Festival Matrizes chega ao Riacho Fundo com Jongo, Maracatu, Coco, Ciranda, Tambor de Crioula e Samba de Roda.

26 e 27 de maio.

Jongo da Serrinha.

O Festival Matrizes ocupa o Riacho Fundo I neste fim de semana (26 e 27 de maio) e promove um rico encontro entre grupos de cultura tradicional por meio da música e manifestações populares. A programação traz doze apresentações musicais, duas oficinas, uma roda de saberes, lançamento de livro e feira de artesanato e gastronomia afro e indígena.

Bule Bule. Foto: Eric Machado.

Jongo, Maracatu, Coco, Ciranda, Tambor de Crioula, Samba de Roda, ritmos que surgiram a partir da confluência das matrizes indígenas, africanas e lusitanas, serão contemplados pelo projeto nesta primeira edição.

Tambor de Criola de Seu Teodoro.

As manifestações culturais trazidas pelos pioneiros fizeram de Brasília a terra da diversidade, da multiculturalidade, onde tradição e modernidade caminham juntas desde sua criação. Pensando nessa vocação da cidade, o Festival Matrizes promoverá o encontro entre grupos de cultura tradicional e popular e propõe, a partir dessa iniciativa, fortalecer raízes culturais, sem deixar de ressaltar o dinamismo da cultura brasileira.

Nãnan Matos. Foto: Patrícia Soransso.

O evento contará com a participação de vários grupos e artistas do DF, como: Jongo do Cerrado, Tambor de Crioula do Seu Teodoro, Thabata Lorena, Nãnan Matos, Martinha do Coco, Samba do Formigueiro, Grito de Liberdade, Filhos de Oyá e Alberto Salgado e de outros estados: Jongo da Serrinha (RJ), Mariana Macuxi (RR), Bule Bule (BA) e Adiel Luna (PE).

Jongo do Cerrado. Foto: Sharia Ribeiro.

Programação:

26 de maio (sábado):

10:00 – Oficina Jongo da Serrinha
13:00 – Jongo do cerrado
15:00 – Roda de Saberes
17:00 – Capoeira Grito de Liberdade
18:00 – Martinha do Coco
19:30 – Alberto Salgado
20:40 – Nãnan Matos
22:00 – Jongo da Serrinha

Adiel Luna. Foto: Andrea Rego Barros.

27 de maio (domingo):

10:00 – Oficina de Coco
13:00 – Samba do Formigueiro
15:00 – Lançamento: Livro Orixás em Cordel do Mestre Bule Bule
17:00 – Tambor de Crioula do Seu Teodoro
18:00 – Mariana Macuxi
19:00 – Filhas de Oyá
20:00 – Thabata Lorena
21:00 – Bule Bule e Adiel Luna

Thábata. Foto: Luis Ferreira.

Oficina Mangaio de Versos – A Poética e a Oralidade Nordestina como ferramenta de composição que, na verdade, é uma extensão do seu trabalho de palco, Adiel Luna convida o público a fazer uma imersão na geografia dessas manifestações e nos aspectos da oralidade que as distingue e une – Coco, Repente, Aboio, Toadas, Cavalo Marinho, Ciranda e Maracatu de Baque Solto. Com o pandeiro e a viola no colo, ora trabalhando o contexto teórico, ora mostrando o contexto prático, Adiel passeia por essas variantes fazendo uma costura entre elas, levando ao público uma vivência bastante dinâmica e brincando com a pisada de terreiro, com a métrica da poesia popular e o verso de improviso.

Oficina de Jongo – Além de trabalhar o ritual do Jongo, permitindo que os participantes vivenciem cantos, dança e toques, as oficinas têm o objetivo de falar sobre a origem do Jongo, de seu processo de resistência cultural e de sua importância histórica para os dias de hoje, como patrimônio histórico imaterial. O “Jongo da Serrinha” tem um centro cultural que realiza atividades de ensino e exibição do Jongo. Este ritmo afro-brasileiro, considerado um dos ancestrais do samba, é praticado em rodas de dança de umbigada.

Roda de Saberes – Com Tia Maria do Jongo da Serrinha, Lazir do Jongo da Serrinha, Bule Bule, Adiel Luna e Mariana Macuxi. Mediação de Marcelo Manzatti (Cientista social pela USP e mestre em antropologia pela PUC/SP, onde defendeu dissertação sobre o Samba de Bumbo ou Samba Rural Paulista).

Lançamento do livro “Orixás em Cordel” – Dois elementos de extrema importância simbólica para a cultura brasileira – a literatura de cordel e o panteão africano, com tudo o que representam para a Bahia e o Nordeste – se encontram no livro “Bule-Bule – Orixás em Cordel”. De autoria do mestre da cultura popular nordestina, Antônio Ribeiro da Conceição, artisticamente conhecido como Bule-Bule. Reconhecido como o maior repentista da Bahia, Bule-Bule, que também se destaca como cordelista com mais de 100 títulos publicados, revela que a escolha do tema se deu ao perceber que a literatura de cordel sempre tratou as religiões de matriz africana de maneira cômica.

Livro “Orixás em Cordel”.

Serviço: Festival Matrizes – festa ancestral
Datas: 26 e 27 de maio (sábado e domingo)
Local: Estacionamento da QN 5/7 do Riacho Fundo I
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.