o lançamento de um novo perfume da famosa casa Gucci.

Trabalhou com o artista inglês Doug Aitken em várias instalações, algumas pertencentes a coleção permanente do MOMA, em Nova Iorque. Como um artista solo, Damian performou ao vivo no London’s ICA e no Getty Museaum, em Los Angeles.

Foi convidado também por Doug Aitken a realizar no Brasil, no Instituto Inhotim – MG um projeto original: um delicado sistema de engenharia de som, capaz de capturar as vibrações em tempo real e tons do centro do núcleo da terra.

Sobre O Grivo

Formado pelos músicos mineiros Nelson Soares (percussionista e compositor) e Marcos Moreira (violonista e compositor), o grupo instrumental foi fundado em 1990 e vem se tornando referência em concertos, instalações e performances musicais, além de trilhas para espetáculos, especialmente na área da dança, videoarte e cinema.

Entre suas trilhas de destaque estão: Otto, direção de Lucas Bambozzi e Cao Guimarães; If, direção de Ageo Simões e Marcus Vinícius (2º lugar no Festival de Vídeo, na Suíça, em 1999); O fim do sem fim, direção de Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Roberto Magalhães (Prêmio GNT Renovação de Linguagem no É tudo Verdade); Histórias do Não Ver, direção de Cao Guimarães; Ajuntamento, de Thembi Rosa; Plano Seqüência, direção de Patrícia Moram. Dentre as performances destacam-se Música precária e Invenções Sonoras; e Hidalgo Cautivará tus sentidos e 14 x 32.

Sobre a Faculdade Dulcina

Dulcina de Moraes (1908-1996)

Dulcina de Moraes foi uma brasileira à frente de seu tempo, capaz de influenciar três gerações de artistas de teatro e iniciar um projeto voltado para a formação e a profissionalização do artista brasileiro. Atriz, diretora, produtora de espetáculos, professora de artes cênicas, foi considerada pela crítica como a mais importante intérprete teatral brasileira no Século XX.

Nos anos 70, influenciada pelo presidente Juscelino Kubitscheck, mudou-se para Brasília, transferindo a sede da Fundação Brasileira de Teatro para a cidade. Construiu, com projeto de Oscar Niemeyer, o novo Teatro Dulcina e uma das primeiras faculdades de artes efetivamente autorizadas e reconhecidas no país. Resultado desse empenho, a Faculdade Dulcina tornou-se responsável pela formação de milhares de artistas e arte-educadores na região Centro-Oeste e em todo o Brasil. Para ela, a vocação de Brasília era de ser o grande pólo de cultura do país. Mostra da importância de sua obra para a cidade, em 2008, o governo do Distrito Federal assinou o tombamento do Teatro Dulcina e dos acervos fotográficos, cênico e de textos da atriz como Patrimônio Cultural do DF. Além disso, por meio de decreto, dedicou o ano à grande dama do teatro brasileiro.

Os valores e exemplos deixados por Dulcina, que soube acompanhar a mudança das artes cênicas dos tempos tradicionais para a modernidade, alimentam e norteiam as ações da Faculdade que leva seu nome e  tem por missão oferecer  ensino de  excelência que estimule a criação, a produção e a difusão de conhecimento por meio da cultura, das artes, da comunicação e suas tecnologias, fundamentado numa visão humanista, na ética e no respeito à diversidade.

Hoje a faculdade oferece cursos de Graduação em Licenciatura e Bacharelado em Artes Cênicas e Licenciatura em Artes Visuais e na Pós-Graduação, os cursos de Direção Teatral e História das Artes Visuais.

Serviço:

DOM – Música + Performance + Arte
Data: 27 de maio de 2010
Local: Teatro Dulcina – SDS Edifício FBT nº 30 (Conic)
Horário: 19h (Entrada franca)
Censura: Livre
Retire seu ingresso, na bilheteria do Teatro, no dia do evento à partir das 12 horas