1º Festival Frente Feminina de Teatro apresenta espetáculos dirigidos por mulheres.

19 a 24, 30 e 31 de março.

AB Reação. Divulgação.

Idealizado pelas atrizes Anna Marques, Catarina Accioly e Larissa Mauro, o Festival Frente Feminina de Teatro (FFF) nasce para dar protagonismo às artistas mulheres nas produções teatrais do DF. A programação liderada e protagonizada por mulheres de Brasília foi pensada para propagar o empoderamento feminino, além de fortalecer e estimular o teatro produzido na capital Federal. As atividades acontecerão no Teatro SESC Garagem (913 sul), de 19 a 24 de março.

A programação é formada por seis espetáculos de diferentes linguagens (drama, multimídia, cabaré clownesco, performance musical e um espetáculo infantil), um concurso de esquetes, batalha de danças urbanas, roda de conversa sobre a produção cênica local e o workshop do grupo LTC – Laboratório Transdisciplinar de Cenografia, coordenado pela Dra. Sonia Paiva. Esse workshop foi selecionado para a Quadrienal de Praga 2019 e será ministrado em junho na República Tcheca como representação brasileira.

A abertura do FFF terá uma competição de cenas curtas concebidas e executadas por mulheres. O concurso de esquetes teatrais terá como jurada as atrizes, diretoras e arte-educadoras Adriana Lodi, Giselle Rodrigues e Kamala Ramers, que são referências na construção da trajetória do teatro brasiliense contemporâneo, tanto no fazer quanto na luta persistente de políticas públicas para a classe artística do DF e do Brasil. Serão selecionadas seis esquetes via edital para a competição. A esquete vencedora terá premiação em dinheiro, para estimular novas produções, além de um troféu estilizado por uma artista plástica brasiliense.

A programação inclui também a batalha de danças urbanas, atividade artística que acontece, em sua maioria, nas periferias do DF. Com a coordenação da dançarina de break, palhaça e produtora cultural Júlia Maia, a competição visa democratizar o acesso das artistas da periferia ao circuito artístico-teatral do Plano Piloto. Além da troca de linguagem entre dança e teatro, a presença dessas artistas no Festival fortalece a identidade cultural da cidade e enriquece o nível artístico deste encontro feminino. A vencedora também receberá um troféu estilizado.

Obscena. Foto: Thiago Sabino.

Programação:

FFF – Festival Frente Feminina – Primeira Edição
Espetáculos
Ingressos R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Local: Teatro Sesc Garagem – 913 Sul

19 de março (Terça-feira)

Concurso de Esquetes
Juradas: Adriana Lodi, Giselle Rodrigues e Kamala Ramers
Horário: 20h
Classificação indicativa: livre

20 de março (Quarta-feira)

Ab-reação
Direção: Bruna Martini
Horário: 20h
Classificação indicativa: Livre

21 de março (Quinta-feira)

Performance Manifesto Trav(ECO) – Ciborgue
Direção, concepção e atuação: Maria Léo Araruna
Horário: 19h30

22 de março (Sexta-feira)

Cabaré da Nega
Direção: Ana Luiza Bellacosta
Horário: 20h
Classificação indicativa: 12 anos

Batalha de danças urbanas
Horário: 21h
Classificação indicativa: livre

23 de março (Sábado)

Performance Manifesto Trav(ECO) – Ciborgue
Direção,concepção e atuação: Maria Léo Araruna
Horário: 19h30

Isso também passará antes que eu morra
Direção: Marcia Regina
Horário: 20h
Classificação indicativa: 16 anos

24 de março (Domingo)

João, Joãozinho, Joãozito
Direção: Ana Flavia Garcia
Horário: 11h
Classificação indicativa: livre (espetáculo infantil)

Premiação da competição de cenas curtas
Horário: 20h

Performance Musical de encerramento
Lavanderia Bailarina
Direção: Miriam Virna
Horário: 20h30
Classificação indicativa: Livre

Atividades formativas gratuitas
Local: Espaço Cultural Renato Russo – 508 sul

23 de março (Sábado)

Workshop LTC – Laboratório Transdisciplinar de Cenografia
Ministrante: Sonia Paiva
Horário: 13h às 17h
12 vagas
Inscrições pelo e-mail ltcunb@gmail.com

24 de março (Domingo)

Roda de conversa Artistas mulheres no mercado de trabalho do DF – Teatro, audiovisual e publicidade
Horário: 14h às 18h
Sala Marco Antônio Guimarães

Programação estendida
Ingressos R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Local: Espaço Cultural Renato Russo – 508 sul

30 de março (sábado)

Obscena
Direção: Catarina Accioly
Horário: 20h
Classificação indicativa: 16 anos

31 de março (Domingo)

Obscena
Direção: Catarina Accioly
Horário: 19h
Classificação indicativa: 16 anos

Sinopses dos espetáculos

Ab-reação – Em formato de show performativo, o espetáculo conta a história de quatro adolescentes que querem formar uma banda de punk vegetariano, reivindicando sua verdade de discurso no mundo. As quatro músicas autorais da montagem dialogam com cenas sobre relação mãe-filha, depressão e suicídio na adolescência, sendo indicado para os mais diferentes públicos, por tocar em questões comuns de cada adolescência.
Direção: Bruna Martini
Assistente de direção: Kamala Ramers
Elenco: Anna Marques, Bruna Martini,Luciana Matias, Lorena Aloli, Pedro Mazzepas
Direção musical: Bruna Martini e Pedro Mazzepas
Direção de arte: Julia Wolf
Iluminação: Luisa L’Abbate
Produção: Anna Marques e Ana Sofia Macassi
Operador e técnico de som: Arnold Gules

Manifesto Trav(ECO) – Ciborgue – Apresentada pela travesti Maria Léo Araruna, trata sobre como o mito da criatura ciborgueana – que habita entre o orgânico e o tecnológico – pode servir de paradigma para compreender a construção e os processos de socialização do corpo transfeminino. A apresentação propõe encarar a travesti enquanto uma figura mitológica, pois se acredita que a narrativa ficcional é capaz de constituir uma outra gramática sobre os contextos e relações em que ocorre a violência transfóbica.
Direção, concepção, atuação: Maria Léo Araruna

Obscena – Baseada na obra A Obscena Senhora D de Hilda Hilst. Em busca do sentido das coisas, Catarina vive em Obscena fusões entre atriz e a personagem, a escritora e a diretora, o audiovisual e a cena teatral, numa trajetória simbólica em busca de respostas para o estar vivo e presente no aqui e agora, povoada por memórias e o futuro incerto,
Livremente adaptado da obra A Obscena Senhora D de Hilda Hilst
Direção: Catarina Accioly
Supervisão: Miriam Virna

Cabaré da Nega – Um grupo de palhaços e uma banda se juntaram para um grande espetáculo! Sinfonia de besteiras, afinadas em rir sem dó! Um cabaré irreverente, excêntrico, desconhecido internacionalmente, para toda a família, orquestrado pela maestra Madame Froda.
Direção: Ana Luiza Bellacosta
Elenco: Ana Luiza Bellacosta, Lelê Marins, Guilherme Carvalho e Elisa Carneiro
Banda: Família Ferrari

Isso também passará antes que eu morra – Da companhia brasiliense víÇeras, tem como base vivências e depoimentos reais das atrizes em cena e no vídeo. A descoberta de si e do outro, e o feminino são abordados na dramaturgia. O “beijo”, a “estrada”, a “baleia”, o “café” são alguns dos elementos poéticos que conduzem o encontro das atrizes no palco e no vídeo. Mulheres que, ao serem espelhos umas das outras, também refletem a si mesmas, reais ou virtuais, duplicadas, multiplicadas, ou mesmo sozinhas.
Idealização e direção: Marcia Regina
Elenco de palco: Aila Beatriz, Luênia Guedes, Deborah Alessandra e Luciana Matias
Mães: Luiza Lúcia, Maria do Perpétuo Socorro Learth Cunha, Olga Maria Lana da Costa, Neide Ferreira de Sousa Varjão, Angela Maria Alves, Maria das Graças, Ana Soares Oliveira e Maria Olinda Caetano Matias.
Dramaturgia: Marcia Regina e atrizes
Elenco de vídeo: Tatiana Bittar, Luara Learth, Raquel Ferreira, Karine Ribeiro e Maria Eduarda
Direção de vídeo do espetáculo: Marcia Regina
Videomapping: Mari Mira
Direção de arte: Maíra Geraldo
Direção musical: Letícia Fialho
Iluminação: Ramon Lima
Arte gráfica: Roberto Dagô
Vídeos do espetáculo: Marcia Regina e Roberto Dagô
Fotografia still, direção de fotografia do teaser e edição: Thais Mallon
Direção cinematográfica e de fotografia do documentário: Marcia Regina
Direção de fotografia e edição do documentário: Gustavo Letruta
Trilha sonora do teaser: Joe Silhueta – Café amargo

Batalha de danças
Júlia Maia
Júlia Maia é bgirl (mulher que dança breaking) e artista circense herdeira da palhaçaria, filha do mestre palhaço Mandioca Frita, faz parte da “Trupe Raiz do Circo” e “As Desempregadas” desde sua formação. Conhecida como bgirl Maia conheceu o Breaking em 2010 e desde então vêm dançando e participando de apresentações, performances, oficinas e campeonatos pelo DF, GO, SP, RS, SC, RJ e MG.

João Joãozinho Joãozito – É uma peça de teatro bem assim: Era uma vez um menino que de vez em quando virava dois. Era uma vez dois meninos que às vezes viravam bois. Viviam num pasto bonito e chuvoso que poderia ser uma vendinha ou um circo. Eles viviam aventuras com seus amigos cachorros, formigas, ventinhos, vaga-lumes e livros…
Inspirado na obra homônima de Claudio Fragata
Direção e Dramaturgia: Ana Flávia Garcia
Elenco: Marilia Cunha e Nadja Dulci
Direção Musical: Ana Flávia García
Trilha Sonora: Lucas Ferrari
Música Original: Ana Flávia Garcia e Alessandro Lustosa
Cenografia: Jonathan Andrade
Figurino: Vanderlei Costa
Iluminação: Ana Quintas

Workshop Desenhos Narrativos – LTC – O workshop é um convite a um universo sinestésico. O trabalho propõe uma imersão nos estudos do artista Kandinsky e na Etnomatemática da tradição sona de Angola, misturados à magia e tecnologia das projeções, desenhos de luz e som autoral. Idealizado e produzido pela artista e doutora Sônia Paiva com sua equipe de estudantes e profissionais do Laboratório Transdisciplinar de Cenografia (LTC) da Universidade de Brasília (UnB), o workshop integra a programação especial do maior evento de cenografia do mundo, a Quadrienal de Praga, que acontece na República Tcheca, em junho deste ano. Esse é o terceiro projeto apresentado pelo grupo no festival.