Concerto gratuito celebra o Flamenco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

David Carmona. Foto: Javier Algarra. Divulgação.

O flamenco foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 16 de novembro de 2010, fato que só contribuiu para que esta bela arte floresça ainda mais. O primeiro aniversário da declaração não poderia passar em branco, logo o Instituto Cervantes e o Instituto Andaluz do Flamenco fizeram uma parceria para apresentar cinco espetáculos de flamenco em cinco continentes.

Brasília recebe imperdível concerto de David Carmona, com participação especial da dançarina espanhola Patricia Guerrero, a se realizar no dia 16 de novembro (quarta) às 20 horas na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, com entrada franca mediante doação de alimentos não perecíveis para a Associação dos Catadores de Lixo do DF – COOPATIVA.

David Carmona pertence a uma família granadina cigana, na qual o flamenco constitui seu natural meio de expressão, se manifestando em situações cotidianas e nos acontecimentos mais importantes e íntimos de vida familiar. Trata-se da dinastia dos Fernández de Íllora, a qual pertence o guitarrista Guillermo Fernández e os cantores Evangelino Fernández ‘El Rubio’, José de Íllora, Isabel Fernández, Carmela Fernández ou, já em um âmbito mais profissional, ‘Morenito de Íllora, ‘El Moreno’ (pai de Diego ‘El Cigala’) e o mais antigo de todos, Ramón de Loja.

O Concerto é o resultado de vários  anos de trabalho no terreno da composição, investigando conceitos e buscando novos caminhos, sem abandonar os princípios musicais e comportamentos que o músico deve levar em conta quando adentrar esse mundo tão complexo que é o flamenco.

David Carmona, discípulo privilegiado de Manolo Sanlúcar  (uma das personalidades mais importantes da história do flamenco)  levou a cabo este trabalho construindo os temas  em que se articula o concerto, seguindo as pautas  que caracterizam a escola do maestro Sanlúcar: originalidade, seriedade na investigação e autenticidade.

O resultado é um concerto totalmente diferente que não perde suas raízes e a cadência de uma música que caracteriza o flamenco e Andaluzia.

Os temas do concerto, de raiz tradicional,  identificam  claramente sua origem, ao mesmo tempo, uma harmonização não comum no flamenco dá como resultado sons  que caracterizam David Carmona e que lhe fazem diferente. Conta com a participação especial da dançarina Patrícia Guerrero que dançou nos maiores tablados flamencos da Espanha.

David Carmona começou a tocar violão com sete anos; com doze gravou seu primeiro disco, Tratante (Hispamusic, 1997), como resultado de ser premiado no programa do Canal Sur “Veo-Veo”, apresentado por Teresa Rabal, no qual esteve acompanhado por cantores de primeira linha (Juana la del Revuelo, Potito, Nene de Santa Fe…).

Sua presença musical em festivais e concursos sempre foi destacada. Em 2002 atuou no ciclo “Los veranos del Corral” e em 2003 no Festival Internacional de Música e Dança de Granada. Depois de uma densa trajetória, em 2009 ganha o XXIII Certame Internacional de Guitarra Flamenca no Concerto de Jerez, no Teatro Villamarta, organizado pelo Baile Flamenco Los Cernícalos e o Prêmio Música Original para Dança no XVIII Certame de Coreografia de Dança Espanhola e Flamenco de Madri. Nestes anos tem emprestado seu violão para o canto de Esperança Fernández, Diego ‘El Cigala’, Antonio Campos ou ‘Morenito de Íllora’ e para dançarinos como Antonio Canales, Fuensanta ‘La Moneta’ ou Patricia Guerrero. Desde 2005 faz parte do grupo de Manolo Sanlúcar como segundo guitarrista, quem diz que ele é filho adotivo, seu único herdeiro, é o referente do futuro no violão. Neste papel de segunda guitarra estreou junto ao maestro as obras que a continuação se resenham: Bienal de Sevilla, 2008. Gala Inaugural-Homenagem a Manolo Sanlúcar, “Tu oído es más viejo que tu abuelo”, Bienal de Sevilla, 2008. Baldomero Resendi, “La voz del Color” e Teatro Maestranza de Sevilla, 2009, com a Orquestra de Córdoba, “Música para Ocho Monumentos.

Patricia Guerrero é formada no Centro de Estudos Flamencos de Mario Maya, a cuja companhia se incorporou rapidamente.  No ano 2005 ganha o Concurso de Arte Flamenca “Ciudad de Ubrique” e em 2007 o prêmio ” El Desplante” no Festival do Canto das Minas, a partir do qual se inicia sua projeção internacional participando em importantes festivais.

Durante 2009 voltou a fazer parte da companhia que realizou a homenagem a Mario Maya recorrendo os teatros e festivais mais importantes da Espanha. Neste mesmo ano viajou para apresentar seu espetáculo “Desde el Albayzin” em várias cidades Européias. Dançou nos mais prestigiosos tablados flamencos, destacando “El Cordobés” em Barcelona, “Los Gallos” em Sevilla.

Em 2010 trabalha como solista no espetáculo de Carlos Saura, “Flamenco hoy”, em distintas cidades da Espanha e parte do estrangeiro. Neste mesmo ano entra na companhia de Rubén Olmo com o espetáculo “Tranquilo alboroto” participando dos principais festivais flamencos. No novo filme de Carlos Saura “Flamenco, flamenco” dança por Guajira junto aos coreógrafos e bailarinos Nani Paños e Rafael Estévez.

Programa:

Taranta

Soleá

Motivo Impertinente

Alegrías

Bulerías

Fandangos de Huelva

Tangos

Bulerías por Soleá,  (com a colaboração da dançarina: Patricia Guerrero).

Ficha Artística:

Violão e composição musical

David Carmona

Vocal

Carmen Molina

Dança (colaboração especial)

Patricia Guerrero

Percussão:

Agustin  Diassera

Serviço: David Carmona em Concerto – Comemoração do Flamenco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Data: 16 de novembro de 2011 (quarta) às 20 horas

Local: Sala Villa Lobos do Teatro Nacional

Entrada: 1kg de alimento não perecível

Retire seu ingresso na bilheteria do Teatro Nacional exclusivamente nos dias 15 e 16/11. O alimento deve ser entregue no horário do espetáculo.