O projeto “Hescuta” traz performance, oficina e diálogo para Brasília.

De 5 a 8 de maio.

Fotos: Fabiele Vieira. Divulgação.
Fotos: Fabiele Vieira. Divulgação.

Depois do sucesso obtido em casa (Manaus) o artista manauara Francisco Rider estará pela primeira vez em Brasília, no teatro da Fundação Brasileira de Teatro/Faculdade Dulcina de Moraes, na quinta (05 e 06/05- com oficina, das 13h às 16h) , e de sexta a domingo (06 a 08 de maio – às 19h – com performance e diálogo no sábado), com a turnê de Hescuta, projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014, composto por performance, oficina e diálogo sobre o processo de construção da obra do público com o diretor da obra cênica. As oficinas acontecem pela manhã, das 9h30 às 12h30. Enquanto que as performances acontecem a noite, às 19h. Depois de Brasília, Rider seguirá para Goiânia e Palmas. Tudo gratuito.

Hescuta
Vestido num traje feito de canecas de louça, um homem provoca ruídos e chama a atenção a cada movimento. Hescuta é uma criação coreográfica que vem sendo apresentada desde 2014 e que dura aproximadamente 40 min. em que os deslocamentos do artista no espaço cênico, criam paisagens sonoras, num jogo entre som e silêncio, assim, propondo a seguinte reflexão: quando o corpo escuta? Quando o corpo fala? Quando o corpo faz silêncio? A performance usa como elementos apenas o corpo do artista, seus movimentos e as canecas. “Ouvir é uma ferramenta que todos possuem, mas escutar é prestar atenção. E hoje a gente não escuta o que o outro fala. No cotidiano, damos mais valor ao visual, ao físico”, alega o artista. A classificação indicativa é 12 anos, mas, a obra em si não possui nudez e/ou situações endereçadas ao público adulto. Hescuta foi premiada com o Klauss Vianna, no Festival Amazonas de Dança e no Mova-se.

Francisco Rider explica que espera com essa circulação nacional, expor trabalho cênico performático dele e ainda criar rede de compartilhamento, conhecer a comunidade artística local e, é claro, criar um ambiente criativo colaborativo nas cidades visitadas.

O artista pontua que “essa circulação é fruto do Prêmio Funarte Klauss Vianna de dança 2014. E que será importante pelo fato de um trabalho de Manaus sair da cidade, por está localizado em uma região de difícil saída, pelo fator transporte e alto custo. Outro dado importante é frisar que em Manaus há sim uma produção de dança e arte contemporânea, apesar do sul e sudeste do Brasil insistir num pensamento excludente, como se somente nessas regiões houvesse uma produção artística contemporânea e a produção de conhecimento. Isso é uma falácia, pois, há uma produção local e saberes que não os conhecidos pelo saber hegemônico brasileiro”, diz.

Diálogo
Essa atividade propõe reflexões e discussões, sobre o processo de construção da obra Hescuta do público com o diretor da obra cênica. O diálogo durará 60 minutos após a performance.

Oficina
O que os alunos irão aprender na oficina não são técnicas, no sentido estrito, mas, processos abertos de criação, com aquecimento, jogos, diálogos e experimentações. A oficina exige, no mínimo, um ano de experiência em qualquer linguagem artística e é destinada para maiores de 16 anos.

A PESQUISA CÊNICA CORPORAL “UMA” é a síntese de estudos e experimentações que o artista independente Francisco Rider vem desenvolvendo por mais de 15 anos, em busca de uma linguagem cênica contemporânea que atravesse elementos da performance art, improvisação como uma arte de performance, teatro físico, abordagens somáticas e práticas corporais alternativas, com uma visão holística do ser artista humano. Tem como referencial teórico e prático: o contact improvisation, o teatro físico, a improvisação, o movimento autêntico e a dança pós-moderna norte-americana; e as abordagens somáticas: Yoga, Body-Mind Centering e Klein Technique. A síntese articula o corpo artista para redescobrir a sua totalidade, e desestabilize as dicotomias corpo/mente; feio/bonito; ativo/passivo; sujeito/objeto, entre outras.

Em 2007, a pesquisa foi premiada com o Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2007, e foi desenvolvida, em forma de oficina de processos criativos, na cidade de Manaus durante sete meses, com encontros diários. A Pesquisa foi aplicada em forma de oficinas e workshops em festivais e espaços de dança e teatro como Célia Gouvêa Grupo de Dança (SP), São Paulo (Como Clube), Rio de Janeiro (Teatro Cacilda Becker), Porto Alegre (Sala 2009 Sala 209/Usina do Gasômetro), Espaço de Dança Patrícia Awapara (Lima-Perú), Festival Internacional da Nueva Danza (Lima-Perú), Belém (Casa da Linguagem, III Festival de Teatro da Amazônia (Manaus-AM),Teatro Experimental do Sesc dirigido pelo escritor e dramaturgo Márcio Souza (Manaus-AM), Espaço Alternativo Pombal (Manaus-AM), Contém Dança (Manaus-AM).

O público alvo são artistas visuais, atores, cantores, dançarinos de dança de rua, músicos, intérpretes das artes cênicas, performers e público em geral interessados em experimentação e investigação artística que possuam no mínimo um ano de experiência em qualquer linguagem artística e maiores de 16 anos. O número máximo de participantes é de no 20 pessoas e a duração da sessão é de três horas. O mediador é o próprio Francisco Rider e a oficina é gratuita.

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Serviço: Projeto de Circulação Hescuta
No teatro Dulcina de Moraes serão realizadas as performances e as oficinas: Das 13h às 16h (oficina); 19h performances
Oficinas gratuitas- quinta e sexta -05 e 06 de maio – das13h às 16h
Inscrição: primeiro dia da oficina ou pelo e-mail- oficinahescuta@gmail.com
Performances Gratuitas – sexta a domingo – 19h
Diálogo – às 20h, após o espetáculo de sábado, 07 de maio