O espetáculo Jim chega à cidade para temporada de 2 a 11 de maio no Teatro Brasil 21. O espetáculo-show não tem caráter biográfico e se inspira na obra poética de um dos maiores ícones do rock, mas foge do modelo tradicional de biografias retratadas no palco.
“Eu acho que Brasília é o lugar mais esperado por nós. O Jim Morrison se dizia um ‘político erótico’ então a ida dele à Brasília, o berço do rock n’roll, é muito instigante. O Jim provoca porque tem um discurso absolutamente alinhado com o momento que nós vivemos no Brasil, tanto que a nossa peça estreou no Rio na explosão das manifestações, e com esse resfriamento dos protestos, nada melhor que Jim Morrison para re-incendiar a capital federal. Além disso, Renato Russo foi muito influenciado por Jim. Eles pertencem ao mesmo gene poético. Acho que todos os fãs, tanto do The Doors quanto da Legião Urbana, vão se sentir representados pelo espetáculo”, celebra a ator Eriberto Leão, que estreia Jim ao lado de Renata Guida, acompanhados de três músicos que tocam ao vivo: Zé Luiz Zambianchi (teclado), Rorato (bateria) e Felipe Barão (guitarra).
Jim estreou em 2013 no Rio de Janeiro, participou de festivais como o FITA e o Festival de Curitiba, se apresentou no Galpão Gamboa e Niterói. “Optamos por começar no circuito alternativo, fazia parte dos planos, da estratégia. Para mim é como um conceito porque eu vejo que o rock n’ roll verdadeiro, quando faz sucesso, vem do alternativo, ninguém começa no mainstream. Além disso, já chegar em Brasília consagrado torna as coisas mais significativas, será um marco, porque a cidade tem um publico muito rock n’ roll, a expectativa é grande”, revela Eriberto.
O espetáculo recebeu diversas indicações aos prêmios Shell, Cesgranrio e APTR 2014, onde levou os prêmios de Melhor Música e Melhor Iluminação. Com texto de Walter Daguerre e direção de Paulo de Moraes é contada a história de um homem que não conheceu Jim Morrison, mas que teve sua vida pautada por suas ideias e ideais. Onze canções clássicas do The Doors permeiam a trama, como os clássicos “Light my fire”, “The End”, “Rides on the storm”. Elas são cantadas ao vivo por Eriberto na trama que mostra o conflito interno do personagem que busca um acerto de contas.
Eriberto interpreta João Mota e através do conflito do personagem, fã de Morrison, o vocalista do The Doors ganha voz. João dialoga todo o tempo com o Jim e com a aparição misteriosa da personagem de Renata, que representa o feminino de diversas formas – Pamela Morrison (mulher de Jim), a esposa de João Mota e ainda a Mãe Terra, conceito arquetípico da força criadora universal do feminino.
O espetáculo mostra um homem diante do túmulo de Jim Morrison com uma arma em punho. Um homem que não conheceu o vocalista do The Doors pessoalmente, mas sempre buscou ter uma vida como a de Jim, um dos maiores ícones do rock de todos os tempos. Um homem que durante anos acalentou o sonho de seguir os passos de seu ídolo, como artista e como ser humano, mas que acabou percorrendo uma existência trivial. Um homem que chegou aos 40 com o sentimento de que suas idealizações se perderam no tempo. É este homem que está agora em Paris, no cemitério Père-Lachaise com um revólver na mão para acertar as contas com Jim Morrison. Ele tem somente uma bala, uma pequena peça de chumbo com a qual pretende transformar seu destino num jogo de azar. Este seria um acontecimento relativamente simples, não fosse a aparição de uma misteriosa mulher com quem ele trava um decisivo diálogo. E da presença diabólica de Jim, em um texto que perpassa por conceitos de mitos pagãos e arquétipos, além de uma abordagem que dá enfoque ao lado poético e simbolista de Morrison.
Serviço: Jim
Local: Teatro Brasil 21 (SHS Quadra 6)
Data: De 2 a 11 de maio
Horários: Sexta e sábado, às 21 horas, e domingo, às 19 horas
Valores: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Gênero: Drama
Ponto de vendas: Bilheteria do Teatro e ingresso rápido (Brasília Shopping)
Informações: (61) 3039-9296
A bilheteria do teatro funciona de terça à sexta, das 11 às 17 horas (fecha de 13 às 14 horas para almoço), aos sábado, das 14 às 21 horas, aos domingo, das 15 às 20 horas.
Durante a semana, nos dias que houver apresentação, a bilheteria funciona no horário normal e depois das 18 horas até o horário da apresentação. No local, o pagamento só poderá ser feito em dinheiro.
Informações: http://brasil21cultural.com.br/?page_id=588
