Guayasamin e sua arte engajada contra a opressão.

Renato Acha

O equatoriano Oswaldo Guayasamin sempre vinculou sua arte ao engajamento político, além de transitar com facilidade por entre amigos importantes como Fidel e Raul Castro, François e Danielle Miterrand, Gabriel García Marquez e Rigoberta Menchú, entre outros.

Sua obra é um retrato da busca pela independência do Equador, que celebra 203 anos com uma grande mostra com 350 obras que são apresentadas no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República a partir do dia 10 de agosto.

 

O brasiliense vai ver um conjunto de pinturas, esculturas, desenho e demais linguagens gráficas, que revelam uma arte pulsante e expressiva que provocam a reflexão sobre a ideia de um Continente Latino livre dos entraves da Colônia e das ditaduras que assolaram “nuestra América”.

 

Suas origens se reafirmam no forte traço que resgata imagens pré-coloniais, em uma nítida reverência às suas origens provenientes da etnia quechua, em contraponto aos exageros e exuberância do barroco espanhol.

 

A carga de denúncia fica marcada em um tratado imagético que registra a violência presente em conflitos que acompanharam tanto as recentes ditaduras que se assolaram a América do Sul, quanto os massacres ocorridos sobre as civilizações pré-hispânicas no continente americano.

 

 

Serviço: Exposição Guayasamin – Continente Mestiço

Abertura: dia 10 de agosto de 2012 (sexta) às 19 horas

Visitação: de 11 de agosto a 14 de outubro de 2012

De terça a domingo de 9 às 19 horas

Local: Museu Nacional do Conjunto Cultural da República (Setor Cultural Sul Lote 2)

museunacional@gmail.com