Fórum Internacional Geopolítica da Cultura e da Tecnologia acontece de 11 a 13 de novembro em São Paulo.

Entre 11 e 13 de novembro, especialistas de vários países se reúnem em São Paulo no Fórum Internacional Geopolítica da Cultura e da Tecnologia. Durante os três dias, será discutido como as novas forças que emergem no mundo e as relações estabelecidas entre elas estão repercutindo no campo da cultura. O encontro – realizado pela Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura – terá a participação dos ministros Juca FerreiraSamuel Pinheiro Guimarães, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Na visão dos curadores do evento, Gilberto GilLaymert Garcia dos Santos, está em gestação no Brasil a possibilidade de se efetivar uma estratégia de autonomia relativa, que permitiria não só distanciarmo-nos da eterna subordinação “colonial” e “neocolonial”, como também buscar um caminho próprio, que leve em conta o potencial do país e realize as promessas de futuro.

Pouca gente, porém – afirmam eles – tem abordado os impactos sobre a cultura ou as possibilidades que se abrem para a cultura com a emergência de uma nova geopolítica “pós-crise”. “É como se os intelectuais brasileiros ainda não estivessem antenados com a condição inédita, nem acordado para a urgência de um debate em torno dessa questão. A relação entre geopolítica e cultura, o sentido geopolítico da cultura, é central para a construção de uma estratégia consistente”, dizem Gil e Garcia dos Santos.

Para o ministro Juca Ferreira, o momento atual é excelente para se discutir as relações, atritos e oportunidades entre geopolítica e cultura. “Se o Brasil emergiu como grande player cultural no mundo graças ao reconhecimento e estímulo de sua diversidade realizados pelo governo Lula, a condição de protagonista ganha aceleração extra com o empoderamento econômico do país no cenário internacional”, afirma. Esta nova relação de forças – diz Juca Ferreira – se vitaliza com o fato de que, no Brasil, as políticas públicas puxaram a cultura para o centro da vida brasileira. “E nem podia ser de outra forma: cultura é motor, não acessório do desenvolvimento”.

A abertura do fórum, que contará com a participação de Juca Ferreira, Samuel Pinheiro Guimarães e Gilberto Gil, está marcada para as 18h na Cinemateca Brasileira. As atividades dos dias 12 e 13 seguem pela manhã e à tarde. Entre os nomes de destaque, entre os palestrantes, estão o ministro da Cultura do Paraguai, Ticio Escobar; o professor da Université Paris 7, François Jullien;Konstantinos Karachalios do European Patent Office; o professor de Filosofia da Université Paris 1, David Lapoujade; o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro e o economistaLadislau Dowbor.

Haverá tradução simultânea de todas as apresentações. Para participar não é necessário fazer inscrição. Os temas e os palestrantes podem ser vistos aqui: http://www.geopoliticadacultura.org.br.

Serviço

Fórum Internacional Geopolítica da Cultura e da Tecnologia

11 a 13 de novembro

Abertura às 18h

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

São Paulo

A participação é aberta e não é necessário fazer inscrição. Haverá tradução simultânea de todas as palestras. Veja programação completa: http://www.geopoliticadacultura.org.br.