A Flipiri movimentou Pirenópolis no fim de semana.

De 18 a 20 de novembro.

8ª Flipiri no Theatro Sebastião Pompeu de Pina. Fotos: Ana Póvoas. Divulgação.
8ª Flipiri no Theatro Sebastião Pompeu de Pina. Fotos: Ana Póvoas. Divulgação.

Uma linda cerimônia de abertura para a Festa Literária que, com grande sucesso, atinge seu principal objetivo, “o de formar novos leitores”, segundo a curadora e idealizadora da Flipiri, Íris Borges.

A noite teve como mestres de cerimônia duas jovens alunas, de 11 e 12 anos, da rede de ensino de Pirenópolis. Meninas que passearam com maestria entre belas palavras e parágrafos elaborados. Toda graça e desenvoltura destas duas jovens são a prova de que as ações de formação de novos leitores da Flipiri já exibe seus belos frutos. Em discurso redigido por elas mesmas, fizeram um balanço de suas experiências dentro da Flipiri e deram as boas-vindas aos presentes, que lotaram o Theatro Sebastião Pompeu de Pina, no coração do Centro Histórico de Pirenópolis. Mais do que o encontro com o mágico universo da literatura, as alunas destacaram as oportunidades de conhecerem os autores livros que leram. Obras literárias que só chegaram às suas mãos, assim como nas de todos os alunos de Pirenópolis e Povoados, graças às ações e atividades de fomento à leitura do programa Flipiri Itinerante.

Íris Borges, Nurit Bensusan, Ziraldo e Nivaldo de Melo.
Íris Borges, Nurit Bensusan, Ziraldo e Nivaldo de Melo.

Compuseram a mesa de abertura Íris Borges, idealizadora e curadora da Festa, o Prefeito de Pirenópolis, Nivaldo de Melo e os escritores Ziraldo e Nurit Bensusan.

Poética e quase como uma contação de histórias a fala de Íris Borges, que também é autora de uma série de livros infantis, traçou um histórico dos temas que nortearam as edições passadas da Festa, que foram Festas Populares, Cinema, Poesia, Música, Imagem, Viagem e Afeto, todos alinhados a vertentes da literatura. “A escolha destes temas que teve como inspiração as belezas locais, os pirenopolinos e aqueles que escolheram a região como sua morada, assim como as raízes desta linda região”, pontuou Íris em sua fala.

Pela dedicação e acolhida de Nivaldo de Melo, prefeito de Pirenópolis ao longo das 8 Edições da Festa, Íris Borges entregou a ele uma placa comemorativa, “esta é para eternizar nossa gratidão”, disse, e falou ainda da importância do envolvimento das secretarias e Educação e de Cultura em todas as Flipiri. E concluiu sua apresentação agradecendo a hospitalidade da cidade, com suas delícias gastronômicas e seus belos prédios históricos e, citando fala recorrente do prefeito, torce “com força, fé e foco” para que outras novas edições da Festa aconteçam com o mesmo sucesso.

Íris Borges, Nurit Bensusan e Ziraldo.
Íris Borges, Nurit Bensusan e Ziraldo.

Por sua vez, o Sr. Nivaldo de Melo destacou a importância da realização da Flipiri para o município, “era festa que faltava em nossa cidade, uma região de festivais e folias, mas que faltava um evento para a literatura”. E como símbolo de gratidão e reconhecimento a todo o esforço e dedicação dos professores, diretores e coordenadores das escolas de Pirenópolis, Nivaldo entregou a cada um deles um álbum de fotos, de autoria de Ana Póvoas, fotografa oficial da Festa desde sua primeira edição, em encadernação de capa dura, com um extenso registro fotográfico, que traz os momentos importantes da Flipiri Itinerante.

Íris Borges, Ziraldo e Nurit Bensusan.
Íris Borges, Ziraldo e Nurit Bensusan.

O encantamento da noite esteve na fala do celebrado escritor Ziraldo, o homenageado desta 8ª Edição da Flipiri, que logo de início surpreende o teatro lotado ao comentar que Pirenópolis está presente em sua memória desde criança. Quando aos 11 anos descobriu a cidade e seus grandes eventos históricos como As Cavalhadas. No entanto, esta foi sua primeira vez na cidade e contou estar “fascinado, é a cidade mais bonitinha do Brasil, e digo ‘inha’, com ternura e afeto”. Sobre qualquer preconceito com o sufixo ‘inha’, Ziraldo alerta, “Sabiam que só no Brasil temos ‘grama verdinha’ e ‘céu azulzinho’”. Em discurso olho no olho com todos os presentes, o escritor disse “A cidade merece um álbum fotográfico, sabe, daqueles grossos e de capa dura, de maneira a surpreender o Brasil”. Desenhando formas geométricas no ar, provocou sorrisos na plateia ao falar do colorido dos batentes das portas e janelas, “podemos afirmar que vocês criaram novos tons paras as cores, aqui temos o ‘azul Pirenópolis’, o ‘rosa Pirenópolis’”. E concluiu com uma provocação: “É preciso criar um prêmio nacional de literatura, que tal ‘Prêmio Pirenópolis de Literatura’”, sugeriu.