Mostra aborda as fronteiras da pintura.

Até 24 de fevereiro de 2018.

Serras Gerais. Fernando Madeira. Divulgação.

A mostra coletiva Fronteiras da pintura – Fronteiras da ilusão vai de 29 de novembro a 24 de fevereiro de 2018 no Museu dos Correios (SCS). Juntos estão onze artistas visuais brasileiros que dialogam com a pintura. Participam da mostra André Santangelo, Elyeser Szturm, Evandro Soares, Fernando Madeira, Gabi, Grupo TresPe, Helô Sanvoy, Hermano Luz, Pedro Gandra, Talles Lopes e Ursula Tautz. No dia da abertura (28 de novembro), às 20 horas, o Grupo TresPe realizará a performance “Café com leite”. A curadoria é de Onice Moraes, o texto da crítica de arte por Angélica Madeira.

Sufjan fingia que estava numa canoa. Pedro Gandra

Para a curadora, este é um momento em que é preciso mostrar ao público as mais diferentes possibilidades das artes visuais. Nesse contexto, a seleção de artistas para participar da mostra objetivou cruzar trajetórias, experiências e produções. Os artistas que participam da exposição coletiva utilizam como suporte a pintura, o desenho, a fotografia, a escultura, a performance e o vídeo e que por circunstâncias diversas da natureza dos seus trabalhos, trazem em suas obras uma lógica que, em certos momentos, alude ao pensamento pictórico. Não se pretende traçar uma linha excludente de mídias, nem privilegiar ou hierarquizar outras, e sim propor e dar visibilidade aos cruzamentos que deste viés podem advir por meio de associações e pontos de convergência entre os suportes e as “poéticas” de cada artista.

Sem título. Ursula Tautz.

“O que poderia reunir onze artistas de três gerações biológicas diferentes com itinerários e experiências tão diversas em um mesma exposição?”, questiona a crítica de arte Angélica Madeira, que também assina o texto crítico da mostra. “Eles compartilham ideias, tratam a pintura com naturalidade, com liberdade, reinventando-a, jogando com todo o legado da tradição, com o caráter enigmático das formas, das cores, das matérias e das texturas, remetendo a questões intrínsecas ao universo da pintura”, afirma.

Espectadores. Hermano Luz.

Nos anos 1970, a pintura foi declarada morta por conceitualistas. No entanto, na década de 1980, ela ressurge com força, reinventada e polêmica por meio de uma geração indiferente aos cânones da arte. Desde então, ressalta a crítica, a pintura apresenta-se ao mundo de modos variados, contaminada pelas novas mídias, adotando toda mistura como princípio, telas, papeis, plásticos, veludos e outros tecidos, bordados, rendas, tudo pode servir para pintar, incorporando nódoas, rasuras, tintas escorridas, riscos e acasos. Em “Fronteiras da pintura – Fronteiras da ilusão”, o público irá se defrontar com realidades plásticas que o impulsionam às fronteiras da ilusão. “Os signos pictóricos possuem a propriedade de mobilizar e exacerbar todos os sentidos, concentrando-os no olhar”, aponta a crítica.

cordepropina. Grupo TresPe.

Serviço: Fronteiras da pintura – Fronteiras da ilusão
Abertura: 28 de novembro, às 19h
Performance: “Café com leite”, Grupo TresPe
Visitação: Até 24 de fevereiro de 2018
De terça a sexta, das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h
Local: Museu Correios – Piso 4 (Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A – Edifício Apolo)
Informações: (61) 3213-5076.