Grafite é tema de livro e roda de conversa na Banca da Conceição.

25 de abril.

Fotos: Juliana Torres.

Como parte da programação da Banca da Conceição no Conjunto Nacional, nesta terça, 25 de abril, das 17h às 19h, a historiadora Renata Almendra e a fotógrafa, arquiteta e urbanista Juliana Torres apresentam o livro Entre cores e utopias: o grafite em Brasília e seus arredores e participam de uma roda de conversa sobre a relação da arte urbana com o dia a dia da capital federal. A publicação estará à venda na Banca ao preço de R$ 50,00. Ao longo do evento, o grafiteiro Yong realizará um grafite ao vivo. A participação nos eventos é gratuita e livre para todos os públicos.

Instalada na Praça Lúcio Costa, ao lado do varandão do Conjunto Nacional, de frente para o Teatro Nacional, até o dia 26 de abril, quarta-feira, a Banca da Conceição recebe o público de todas as idades para eventos que ressaltam a característica multicultural de Brasília, entre elas a arte de rua. Cinquenta e sete anos após a inauguração da nova capital do país, Renata Almendra e Juliana Torres presenteiam Brasília e os brasilienses com uma publicação para instigar o olhar do cidadão. “Entre cores e utopias: o grafite em Brasília e seus arredores” é o resultado de meses de observação, com muitas imagens dos grafites no contexto urbano no qual estão inseridos.

No livro, a autora e a fotógrafa relacionam o grafite com o espaço tombado de Brasília, a dualidade entre as representações artísticas e as questões patrimoniais e urbanísticas; mostram as relações sociais entre a periferia e o centro e como o grafite se insere nesses dois contextos. “É a cidade que está criando uma identidade cultural própria. Aqui tem gente de tudo quanto é canto do país e a nova geração também está trazendo uma cara para Brasília. O grafite vem contribuir com isso, assim como o rock fez nas décadas de 80 e 90”, afirma a historiadora Renata.

Em mais de 120 fotografias, Renata e Juliana mostram as novas cores que o concreto de Brasília ganha com a arte do grafite. “A Esplanada (dos Ministérios) não tem cor, no máximo pintaram de branco o concreto aparente de alguns edifícios. De repente um grafite todo colorido quebrou essa utopia. Brasília foi muito engessada. O tombamento criou essa rigidez. A arte urbana quebrou esses conceitos e a rigidez do modernismo. É esse olhar que queremos passar. Procurei a ousadia nas fotos e como o grafite muda o dia a dia das pessoas”, comenta a fotógrafa, arquiteta e urbanista Juliana.

Serviço: Apresentação do livro “Entre cores e utopias: o grafite em Brasília e seus arredores”
Roda de conversa sobre grafite
Live painting com o grafiteiro Yong
Data: 25 de abril (terça) das 17 às 19 horas
Local: Banca da Conceição no Conjunto Nacional (Praça Lúcio Costa)
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.