CAL recebe os artistas do II Programa de Residência Artística Internacional.

28 de setembro.

Solenidade de apresentação pública dos artistas do II Programa de Residência Artística Internacional  (OCA)
Claudia Gutiérrez Foto: Divulgação

Seis artistas – três estrangeiros e três brasileiros – estão em Brasília, especificamente na Casa da Cultura da América Latina da UnB (CAL), para uma troca de experiências e trabalho conjunto. Durante um mês, Claudia Gutiérrez Marfull (Chile), Fabián Avila Elizalde (México), Guerreiro do Divino Amor (Rio de Janeiro), Lucas Dupin (Minas Gerais), Oscar Figueroa (Costa Rica) e René Loui (Rio Grande do Norte) vão desvendar a cidade e seu entorno na busca de criar intervenções artísticas que repensem o espaço urbano.

Os artistas visitantes, que permanecem na cidade até 24 de outubro,  foram selecionados pelo II Programa de Residência Artística Internacional (OCA), uma parceria entre o Decanato de Extensão da  Universidade de Brasília/ (CAL/DEX/UnB) e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), voltado para promover  e integrar, na capital do país, jovens artistas latino-americanos e contemporâneos.

Dia 28 de setembro, o DEX/CAL/UnB e a OEI fazem uma apresentação pública dos artistas à comunidade local em solenidade ás 9h, no Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), no campus da UnB (Asa Norte). O evento faz parte da programação da XVIII Semana Universitária da UnB, que defende o tema “ Somar ideias, integrar vidas”, que vai de 24 a 28 de setembro.

Os residentes

Formada em Audiovisual pela Universidade do Chile e licenciada em Artes Visuais pela Universidade Diego Portales (Santiago), Claudia Gutiérrez Marfull participa, desde 2011, de inúmeras exposições no Chile e, em países como Alemanha e Espanha. Dois eixos centrais compõem seu trabalho: um diz respeito à exploração e apropriação de obras manuais feitas com tecido, atividade geralmente associada ao sexo feminino; o outro é voltado para a  representação dos setores periféricos das cidades.

Professor da Universidade Nacional Autônoma do México, Fabián Avila Elizalde é um grande pesquisador dos cruzamentos entre  o ambiente sonoro e a estética Glitch( exploração estética do erro da máquina analógica ou digital). Autodidata em música eletrônica é formado em baixo elétrico e teoria do jazz. Suas reflexões são voltadas para os meios digitais e sua materialidade, se dedicando à difusão da arte e do software livre por meio de metodologias educativas antiautoritárias. “Utilizamos os dispositivos digitais para amenizar os aborrecimentos que enfrentamos neste mundo infame, atroz, bonito e esperançoso”, declara Fabián.

Mestre em arquitetura, Antoine Guerreiro do Divino Amor (Antoine Goulay) é um artista suíço-brasileiro  que vive e trabalha no Rio de Janeiro.  Ele vem explorando as Superficções, “forças ocultas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo”,  que tomam forma de filmes, publicações e instalações. Seus trabalhos têm sido exibidos em várias mostras e festivais nacionais e internacionais, como o Clube da Criança,  finalista do Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro 2009. Foi vencedor do prêmio de melhor curta documentário no Transgender Film Festival  de Kiel (Alemanha), em 2015, e finalista na Bienal da Imagem em Movimento de Genebra, em 2016.  Expôs na Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre), na Casa França-Brasil, na galeria Gentil Carioca  e no MAR (Rio de Janeiro) e no Centro de Arte Contemporânea de Vilnius (Lituânia).

Mestre e  bacharel em Artes Visuais pela UFMG,  Lucas Dupin vive entre Belo Horizonte e São Paulo. No seu trabalho,  transita pelo desenho, instalação, fotografia e vídeo,  sempre a partir de um íntimo diálogo com o contexto nos quais os trabalhos estão situados e tem um interesse especial pelo universo do livro, da palavra escrita e na forma como a passagem do tempo se inscreve nas coisas. Dupin já recebeu diversos prêmios como o de arte contemporânea da Funarte, o 6º Bolsa Pampulha, o de residência artística da Fundação Armando Álvares Penteado (SP) e Fundação Joaquim Nabuco (Recife) e o segundo prêmio Energias na Arte do Instituto Tomie Ohtake.

Formado em Arte e Comunicação Visual pela Universidade Nacional  da Costa Rica,  Oscar Figueroa vive e trabalha  em San José. Percorrendo o mundo com seus vídeos e trabalhos, participou de muitas individuais e coletivas em seu país e esteve em lugares como Áustria, Colômbia, Cuba,  Guatemala, Inglaterra, México, Noruega e Porto Rico. No Brasil, esteve na  10ª Bienal do Mercosul,  em 2015. Possui obras em coleções do Museu Nacional de Belas-Artes de Taiwan, Museu Ibero-americano de Arte Contemporânea de Huelva (Espanha) e no Museu de Gravura  de Paleontologia de Acqui Terme (Itália).

Mineiro radicado em Natal (RN), René Loui tem se destacado nas áreas da dança contemporânea e performance  e, em 2016, foi um dos fundadores do Coletivo Independente Dependente de Artistas (Cida).  Graduado em Artes e Design pela Universidade Federal  de Juiz de Fora e mestrando em Artes Cênicas pela UFRN, sua pesquisa é voltada para as diferenças e deficiências da dança. Transitou por núcleos artísticos e companhias renomadas em grande parte do território brasileiro, bem como em solos internacionais, tais como: Companhia Giradança (Natal); Ekilibrio Cie de Dança (Juiz de Fora), Grupo Dançando com a Diferença (Ilha da Madeira), Cie Ioannis Mandafouinis  e Cie Autotrophe (Genebra/Suíça).

Solenidade de apresentação pública dos artistas do II Programa de Residência Artística Internacional  (OCA)
Data: 28 de setembro, às 9h
Local: Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo)/Campus UnB (Asa Norte)
Entrada franca