Dudu Maia e Duo Alvenaria lançam o EP “Gibão de LED”.

12 de junho.

Dudu Maia e Duo Alvenaria. Divulgação.

Fruto de uma boa amizade, o EP Gibão de LED é o primeiro registro fonográfico da parceria entre Dudu Maia, bandolinista e produtor musical indicado ao Grammy 2018, e o Duo Alvenaria, formado pelo compositor e multi-instrumentista Ely Janoville, e pelo percussionista Mariano Toniatti. O projeto será lançado na sexta (12 de junho), às 20 horas, nas principais plataformas digitais.

Dudu Maia, que gravou, produziu e dirigiu o EP, no Estúdio Casa do Som, afirma que antes de mais nada, o projeto é sobre compartilhar a celebração de ideias de uma música “sincera, explosiva e emocionante”, que vem de dentro. “É a simbiose do processo criativo de nós três, que construímos esse trabalho espontaneamente em manhãs ensolaradas, num ambiente totalmente influenciado pela Natureza, o que permitiu pensarmos de um jeito fluido e fora da caixa, experimentando  instrumentações inusitadas que tomam caminhos musicais novos e surpreendem quem já conhece o trabalho anterior de cada integrante”, avaliou.

Capa do EP “Gibão de LED”.

O EP será composto por três faixas: a primeira, que leva o nome desta produção, tem caráter tanto tradicional quanto migratório e cosmopolita Gibão: Casaca de couro do sertão nordestino, vestida para atravessar a mata fechada. LED: luz formada por pequenas lâmpadas que se combinam e recombinam gerando mosaicos coloridos e cintilantes. Já a faixa “Córrego do Urubu” tem um forte apelo à relação entre Natureza e Cidade. E para finalizar com chave de ouro, “Me fale em Jangada”, conta com a participação da multi-instrumentista e compositora Maísa Arantes, trazendo ares encantadores e flutuantes, após uma excursão sonora etérea e ritmada.

Para Ely, o EP surge como a “cristalização de um desejo antigo de fazer música para registrar a atmosfera calorosa que é esse encontro”. Eles se conheceram no momento em que o Duo Alvenaria estava produzindo seu primeiro disco “Assentando o Reboco”, feito na Casa do Som, que coincide com o momento em que Dudu Maia estava, junto ao Trio Brasileiro e Anat Cohen, concorrendo ao Grammy 2018 (Categoria World Music, com o disco Rosa dos Ventos) enquanto compositor, instrumentista e produtor musical.

O som vem de fortes influências da música regional brasileira, majoritariamente Nordestina (com elementos do Forró, do Choro, de Cocos, Sambas e seus respectivos universos), linguagens musicais que dialogam com um contexto universal: ritmos do Mundo, sonoridades eletroacústicas, bases eletrônicas, cadências e paisagens, alternando balanço, psicodélica e contemplação, em uma música livre que funde o imaginário tradicional com o contemporâneo, reverenciando de forma afetuosa o que é Atemporal.

Segundo Mariano, é nessas dualidades que cada música aparece como um convite para transcender tempo e espaço em um embalo autêntico e alto-astral. “É a busca por uma comunhão de frequências amorosas, dançantes, meditativas e revigorantes, na intenção de vislumbrarmos adiante, na união, em nome do poder e do alento presentes na arte feita com o coração”, explica o percussionista. 

A capa é de Isabella Pina (Pina Colada), artista cujo trabalho sempre foi muito admirado pelos músicos e cuja sensibilidade veio em ótima hora, justamente com uma colagem, o que diz muito sobre este som.