Festival Internacional de Linguagem Eletrônica traz experiências interativas ao CCBB.

“Shrink”. Lawrence Maistaf. Divulgação.

Brasília recebe a mostra do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica pela primeira vez. O maior evento de arte e tecnologia da América Latina aporta no CCBB de 12 de outubro e 11 de dezembro. O FILE teve sua primeira edição em 2000. Neste ano passou por São Paulo e agora chega a Brasília para depois seguir para os CCBBs de Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

“Polymorf”. Marcel Van Brakel & Frederik Duerinck.

O Festival traz exposições coletivas que mostram a diversidade de expressões da arte eletrônica com uma visão abrangente da produção de cada período em diferentes países. A ideia é levar o público para além da tradicional apreciação das obras através da interação com a arte eletrônica. Os visitantes são levados a tocar, pular, balançar, imergir, jogar e brincar com a instalação.

“The Garden of Emoji Delights”. Carla Gannis.

O recorte que vem para Brasília é a mostra Disruptiva, onde se experimenta ser embalado a vácuo, mudar de cabeça e balançar em um mundo real e virtual ao mesmo tempo. As obras se agrupam em quatro eixos que representam um conjunto de novos comportamentos: corpo vivencial, corpo cinético, corpo virtual e corpo lúdico.

“The Physical Mind” de Teun Vonk.

No Pavilhão de Vidro do CCBB, por exemplo, Corpo Vivencial apresenta seis trabalhos que propõem novas sensações e percepções. Dois deles vão, literalmente, transportar o visitante para dentro da arte. Shrink, de Lawrence Malstaf, embala a plateia a vácuo entre duas folhas de plástico transparente e deixa-a verticalmente suspensa. Physical Mind, de Teun Vonk, deita os participantes entre dois objetos infláveis, que os ergue do chão e os espreme suavemente.

“Swing” de Christin Marczinzik & Thi Binh Minh Nguyen.

Na Galeria 2, Corpo Cinético traz cinco obras que abordam a relação entre movimento real e movimento digital; movimento físico e movimento sonoro; movimento físico e movimento lúdico. Em Swing, de Christin Marczinzik e Thi Binh Minh Nguyen, por sua vez, o público se senta em um balanço usando óculos 3D que interagem com a intensidade do balançar, sendo levado em um voo por um mundo de maravilhas.

“Little Boxes” de Bedo M Santiago.

Na Galeria 1, Corpo Virtual é composto por nove instalações que sugerem a interatividade; a imersão digital; selfies; a emoção real e virtual. Em Little Boxes, de Bego Santiago, é a plateia que vai movimentar a obra: pessoas minúsculas projetadas em caixas de madeira ficam apavoradas com a presença dos visitantes que entram na sala: gritam, fogem e se escondem. E em To Reverse Yourself, de Bohyun Yoon, um espelho autônomo cria uma imagem híbrida de dois espectadores, combinando o corpo de um com o rosto de outro – e vice-versa.

“To Reverse Yourself” de Bohyun Yoon.

No subsolo, Corpo Lúdico abre a possibilidade do jogo, da imersão, da conexão e da ludicidade, com um dos destaques neste setor: Dear Angelica, de Oculus Story Studio, um filme de realidade virtual, ilustrado à mão, que leva o público a navegar entre desenhos gigantescos, em uma narrativa espetacular cheia de memórias de uma adolecente.

“Dear Angelica”. Oculus Story Studio.

Serviço: FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
Abertura: 12 de outubro (haverá palestra aberta ao público)
Visitação: De 12 de outubro a 11 de dezembro
Funcionamento: terça a domingo, das 9 às 21 horas
Local: CCBB (SCES, Trecho 02, lote 22)
Informações: (61) 3108 7600
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.