Caixa Cultural recebe bate-papo sobre a arte e performance brasileira, inspirado na obra de Ivald Granato.

27 de agosto.

Ivald Granato e Lenira Rengel. Divulgação.
Ivald Granato e Lenira Rengel. Divulgação.

A exposição do acervo pessoal de Ivald Granato, falecido no último 3 de julho, em exibição na Caixa Cultural, inspirou debate aberto ao público com as presenças e participações de Lenira Rengel, dançarina que atuou em diversas performances com Ivald Granato, Alice Granato, jornalista e filha do artista, e Patricia Motta, curadora da mostra.

Irreverente e polêmico, Granato foi pioneiro na arte performance brasileira, e desenvolveu uma extensa e inquieta obra. Sua última e derradeira performance aconteceu na noite de abertura da exposição em Brasília. O artista desfilou pela Galeria, em meio ao público, vestido de terno e coberto por um manto. Nomeou as performances de sua carreira enquanto “semeava” bolinhas de gude por onde passava.

Em várias décadas de trabalho artístico, Granato excursionou por diferentes técnicas e procedimentos: desenho, pintura, gravura, objeto, sistemas de multimídia, cerâmica e escultura. Em todos estes campos, o artista foi capaz de destacar-se através da originalidade das suas concepções, da expressividade da pintura, da qualidade do desenho, e de uma vitalidade a toda prova.

A exposição apresenta um registro minucioso de sua atuação como performer, com 130 obras, entre pastas-objeto, fotos originais, cartazes da época, roupas e assessórios usados nas apresentações, ampliações fotográficas, livros, textos, estudos e vídeos originais de época. Registros de valor histórico, uma vez que a performance é uma manifestação artística pouco documentada, estes revelam ao público uma atuação marcada pela ironia, humor e forte crítica ao mercado de arte, como declarou um dos cartazes exibidos no happening “Mitos Vadios”, realizado em São Paulo, em 1978: “O Mercado de Arte é o Preservativo da Criação”.

Na exposição registros de célebres performances com Hélio Oiticica, Lygia Pape, Arnaldo Antunes, Aguillar e a Banda Performática, Cacá Rosset e as recentes com o guitarrista dos Rolling Stones Ronnie Wood, entre outros.

Realizou numerosas exposições individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos, Japão, América Central e América do Sul, das quais destacam-se: Bienal Internacional de São Paulo de 1979, 1981, 1985, 1989 e 1991; 1ª Bienal de Havana (Cuba), em 1984; 4ª Bienal Ibero-Americana de Arte, no México, em 1984; My Name Is Not, na Document-Art Gallery, Buenos Aires, em 2011; Biennial of European and Latin American Contemporary Art, no Porto (Portugal), em 2012. Granato recebeu diversos prêmios entre eles o prêmio de melhor desenhista do ano da Associação Paulista dos Críticas de Arte (APCA) por duas vezes.

Ivald Granato e Lenira Rengel
Serviço: Bate-papo sobre a arte performance brasileira, inspirado na obra de Ivald Granato
Participações de Lenira Rangel, Alice Granato e Patricia Mota
Data: 27 de agosto (sábado) às 16 horas
Local: Teatro da Caixa Cultural (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)
O encontro tem entrada franca, as senhas serão distribuídas na bilheteria do Teatro a partir de uma hora antes do início do evento, que terá 2 horas de duração.
Classificação indicativa: Livre.

Exposição: Ivald Granato | Registro | Arte Performance
Local: Galeria Principal da Caixa Cultural Brasília (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)
Visitação: até 4 de setembro, de terça a domingo, das 9 às 21 horas
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca.