Hip-hop faz 50 anos e reivindica fomento no DF

Foto: Pedro Ventura. Agência Brasília.

Para comemorar o cinquentenário do Hip-Hop – movimento que reúne graffitibreak e rap com seus DJs e MCs –, artistas de Brasília preparam atividades ao longo de 2023. Entre elas, está marcado para sexta (14 de abril) um encontro com gestores da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para discutir as prioridades do segmento.

A movimentação dos hip-hoppers reflete a expectativa pelo lançamento de decreto federal criando um programa de fomento para o setor. Prevista para ser publicada em agosto, a minuta da norma foi construída com a participação da sociedade civil e institui o “Programa Nacional de Reconhecimento e Fomento à Cultura Hip-Hop”. A finalidade é promover, integrar e articular ações e projetos dos vários entes federativos, valorizar, dar visibilidade, financiar e difundir a arte, promovendo ainda a capacitação de agentes culturais. Cinquenta incisos detalham as ações propostas para o setor. No DF, buscam agora por uma ação análoga do governo local.

“O hip-hop é uma das expressões periféricas mais contundentes de contestação da desigualdade social. A Secretaria quer montar um grupo de trabalho com a sociedade civil e a participação da Câmara Legislativa para consolidar uma política de apoio à arte urbana, na qual o hip-hop se destaca”, acena favoravelmente a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes.

“O grupo de trabalho vai esboçar uma política pública para o hip-hop que sirva de base para futuro decreto do governador. Vamos anunciar também a criação do Prêmio Hip-Hop”, acrescenta a gestora, que será acompanhada no encontro da próxima sexta-feira pela subsecretária de Economia Criativa, Angela Inácio, e do servidor e representante do Comitê do Grafite, Danilo Rebouças. Segundo ele, “o grupo de trabalho da Secec com os artistas integrantes do movimento promoverá a divulgação das modalidades artísticas do hip-hop e de outras manifestações, potencializando o debate em torno de políticas públicas para a juventude”.

Foram convidados ainda a produtora e artista Nayane Cruz e o deputado distrital Max Maciel (Psol), que já cantou rap e é de Ceilândia, o berço local do hip-hop. 
Reunião do Cinquentenário do Hip-Hop
14 de abril (sexta) às 18:30
Auditório 2 do Museu Nacional Honestino Guimarães