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A Galeria Index acaba de abrir as portas no Morro Vermelho (Setor Comercial Sul). O edifício é a escolha perfeita para o projeto de Marcos Manente e Mônica Tachotte, idealizadores do novo espaço privado dedicado às Artes Visuais.
Marcos Manente é natural de Brasília. Passou quase dez anos em São Paulo e retornou à capital em 2016. É diretor de criação em projetos de comunicação e marca, e hoje está à frente da comunicação do Museu Nacional da República, Memorial dos Povos Indígenas, dentre outros clientes locais.
“Sempre fiz um trânsito entre arte e mercado ao mediar estas partes que parecem distantes e muitas vezes difíceis de se aproximar. Em 2020, o reencontro com minha prima Mônica nos reacendeu a vontade de representar artistas da cidade e criar uma nova galeria. A Index nasce com este desejo, de catalogar e fortalecer a identidade artística e novas linguagens de Brasília”. Conta Marcos.
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Mônica Tachotte também é brasiliense. Ao concluir a faculdade, foi trabalhar no mercado de arte de São Paulo durante dez anos. Integrou a equipe da SP-Arte, mas por conta do coronavírus e o cancelamento da feira, retornou à Brasília.
“Marcos e eu somos primos. Ele já falava há algum tempo para eu voltar e abrirmos uma galeria. A pandemia acabou por nos ajudar a estruturar o projeto.”
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A Galeria Index ganhou localização nobre, no 13° andar de uma icônica obra de João Filgueiras Lima, o Lelé. Inaugurado em 1974, o Edifício Morro Vermelho é um marco modernista com seus belos brise soleils que saltam aos olhos.
“A maior parte da minha pesquisa está relacionada à cidade e arquitetura. O edifício é um ícone brutalista no centro da cidade. Apesar de estar no nosso imaginário e ter um visual super magnético quando passamos pelo Eixão, existe pouca relação espacial entre a maior parte do nosso público e o interior do prédio. Ele é uma obra em si: Modular, racional, técnico, sólido. Tem ritmo, tem cor e é muito bem cuidado. Uma obra mesmo. Obra na obra em obra. Metalinguagem pura.” Revela Marcos Manente sobre o precioso diálogo com o endereço.
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A Index une os mercados primário e secundário das artes no Brasil. Além de trabalhar as produções artísticas mais recentes, o espaço também pretende movimentar o que já se encontra em mãos de colecionadores, como obras históricas de artistas consagrados.
“Acredito que depois da Simões de Assis, somos a segunda galeria e deixar clara a operação nos mercado primário e secundário. Criamos estas duas divisões: Os artistas representados que são de Brasília e o acervo, com nomes captados no mercado secundário”. Detalha Mônica.
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Neste início das atividades são representados de nove artistas, todos de Brasília. São eles: Luciana Paiva, Cesar Becker, Ludmilla Alves, Cecilia Lima, Rodrigo de Almeida Cruz, Capra Maia, Igu Krieger, Marcelo Camara, Lina Cruvinel, Gu da Cei, Alberto Lamback e Douglas Ferreiro.
“Já tínhamos um panorama da produção local de antemão. Nos reunimos virtualmente com cada um dos artistas, alinhamos intenções e verificamos como poderia haver uma costura entre obras, técnicas e backgrounds, para termos uma proposta de diálogo entre os nomes representados.” Pontua Marcos sobre o processo curatorial.
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Já no acervo figuram nomes importantes como Alfredo Volpi, Amilcar de Castro, Athos Bulcão, Burle Marx, Ivan Serpa, Hércules Barsotti, Amélia Toledo, Rubem Valentim, Lygia Pape, Leonilson e outros.
“A Index é este espaço de galeria em uma cidade galeria. Está aqui mas pode (e deve) transitar por outros espaços. Vivemos em uma cidade jovem e já em ruínas. É um privilégio lançar novos olhares para estes espaços que nos identificam como grupo.” Celebra Marcos.
“Tem dialogo e tudo acaba por se relacionar. Arte contemporânea é texto, é pesquisa. Um edifício desta qualidade e a forma que arte e cultura são assimiladas na cidade, servem sim de apoio para as nossas escolhas na galeria. São assuntos que queremos debater nas nossas mostras.”
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Mas as ações não param por aí. “A Galeria ainda não tem um espaço físico fixo, a proposta é caminhar por outros lugares de Brasília, ocupar outros espaços e usar a cidade como galeria. No próximo ano temos o planejamento de ações que envolvem exposições com curadores do eixo Rio-São Paulo e também faremos um cross com a Galeria Jaqueline Martins. Nós a receberemos em Brasília e ela nos receberá em São Paulo.” Conta Mônica Tachotte.
“Estamos com duas mostras em paralelo: A primeira é Brasília em Obra que está em exibição até 22 de dezembro e a segunda é o Viewing Room Individual do fotógrafo Luis Humberto na SP-Foto, da SP-Arte.” Convida Marcos Manente.
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Exposição “Brasília em obra”
Até 22 de dezembro
Galeria Index (Edifício Morro Vermelho – Setor Comercial Sul – Quadra 1 – Bloco H)
Entrada franca
Visita agendadas por mensagem direta no Instagram
Informações: contato@galeriaindex.com